Aluísio Mendes esteve no local do confronto entre índios e agricultores minutos antes

Fontes do blog confirmam a versão de que o deputado federal Aluísio Mendes foi um dos incentivadores da violência ocorrida entre agricultores e indígenas no povoado de Baías, em Viana. De acordo com a fonte, o parlamentar, acompanhado de dois policiais federais à paisana, esteve na propriedade tentando dialogar com os indígenas antes do conflito.

Com a negativa dos Gamelas em deixar o território, Aluísio Mendes então teria incentivado os agricultores a exercer seu direito civil – por não ter, por parte das autoridades federais, resposta sobre a situação – e partir para a violência para retomar o que era deles.

O confronto deixou cinco gamelas e dois agricultores feridos e por pouco não se transformou em uma tragédia.

A informação é a mesma dada por uma indígena o vídeo abaixo. De acordo com ela, foi o deputado Aluísio Mendes quem criou essa situação de conflito. “Ele disse que já que Polícia Militar, Federal, ninguém resolvia, eles iam resolver. E desceu e saiu na frente e o povo tudo atrás”, relatou ela.

A Gamela disse ainda que, após descer do palanque onde insuflava os agricultores, para o confronto, o povo o seguiu. “Ele desceu, saiu na frente e o povo tudo atrás. Quem ia de carro, ia, começaram a agarrar uma arma dentro de uma D-20. E aí foi que aconteceu tudo isso”, explicou a índia.

O encontro de informações coloca o deputado Aluísio Mendes ainda mais no centro da confusão ocorrida em Viana.

Polícia agiu rápido para evitar massacre no conflito entre fazendeiros e indígenas

Existe uma reivindicação de reconhecimento do povo indígena Gamela e ao mesmo tempo um movimento deste povo pela retomada da terra que lhes pertenceu no passado no município de Viana.

Somente a Funai, que é órgão federal, pode fazer o reconhecimento da terra. O movimento acabou partindo para o confronto direto. Os Gamela entraram em conflito com os trabalhadores rurais e fazendeiros, que hoje têm a posse daquelas terras.

Neste domingo (30), após invasão dos índios, os fazendeiros atacaram estimulados pelo deputado federal Aluísio Mendes. E a polícia teve que intervir no caso. Caso a polícia não interviesse na situação, poderia ocorrer um massacre. No conflito, cinco índios ficaram feridos e foram encaminhados para São Luís.

O Estado do Maranhão tem tentado dialogar e mediar os conflitos. Serão investigadas as responsabilidades pelo conflito. Equipes da Polícia Civil e da Militar foram mobilizadas para localizar e prender todos os que violaram a lei e praticaram violência no conflito entre fazendeiros e indígenas na cidade de Viana, segundo o governador Flávio Dino.

Atuação de Aluísio Mendes

O deputado federal Aluísio Mendes pode ter participação fundamental no conflito armado que aconteceu em Viana. Ele demonstrou a falta de tranquilidade para acalmar um ambiente conflituoso apenas em uma entrevista a uma rádio local.

Aluísio preconceituosamente chamou os índios de arruaceiros e incitava a retirada dos mesmos à força.

Executiva nacional da REDE denuncia ataques a indígenas no Maranhão

Índio Ka'Apor mostra ferimentos e cápsulas de bala

Índio Ka’Apor mostra ferimentos e cápsulas de bala

Por meio de nota, a executiva nacional da Rede Sustentabilidade denunciou nesta quarta-feira (23), “com extrema preocupação”, um ataque de madeireiros a indígenas no território Alto Turiaçu, no Maranhão. A etnia indígena atacada, segundo a Rede, são os Ka’Apor, que trava desde o último domingo (20) um conflito armado com os extratores de madeira, em razão de disputa de terras. Dois índios foram baleados e outros quatro estão desaparecidos, informa o documento.

Os índios Ka’Apor teriam descoberto que madeireiros haviam construído uma ponte sobre o Rio Turi para facilitar o acesso à extração ilegal e o transporte da madeira. No relato da Rede, os indígenas detiveram sete pessoas para entregar ao Ibama e incendiaram um caminhão e duas motos estacionados no povoado de Nova Conquista ,em Zé Doca.

Mais de 20 madeireiros fortemente armados invadiram o território dos Ka’ Apor. Os invasores teriam atirado pelas costas e depois correram para o mato. Dois índios foram baleados e quatro desaparecidos.

Confira a nota:

A Rede Sustentabilidade vem a público lamentar e também alertar com extrema preocupação sobre um ataque sofrido pelos indígenas Ka’ Apor, praticado por madeireiros nas regiões sudoeste e oeste do território Alto Turiaçu, localizado no estado do Maranhão. Desde o último domingo, 20 de dezembro, esse conflito armado instaurou um verdadeiro clima de tensão, em razão da disputa de terras. Desde então, dois índios foram baleados e outros quatro ainda estão desaparecidos.

O triste cenário começou a ser montado a partir de sábado, 18 de dezembro, quando 26 indígenas Ka’ Apor passaram a realizar o controle do incêndio nesse território, devido à conclusão do trabalho do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), após dez dias na região. Na manhã de domingo, porém, o grupo se deparou com madeireiros que extraíam madeira ilegalmente em um dos ramais que havia sido fechado pelos indígenas para evitar extração da madeira.

Além disso, os indígenas descobriram que os madeireiros haviam construído uma ponte sobre o Rio Turi para facilitar o acesso à extração ilegal. Desta forma, eles apreenderam sete pessoas para entregar ao Ibama e atearam fogo em um caminhão e duas motocicletas usadas nessa irregularidade. Um dos detidos, no entanto, escapou e avisou os outros madeireiros que estavam no povoado de Nova Conquista, município de Zé Doca (MA).

A partir de então, instalou-se um clima de atrocidades e de terror contra os indígenas. Mais de 20 madeireiros fortemente armados invadiram o território dos Ka’ Apor. E, de acordo com relato dos índios, os invasores mandaram todos seguirem para frente das armas. Com isso, atiraram pelas costas e depois correram para o mato. Tamanha covardia resultou nos dois baleados e nos quatro desaparecidos.

Para piorar ainda mais a situação, os invasores fecharam, ainda no domingo, a entrada da aldeia e, na segunda-feira, 21 de dezembro, invadiram novamente o local e agrediram os homens da aldeia como também expulsaram as mulheres e as crianças, Os indígenas denunciam que dentro do território se encontram dois caminhões e dois tratores trazidos pelos madeireiros.

No entendimento da REDE, a condição instalada no território indígena causa ainda mais revolta porque os policiais estiveram na região acompanhados do prefeito do município de Zé Doca, Alberto Carvalho Gomes, mas nada fizeram para acalmar a situação. As autoridades ouviram apenas os não indígenas presentes na aldeia e retornaram para a cidade. No dia seguinte, a perseguição aos indígenas e os aliados da causa aumentou na cidade.

O problema se agravou ainda mais porque os órgãos de imprensa aliados dos madeireiros divulgaram uma versão distorcida dos fatos, como se os índios tivessem causado o conflito. Na verdade, a aldeia está sob o ataque de perigosos bandidos. Por outro lado, os apoiadores dos indígenas na região foram ameaçados de morte e correm o risco de se tornarem mais uma vítima desses foras da lei, como ocorreu com a liderança indígena Eusébio Ka’ Apor, assassinado por madeireiros em abril desse ano. Até o momento, esse crime não foi solucionado e segue impune.

Para a REDE, o fato que também causa muita preocupação é a lentidão do governo do estado do Maranhão e dos órgãos que deveriam atuar na proteção e apoio dos indígenas em relação ao clima de conflito instalado há algum tempo na região e tem se intensificado desde que os Ka’ Apor iniciaram a retomada de seu território. A partir daí, aumentou a perseguição contra os indígenas e apoiadores. Caso as autoridades competentes tivessem agido com mais rigor, certamente o embate não teria atingido essas proporções.

Fora isso, os Ka’ Apor denunciam ainda que os madeireiros se apropriaram dos equipamentos de trabalho de mapeamento dos focos de incêndio e estão identificando as pessoas e fazendo sérias ameaças. E foi somente após recorrer ao Ministério Público que os indígenas receberam a informação de que a Polícia Federal se deslocaram para a região.

A REDE entende que muitos municípios existentes no entorno do território Ka’ Apor vivem exclusivamente da exploração de madeira, o que torna a atividade essencial para região. No entanto, essas cidades não podem sustentar o seu principal pilar econômico por meio da extração ilegal, como tem acontecido e prejudicado a comunidade indígena existente. Ainda na avaliação da REDE, é preciso que as os órgãos competentes atuem com mais ênfase como forma de apaziguar esse verdadeiro clima de terror instalado no local e punir rigorosamente e de forma exemplar os responsáveis pelos crimes homicídio e tentativa de homicídio, cometidos contra os indígenas no local.

Comissão Executiva Nacional

Rede Sustentabilidade”

PCdoB pede que Fernando Furtado se retrate com os indígenas e o partido

fernandofurtadoA Executiva estadual do PCdoB se posicionou sobre a infeliz declaração do deputado estadual Fernando Furtado, que disse que índio “é boiola, não sabe trabalhar, então, é melhor morrer de fome” (Leia mais sobre o caso no Blog do Domingos Costa).

O partido exige retratação com indígenas e com a própria legenda, por serem contrárias à história de lutas do PCdoB.

Veja a nota do PCdoB:

PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL – MARANHÃO
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em relação às declarações do deputado Fernando Furtado, o PCdoB Maranhão, por sua Comissão Política Estadual, esclarece:
1. As declarações do deputado ofendem não apenas índios e homossexuais, como também a história e o programa do Partido Comunista do Brasil, sempre à frente das lutas pela garantia da igualdade e dos Direitos Humanos;
2. Consideramos a declaração do deputado uma falta grave cometida contra índios, homossexuais e com o nosso partido, razão pela qual a repudiamos publicamente;
3. No entendimento do partido, trata-se de uma equivocada manifestação individual do deputado Fernando Furtado, pelo que se espera do parlamentar a devida retratação em relação aos indígenas, aos homossexuais; e ao partido;
4. O PCdoB reafirma seu irrestrito compromisso com a proteção aos direitos dos povos indígenas e contra quaisquer manifestações de conteúdos homofóbicos.
São Luís, 21 de setembro de 2015

Egberto Magno
Pela Comissão Politica Estadual do PCdoB Maranhão

 

 

EMA diz que índios mantêm movimento na Assembleia

estadobarrigadaO jornal O Estado do Maranhão deu a maior barrigada neste sábado (11) já que a edição diz que os índios que protestavam na Assembleia não aceitaram acordo e permanecem no legislativo maranhense.

Essa era a informação até o início da noite desta sexta-feira (10). De fato, o jornal do sistema Mirante fecha seus cadernos logo no início da noite já que a impressão deve estar pronta até às 23h. Porém, por volta das 21h os índios fecharam o acordo e decidiram deixar o parlamento. às 21h40 este Blog informou em primeira mão a saída dos manifestantes da Assembleia Legislativa. Ainda havia tempo hábil para pelo menos colocar uma errata na capa.

Mas o jornal deve se retratar na edição deste domingo (12).

 

Índios aceitam acordo e desocupam Assembleia Legislativa

Índios desocupam Assembleia Legislativa

Índios desocupam Assembleia Legislativa

Por volta das 21h desta sexta-feria (10), os índios que estavam acorrentados na galeria da Assembleia Legislativa do Maranhão desocuparam a Casa. Os deputados da Comissão de Direitos Humanos entregaram o último item da pauta aos que estavam na ocupação junto com representantes do Ministério público Federal e os índios aceitaram sair de forma pacífica. Ainda houve uma última tentativa de tumulto, mas sem respaldo das entidades de defesa que acompanharam o processo, a manifestação se deu por encerrada.

O Governo do Maranhão reafirmou as ações desenvolvidas em prol da educação escolar indígena em reunião na OAB e assinou termo de compromisso com índios. No Termo de Compromisso assinado, as lideranças apresentam uma lista com 10 pedidos justificados pelo governo do Estado. A maioria deles, tratando de melhorias na área da educação. O governo anunciou que já há um cronograma definindo para o segundo semestre de 2015 e o primeiro de 2016, a construção de 51 escolas, através do Programa Mais IDH, e 16 escolas, através do BNDES. Quanto à contratação de diretores, vigilantes e merendeiras – o governo se compromete a enviar Projeto de Lei, no prazo de 30 dias, para criação do cargo de diretor escolar indígena.

Em relação ao segundo item – contratação de diretores, vigilantes e merendeiras – o governo se compromete a enviar Projeto de Lei, no prazo de 30 dias, para criação do cargo de diretor escolar indígena. O deputado Eduardo Braide garante que o Projeto tramitará em regime de urgência na Assembleia Legislativa. A Secretaria de Educação informa que será realizada a formação de 120 professores indígenas, na Uema, com início previsto para setembro. Sobre as merendeiras, o governo informou que está sendo viabilizado 230 contratações para o início de agosto. Já a contratação de vigilantes, a Seduc ficou de procurar uma alternativa.

No terceiro item, que trata da reativação do Conselho Indígena, o governo se compromete, até o final de 2015, reativá-lo, tendo em vista a necessidade de comtemplar todas as etnias indígenas.

Sobre o curso de formação continuada de professores indígenas, quarto item apresentado, o governo respondeu que o estado já paga curso de formação para 62 professores indígenas no Estado de Goiás. Já os cursos profissionalizantes para os indígenas que terminaram o ensino médio, quinto item pedido, o governo garante que irá fazer um estudo para viabilizar a criação de cotas para indígenas nos IEMAS e no IFMA, com turmas específicas para atendê-los.

No item seis, onde é firmado o reconhecimento das escolas indígenas, o governo afirmou que já existe um Decreto de criação das escolas, mas falta o reconhecimento do Conselho Estadual de Educação (CCE).

Empresário do transporte indígena foge ao ser questionado

O empresário Uirachuene Alves, que nega ser empresário, se recusou a responder sobre a empresa em nome de sua mulher, Fabíola Carvalho. O líder e financiador do movimento dos índios na Assembleia se mostrou visivelmente irritado ao ser questionado pelo jornalista Jeisael Marx sobre o investimento de R$ 800 mil que ele fez este ano em compras de vans e ônibus. Ele fugiu para não ser mais questionado sobre o caso.

Veja o vídeo: