Caso Mariana: Lucas Porto é condenado a 39 anos de prisão

O empresário Lucas Leite Ribeiro Porto, acusado de matar a publicitária Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, de 33 anos, sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, foi condenado, em júri popular, a 30 anos de prisão por homicídio com quatro qualificadoras —feminicídio, asfixia, impossibilidade de defesa e ocultação de provas— e 9 anos de prisão por estupro, totalizando a pena de 39 anos de reclusão em regime inicialmente fechado.

Após seis dias de julgamento, o Tribunal do Júri decidiu, na madrugada desta segunda-feira (5), pela condenação do réu. O juiz negou ao acusado o direito de recorrer da decisão em liberdade e estabeleceu que o fato de Lucas Porto estar preso há quatro anos não é relevante para diminuir a pena.

Desde 2016, Lucas Porto permanecia preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, onde aguardava julgamento. Agora, com a condenação, ele será levado novamente ao presídio, onde deverá a cumprir a pena, inicialmente em regime fechado.

Justiça nega habeas corpus e Lucas Porto permanece preso

Do MA10 – O desembargador Antônio Guerrero, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Lucas Porto nesta quinta-feira (30). A negativa, apresentada nesta sexta-feira (31), teve como base a compreensão do desembargador de que não houve formulação do pedido ao juízo de primeiro grau – o que teria tornado inviável o julgamento do pleito pelo Tribunal de Justiça. “Sob pena de haver supressão de instância”.

A defesa de Lucas Porto, assassino confesso da publicitária Mariana Costa (sobrinha-neta de José Sarney), alegou em audiência realizada há 15 dias,  que o preso sofre de problemas mentais. A estratégia é tentar amenizar a pena sobre o empresário detido em São Luís, que pode ser condenado a 60 anos de prisão.

Sobre a reprovação da liminar do habeas corpus, o magistrado declara que “O decreto de prisão preventiva encontra-se fundamentado na garantia da ordem pública e conveniência da instrução processual, revelando-se, consequentemente, legal a manutenção da prisão”, afirmou.

CASO

Mariana de Araújo Costa foi encontrada desacordada em seu apartamento, no dia 13 de novembro de 2016, no bairro do Turu, em São Luís.

Após investigações, que utilizaram, ainda, imagens do circuito interno de videomonitoramento do condomínio, o cunhado – Lucas Porto – se tornou o principal suspeito da investigação. A cúpula da Secretaria de Segurança Pública do estado concluiu  que Lucas Porto estuprou e matou Mariana por asfixia.

“Os laudos revelam, pelas lesões sobre o cadáver, que ela travou rigorosa luta. Manchas no pescoço e  marcas na perna são lesões de defesa, tentando impedir o ato criminoso”, afirmou o secretário de segurança pública, Jefferson Portela, à época da coletiva realizada para esclarecer mais detalhes sobre o crime.

Dias após a morte da publicitária, familiares e amigos foram às ruas pedir justiça e punição para o acusado.

Polícia encontra as roupas que Lucas Porto usava no dia do crime

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Roupas que Lucas Porto utilizava no dia do crime

A Polícia encontrou há pouco as roupas que o assassino confesso da publicitária Mariana Costa, Lucas Porto, utilizava do dia do assassinato. Até então as roupas estavam desaparecidas e são importantes para a elucidação do crime.

As roupas estavam em um apartamento acima do apartamento onde Lucas mora. A unidade habitacional estava abandonada e pertenceria ao pai do assassino confesso.

Ainda não foram encontradas roupas que possivelmente Mariana utilizava, caso ele tenha a atacado e arrancado as roupas. A versão do assassino é de que ela estaria nua quando ele chegou.

O laudo da necrópsia deve sair na próxima terça-feira (22).

Homologada prisão preventiva de Lucas Porto

lucasA juíza Andrea Maia, responsável pela Central de Inquéritos, homologou, nesta segunda-feira (14), a prisão preventiva de Lucas Leite Ribeiro Porto, acusado de ter assassinado, por asfixia, sua cunhada, a publicitária Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, de 33 anos, sobrinha-neta do ex-presidente da República e ex-senador José Sarney.

A defesa do acusado tentou, durante a audiência de custódia, relaxar a prisão, com a alegação de que não constam nos autos as imagens do circuito de TV onde a vítima morava.

As gravações mostram que o único adulto a estar no local do crime foi o acusado, onde permaneceu por cerca de 40 minutos. Após o suposto crime, Lucas Porto utilizou as escadas para se evadir do local.

A magistrada manteve a prisão, sob o argumento de que o acusado confirmou ter estado no local do crime. Segundo a juíza, a relação de proximidade entre Lucas e Mariana e a possibilidade de que, sendo parente da família da vítima, podendo desta forma agir para intimida-las e atrapalhar as investigações, reforçam a necessidade da manutenção da prisão.

Lucas Porto é apontado pela polícia como o principal suspeito pelo crime, e está sendo investigado porque aparece duas vezes em imagens do sistema de câmeras do condomínio onde a vítima morava, no Turu. Em uma das ocasiões ele é visto descendo as escadas.

Imagens das câmeras de segurança mostram que Lucas Porto esteve duas vezes no prédio. Na primeira vez, deixou as filhas de Mariana. Na segunda, subiu, passou cerca de 40 minutos no apartamento dela e saiu de lá apressadamente, não pelo elevador, mas pelas escadas do prédio.

“Lucas Porto é a única pessoa, o único adulto, que está presente no apartamento da vítima entre as 15h e as 16h. Esse horário foi apontado na necrópsia como sendo o horário em que a vítima foi assassinada”, declarou o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Lawrence Melo.

Aparece o senhor Lucas chegando ao local, apertando o 9º andar no elevador, se dirigindo para o apartamento da vítima e meia hora, 40 minutos, depois ele sai desse apartamento correndo, bastante nervoso, suado, com o rosto mesmo transtornado, a roupa bagunçada e, ao invés de usar o elevador, desce correndo pelas escadas”, completou.

Do Jornal Pequeno.

Para delegado, Lucas é a única pessoa que poderia ter matado Mariana

Lucas Porto está Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Lucas Porto está Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

As evidências contra Lucas Porto são muito fortes. O delegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Lawrence Melo, concedeu entrevista sobre o caso e demonstrou porque praticamente não existem mais dúvidas de que foi o empresário quem assassinou Mariana Costa.

Para o delegado, todas as provas “apontam o Lucas sim, se não como principal suspeito, mas único suspeito. A única pessoa que poderia ter praticado este crime contra a vítima”.

Lawrence ainda aguarda as demais provas materiais como a necrópsia, que irão determinar se foi realmente Lucas.

Mas as imagens das câmeras de segurança e o depoimento contraditório de Lucas o apontam como autor. O delegado descreve como ocorreu durante o crime. “Aparece o senhor Lucas chegando ao local, apertando o 9º andar no elevador, se dirigindo para o apartamento da vítima e meia hora, 40 minutos, depois ele sai desse apartamento correndo, bastante nervoso, suado, com o rosto mesmo transtornado, a roupa bagunçada e, ao invés de usar o elevador, desce correndo pelas escadas. Ele passa no térreo, passa a mão na cabeça, balança a cabeça de forma negativa como se tivesse participado de um evento que mexeu muito emocionalmente com o suspeito”.O

O suspeito aparece ainda com lesões no tórax, que mostram tentativa de defesa, como se tivesse se envolvido em uma briga. Existem evidências de que ele teria tentado apagar provas. Lucas também se desfez das roupas e apagou o rastreamento do celular.

 

Cunhado da vítima é preso suspeito do assassinato da sobrinha-neta de Sarney

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Lucas Leite Ribeiro Porto, 37 anos, cunhado de Mariana Costa, foi preso suspeito do assassinato de Mariana Costa, sobrinha-neta do ex-senador José Sarney. As imagens das câmeras de segurança mostram Lucas no condomínio onde a vítima morava, no Turu.

Mariana foi encontrada morta na noite deste domingo (13) com sinais de asfixia. Ate´o final da manhã desta segunda-feira (14), os delegados Leonardo, Superintendente de Homicídios e Proteção a Pessoa, e Lawrence Melo, Delegado Geral de Polícia Civil, devem dar mais esclarecimentos sobre o caso.