Prefeito de Bacabeira pagou com recursos públicos a defesa no processos junto ao TCE desde a época que era Presidente da Câmara.
É grave a denúncia fundamentada que foi publicada pelo blog do Domingos Costa com relação ao vice-prefeito de Paço do Lumiar, Marconi Lopes. O escritório de advocacia Marconi Lopes Advocacia e Consultoria além de ganhar praticamente tudo que defende no Tribunal de Contas do Estado – TCE-MA, ainda tem a incrível “competência de ressuscitar” processo já mortos – reprovados – e como se fosse um milagre os tornam aprovados.
Foi justamente dessa forma no caso da prestação de Contas do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Bacabeira, hoje Prefeito daquele Município, Alan Jorge Santos Linhares. O Processo Nº 2475/2008, relativos ao exercício financeiro de 2007, é uma verdadeira novela, e claro, com final feliz para Marconi e o ex-gestor.
Na sessão Plenária do dia 24 de Agosto de 2011, Alan Jorge Santos Linhares teve julgamento irregular com dívida de multa e débito, conforme publicação do diário oficial da justiça de 25/10/2011. Depois, o processo teve embargo apreciado em 14/12/2011, o resultado da apreciação foi conhecido e não provido. Foi então interposto recurso, por várias vezes o processo foi ao Plenário, mas pedidos de vistas adiaram a votação dos recurso das Contas de Alan Linhares, suspendendo temporariamente o julgamento.
O Parecer do Ministério Público de Contas Nº 4046/2012, assinado pela Procuradora Flávia Gonzaga Leite, elenca inúmeras irregularidades nas contas do ex-gestor. A conclusão do Ministério Publico de Contas foi pela desaprovação das contas do então presidente da Câmara de Bacabeira.
Já o voto do Conselheiro Relator José Ribamar Caldas Furtado, foi acompanhando o parecer do Ministério Público das Contas, julgando irregular as contas e imputou-lhe o débito de R$ 38.550,00 e aplicou-lhe multa no total de R$ 18.620,00.
Nem o Parecer do MPC e o voto contra do Relator foram o bastante para vencer o influente escritório de advocacia. Com a chegada de Marconi Lopes na causa, tudo mudou.
Um recurso de reconsideração apreciado no dia 26 de junho deste ano de 2013, resultou no julgamento regular com ressalvas das contas antes irregulares do então presidente da Câmara de Bacabeira.