A imagem do passado oligárquico do Maranhão

Em uma única imagem: José Sarney, Marly Sarney, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Sarney Filho, Adriano Sarney, Rafaela Sarney e mais alguns com mesmo sobrenome. São várias gerações de uma família que construiu um império às custas do erário e deixou o Maranhão nas últimas colocações do Índice de Desenvolvimento Humano.

A reunião foi para comemorar os 65 anos de casamento de Sarney e Marly. E o Maranhão espera que comemorem suas próximas datas festivas por aí mesmo, bem longe dos Palácios e do poder de decidir que o Maranhão fique condenado à pobreza.

Que esta imagem sirva apenas para registro histórico de um grupo político familiar que passou e não deixou saudade.

Clã Sarney mais vivo do que nunca

sarney

“Vocês têm que esquecer essa história de grupo Sarney. Isso é passado”. “O grupo Sarney morreu”. “Pra que ficar lembrando o Sarney que não é mais nada. Tem que se preocupar com o agora”. Esta cantinela é repetida seguidamente toda vez que um jornalista não-alinhado ao Clã ousa lembrar os responsáveis pela péssima situação do Maranhão. E a quem mais interessa a ideia de que o grupo não existe mais? Ao próprio grupo, que, com seu poder midiático, se exime da critica e passa a ideia de que qualquer problema que apareça no Estado é fruto dos sete meses do governo Flávio. Pois o Clã não morreu nem deve ser esquecido.

Leia no Garrone: A traição de Sarney

O velho oligarca, que tem instigado seus aliados no Congresso a trabalharem pela queda da presidente Dilma Rousseff, participou na manhã desta quarta-feira (12) de reunião com o ex-presidente Lula e outros caciques do PMDB. Com os ventos favoráveis a Dilma nos últimos dois dias, Sarney já se enturma para parecer um grande aliado da petista.

O ex-presidente da República já havia conseguido emplacar Chiquinho Escórcio para assessoria do vice-presidente Michel Temer para estar muito próximo em caso de queda da petista e ascensão do vice. Como de praxe, cerca o poder central para manter prestígio e poder decisório mesmo sem mandato.

O grupo mantém sua tropa mais fiel na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal tentando sangrar o governo estadual transformando denúncias vagas em grandes “polêmicas” através de seus veículos de comunicação. O Clã Sarney mostra que não só não acabou, mas já está muito mais organizado do que nos primeiros meses que sucederam a derrota nas eleições de 2014.

É muito cômodo para o grupo Sarney, após deixar o Maranhão com os piores índices do país, querer o esquecimento. Assim, tem liberdade de atacar o atual governo por problemas que o próprio grupo Sarney causou e ainda acusa Flávio Dino de querer se “escorar” no passado.

Mas este Blog não esquecerá. Até para que o governo atual mire os problemas do passado para fazer um futuro diferente. Os mais pobres do Maranhão esperam isto.

“Quando falamos do ontem, miramos no amanhã”, afirma Flávio Dino

flaviodinoO governador Flávio Dino (PCdoB) rebateu as críticas do grupo Sarney que não quer que o novo governo mostre as práticas do grupo ao longo dos 50 anos de domínio no Maranhão. “Quando falamos do ontem, miramos o amanhã. Devemos falar porque o ontem explica o hoje. Temos obrigação de explicar à sociedade para que nunca mais aconteça. Temos feito um governo sem ódio, sem perseguição, mas que olha o ontem para termos um amanhã melhor”, afirmou.

Flávio deu a declaração durante a apresentação das ações dos primeiros 100 dias do governo na manhã desta sexta-feira (10). Flávio dividiu as ações em áreas estratégicas de atuação: políticas sociais, ampliação da infraestrutura; economia, ciência e tecnologia; combate transparência e combate à corrupção. Esses setores foram considerados prioritários pelo governador, pois garantirão a melhoria da qualidade de vida da população, assegurando direitos básicos.

O Blog destaca as ações de combate à corrupção e o programa Mais IDH. No combate à corrupção, o governo criou a Secretaria de Transparência e Controle já no dia 1º de janeiro e o lançamento do novo Portal da Transparência, que agora torna público 100% dos gastos públicos do governo. “Antigamente apenas 40% dos gastos eram expostos, os outros 60% eram ocultos”, disse Flávio Dino.

Os primeiros resultados de tanto esforço já começaram a aparecer, com uma série de auditorias e investigações a exemplo do combate à agiotagem no Estado. É justamente estas auditorias que têm tirado o sono dos sarneystas e precisam continuar e apurar a fundo como foi gasto o dinheiro público do maranhense nos últimos anos.

O programa Mais IDH, que é o carro chefe do governo, está atuando nos 30 municípios com piores Índices de Desenvolvimento Humano, com o objetivo de reduzir a extrema pobreza no estado e melhorar a qualidade de vida da população. Por enquanto, com documentação e serviços de saúde. Ao responder questionamento do blog, Flávio garantiu que ainda este ano, o programa irá evoluir para as 12 ações e as próximas etapas serão de distribuição de água, saneamento e sistemas de agricultura para ampliar a renda nestes municípios.