Diante de Carlos Lula, deputada Andrea Murad tonteia

As falas da deputada Andrea Murad (PMDB) hoje na Assembleia Legislativa foram menos farsescas do que geralmente o são. Mas, as três perguntas que leu para o secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, eram lotadas de farsa.

As perguntas não foram elaboradas pela Andrea Murad. O secretário Carlos Lula ao responder uma a uma, gentilmente as concedeu a assessoria da parlamentar, mas também não eram.

Não eram porque Andrea Murad somente as repetiu, faltou-lhe conteúdo para pós-perguntas. Desesperadamente, pediu ao presidente da Comissão de Saúde, Levy Pontes, réplica e tréplica das perguntas que o secretário Carlos Lula respondia.

Carlos Lula respondeu a mais de 40 perguntas de deputados da base governista e da oposição em audiência hoje na Assembleia. Não deixou nenhuma pergunta sem resposta. Andrea Murad e Edilázio Júnior se desesperaram. O secretário Carlos Lula poderia tê-los desmoralizado o quanto antes, mas não o fez. O debate foi vencido por antecipação.

Ao responder com firmeza e serenidade a todas as perguntas, Carlos Lula tornou o “campo de batalha” que Andrea Murad mesmo escolheu, insustentável para ela mesma.

Andrea Murad não perdeu apenas quando não viu a explanação de Carlos Lula na Comissão de Saúde. A deputada perdeu quando decidiu que queria perguntar.

Presidente nacional do PPS endossa candidatura de Eliziane ao Senado na chapa de Dino

“É muito cedo. Mas vamos analisar e respeitar as realidades locais”. Assim o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, definiu o posicionamento do partido para as eleições do ano que vem nos estados, inclusive no Maranhão.

Em conversa com o titular do Blog, Freire reforçou que o partido tem posta a pré-candidatura de Eliziane ao Senado, sendo este o projeto no Estado. “Nós estamos esperando decisões do sistema político eleitoral. Mas o que há, é uma candidatura ao Senado, que é da Eliziane Gama”, definiu com segurança.

O presidente foi questionado sobre a aliança com o governador Flávio Dino do PCdoB, já que no âmbito nacional, PPS e PCdoB são ideologicamente distantes. “O partido tem como definição política ouvir muito os seus diretórios estaduais. Nada estranha esta aliança com o governador Flávio Dino porque a gente já o apoiou. Houve o apoio do PPS aí no Maranhão mesmo com a divergência a nível nacional. Isso quem vai decidir é o povo daí [PPS maranhense] e há uma tendência do partido respeitar os estados nas suas definições políticas”, sentenciou.

Assim, Eliziane segue firme como pré-candidata ao Senado, tendo aval da direção nacional da legenda para ser candidata ao lado do governador Flávio Dino.

Bira destaca Congresso Municipal do PSB em São Luís

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) subiu à tribuna, na manhã desta terça-feira (22), para registrar o Congresso Municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em São Luís, ocorrido no último sábado (19) e que o elegeu presidente do diretório da capital para os próximos três anos. Uma decisão consensual de todas as forças que integram o partido, movimentos sociais e segmentos em torno das bandeiras de luta da sigla.

Um congresso muito significativo, classificou o socialista, pelo debate amplo e representação. “Agradeço a presença do nosso presidente estadual, Luciano Leitoa, que vai para a reeleição como presidente estadual do PSB e, dessa forma, nós caminhamos para a consolidação da renovação da aliança com o governador Flávio Dino”, afirmou.

Ele disse que faz questão de registrar, da tribuna, porque todos sabem da luta que travada no PSB, sobretudo em 2016, quando, de maneira injusta, foi impedido de ser candidato a prefeito da capital. Luta franca, aberta e pública. Sobre a questão nacional, Bira ressaltou que o partido fez uma autocritica, reconheceu os erros cometidos e tem retomado o caminho no curso natural da história que sempre foi reservado, alinhado com a sua história, marcada pela luta do povo.

 Para o deputado, uma posição muito coerente, contra as reformas trabalhista e previdenciária, propostas pelo governo Temer, e a orientação pelo prosseguimento da denúncia contra o presidente. “Esse é o PSB ao qual me filiei. Esse é o PSB de Miguel Arraes, de Eduardo Campos, de Ariano Suassuna e de tantos outros lutadores que embalaram os sonhos de transformar a realidade brasileira. De todos os partidos do Brasil, o mais nordestino de todos é o PSB, porque nasceu no Nordeste e continua sendo liderado pelo Nordeste e assim seguirá o seu caminho”, declarou.

O parlamentar anunciou que nos próximos dias 09 e 10 de setembro os delegados de todo o estado se reunirão no Congresso Estadual para escolher a nova direção do PSB no Maranhão; e que em outubro o Congresso Nacional do PSB que escolherá a direção nacional do partido para os próximos três anos.

“Assim, a gente completa o nosso ciclo, garantindo o processo congressual de forma ampla e de forma democrática, com a participação de filiados de todo o Brasil, escolhendo e definindo os rumos do partido para os próximos três anos. E, graças a Deus, o PSB segue o seu caminho aliado, alinhado e coerente com a sua história, que sempre foi ao lado do povo”, concluiu.

 

Rede de Controle discute pleito da Famem sobre recursos do Fundef

Representantes da Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão debateram, nesta terça-feira (22), no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), o alinhamento de posições a respeito da aplicação de recursos recuperados do extinto Fundef, em vias de serem recebidos por 13 municípios maranhenses. A reunião atendeu a solicitação da Federação dos Municípios (Famem)

A discussão foi motivada pela apresentação, por parte da Famem, de um pleito formal à Rede de Controle, no sentido de que os recursos do Fundo, recuperados em ações já transitadas em julgado e com precatórios judiciais expedidos pudessem ser aplicados em outras áreas além da Educação.

Participaram dessa rodada de discussões com a Famem e sua assessoria jurídica, além do presidente do TCE, conselheiro Caldas Furtado, o procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, o procurador-chefe do Ministério Público Federal no Maranhão, Juraci Magalhães Júnior, o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Jairo Cavalcanti Vieira, a promotora de Justiça e coordenadora do CAOP-Educação, em exercício, Érica Ellen Beckman da Silva, o secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas do União (TCU), Alexandre Walraven,  o superintendente da CGU no Maranhão, Francisco Alves Moreira e o chefe da AGU no Maranhão, Fabrício Dias.

Ao final do encontro, a posição da Rede de Controle em relação à utilização dos recursos do Fundef foi apresentada em três pontos principais. A Rede não apóia a ação rescisória interposta pela Advocacia-Geral da União (AGU); entende que na aplicação dos recursos do Fundef obtidos via precatórios não há necessidade de observar a destinação mínima de 60% para pagamentos dos profissionais da educação; e entende ainda que os recursos recebidos por meio de precatório devem ser aplicados integralmente na Educação. Cabe ressaltar que esse último foi o único ponto em que a Rede não atendeu ao pleito apresentado pela Famem.

MP propõe Ação de Inconstitucionalidade contra Lei que proibiu o Uber em São Luís

Foi protocolada na manhã desta terça-feira, 22, junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei municipal n° 429/2016, que proibiu o funcionamento de serviços de transporte individual em veículos particulares cadastrados por aplicativos, como o Uber, em São Luís.

Sob o número 0803397-88.2017.8.10.0000, o processo foi distribuído ao desembargador Marcelo Carvalho Silva.

Proposta pelo procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, a ADI defende que a lei, de autoria da vereadora Luciana Mendes e aprovada pela Câmara Municipal em 5 de julho de 2016, fere os artigos 147 (inciso I, 2° e inciso IV) e 174 (caput e § 1°) da Constituição do Estado do Maranhão.

Na Ação, o procurador-geral de justiça afirma que a lei municipal “se constitui em norma puramente proibitiva e proibir não é regulamentar – o que fere uma série de princípios constitucionais, notadamente o da livre concorrência, do livre exercício da atividade econômica e o direito de escolha do consumidor”.

O texto também chama a atenção para a diferenciação entre “transporte público individual” e “transporte privado individual”. O primeiro é um tipo de serviço privativo dos taxistas, já o segundo, no qual se enquadra o Uber, não depende de concessão pública.

“Na explicitação do texto constitucional, a lei assevera que o transporte de pessoas, em caráter privado, independe de concessão ou permissão. Vale dizer: o transporte de pessoas em caráter privado, por não ser serviço público, não está submetido à concessão ou à permissão oriunda do Poder Público”, ressalta Luiz Gonzaga Coelho.

O chefe do Ministério Público do Maranhão observa, ainda, que ao legislar sobre o assunto, o Município de São Luís “usurpou a competência privativa da União, extrapolando o seu poder meramente supletivo e regulamentar em se tratando de transporte”.

LIMINAR

Diante da flagrante inconstitucionalidade da norma, a ADI requer, em medida liminar, a imediata suspensão da lei municipal n° 429/2016. “Deve a norma ser imediatamente afastada do sistema jurídico ou ter, ao menos, seus efeitos suspensos, sob pena de ser mantida em vigor legislação cujo conteúdo implica em prejuízos diretos para os consumidores e para aqueles que exercem a atividade de transporte individual privado”, observa, na ação, Luiz Gonzaga Coelho.

Interino, tabelião beneficiado por Nelma celebrou contratos com empresa acusada de corrupção

A nomeação do tabelião Ricardo da Silva Gonçalves da interinidade da 1ª Zona de Registro de Imóveis de São Luís gerou uma série de questionamentos. O tabelião havia inclusive sido afastado pelo Conselho Nacional de Justiça e retornou ao cargo por decisão do ministro Ricardo Lewandowiski.

Uma das proezas de Ricardo Tabelião foi gerar custos altíssimos. O art. 150 do Código de Divisão e Organização Judiciária determina que os encargos durante a interinidade de uma serventia sejam necessários e exclusivamente para a “manutenção dos serviços”. Mas, mesmo sendo interino, Ricardo aumentou os gastos.

O Blog do Garrone revelou que o tabelião contratou por R$ 750 mil a empresa MS Informática, envolvida em escândalos de superfaturamento e desvio de dinheiro público durante o governo Roseana Sarney apontados em auditoria. O pior é que os escândalos da MS surgiram antes mesmo da autorização do CGJ/MA para realização do serviço, conforme atesta a data da nota fiscal de R$ 250 mil referente a primeira parcela, das três que dividiram o pagamento da referida companhia.

Mais sobre os escândalos da MS Informática no governo Roseana Sarney aqui

A Secretaria de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, durante a gestão Maurício Macedo, celebrou contratos superfaturados com a MS Informática, segundo auditoria da Secretaria de Transparência e Controle.

Na representação enviada ao CNJ, as associações fizeram questão de ressaltar que os atos do tabelião Gonçalves possuem aparência de legalidade e de formalidade, mas atentam contra os princípios que regem o interesse público com fortes “indícios de desvio de finalidade na utilização da receita da serventia, consubstanciado-se em verdadeiras manobras para acobertar delitos fiscais e contábeis”.

Leia também:

MP investigará tabeliães beneficiados beneficiados por Nelma Sarney

A estranha relação de Nelma Sarney com cartórios

Governo Dino cortou pela metade gastos com transporte aéreo

O governo Flávio Dino já economizou R$13,5 milhões com fretamento de aeronave desde 2015. O valor representa uma redução de 64% em relação ao contrato do governo anterior. Conforme dados publicados no Portal Transparência, em apenas 23 meses, entre início de 2013 e final de 2014, a gestão passada pagou R$ 25,2 milhões à PMR Táxi Aéreo. Já a gestão atual pagou menos e em um período maior pelo mesmo serviço. Ao longo de 31 meses, a contar de fevereiro de 2015, o governo atual desembolsou R$ 13.519.574,30.

“Diferente das gestões anteriores, o governo do Estado tem apenas um contrato com a empresa de táxi aéreo, cujas aeronaves devem atender à Casa Civil e demais secretarias. Estamos trabalhando de forma transparente para gerar economia aos cofres públicos”, afirma o secretário de Governo, Antonio Nunes.

Histórico

Em 2013, o governo do estado firmou contrato com a PMR, com pagamento mínimo, segundo a licitação, de R$ 680 mil mensais. Ou seja, mesmo que não usasse a aeronave para nenhum voo naquele mês, o Governo do Estado pagava por seu uso.

Se esse mesmo valor fosse pago hoje, com a correção do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), esse montante subiria para R$ 855 mil e o valor total do contrato, R$ 7,4 milhões, com a correção do mesmo índice, subiria para R$ 9,4 milhões.

A mesma empresa mantinha ainda outros dois contratos: um com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), no valor mensal de R$ 385 mil, e outro com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), de R$ 495 mil (sem correção). Se for atualizado pelo IGPM, o valor global anual que foi pago pelos serviços prestados à SES subiria para R$ 6,2 milhões por mês.

O governo realizou uma nova licitação em julho de 2017 e a Heringer Táxi Aéreo apresentou mais uma vez os menores preços. Nesta última contratação, os valores ficaram ainda mais baixos e o estado irá economizar 5% em relação ao contrato que terminou em junho deste ano. O valor do contrato anual, que tem vigência de 12 meses, para oferecer os mesmos serviços passou de R$ 11, 7 milhões para R$ 9,9 milhões.

Lobão tenta “ressuscitar” financiamento empresarial de campanha eleitoral

Da Veja – Senadores favoráveis ao retorno do financiamento empresarial de campanhas eleitorais se articulam nesta semana para acelerar a apreciação do tema na Casa. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Edison Lobão (PMDB-MA), deve nomear nos próximos dias um relator para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 113C/2015, uma das alternativas para ressuscitar a possibilidade de empresas doarem dinheiro para partidos políticos.

O financiamento privado de campanhas eleitorais está proibido desde 2015 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Os deputados tentaram “ressuscitá-lo” no mesmo ano, na votação da minirreforma eleitoral (lei 13.165), mas a então presidente Dilma Rousseff (PT) vetou o artigo que tratava do assunto. O texto da PEC 113C/2015 foi aprovado então pela Câmara, ainda em 2015, e agora precisa passar por duas votações no plenário do Senado.

Enquanto o Senado discute a volta do dinheiro privado em eleições, a Câmara agendou para esta terça-feira, 22, a votação em plenário da criação de um fundo eleitoral abastecido com verbas públicas. Inicialmente estimado em R$ 3,6 bilhões, o fundo público pode passar na primeira votação sem um valor global estabelecido e sem as fontes para custeá-lo determinadas. Os deputados querem postergar para a Lei Orçamentária Anual a discussão sobre o montante e as fontes do fundo, algo que desagrada à cúpula do Senado, como forma de facilitar a aprovação e escapar das críticas da opinião pública.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), quer esperar a decisão final da Câmara, mas os parlamentares que defendem a retomada das doações por empresas têm pressa. “Vamos, sim, fazer uma articulação no colégio de líderes para promover um acordo e examinar isso com celeridade na CCJ. Tenho total disposição de fazer com que prospere rapidamente, por causa do tempo”, disse o senador Armando Monteiro (PTB-PE), integrante da comissão. “Há um ambiente que pode fazer com que essa coisa ganhe adesão expressiva, na medida em que se percebeu a reação ao fundo público.”

Câmara Municipal cobrará fiscalização da prefeitura ao Uber

Após o protesto que fechou o Centro de São Luís nesta segunda-feira (21) , os taxitas se dirigiram à Câmara Municipal para pressionar o poder legislativo. O presidente da Casa, Astro de Ogum (PR), acompanhado de outros vereadores, se reuniu com representantes da categoria.

Após algumas horas de conversa entre os parlamentares e profissionais de taxis, o dirigente do Legislativo informou que a Mesa Diretora da Casa iria ainda na tarde de ontem encaminhar ofício ao Poder Executivo, mais precisamente à SMTT (Secretaria Municipal de trânsito e Transportes) pedindo o cumprimento da lei aprovada pelo parlamento, no tocante ao aplicativo Uber. Astro e os participantes do encontro firmaram compromisso de a partir da próxima quinta-feira, (24), reunirem-se para discutir um amplo projeto sobre o funcionamento do transporte particular de passageiros no município.

Os representantes dos taxistas alegam que o uso do aplicativo está fazendo com que seja descumprida a lei aprovada na Câmara. A situação chegou ponto de parte do colapso em parte do trânsito na cidade por esse e outros motivos. Os taxistas consideram uma concorrência desleal o aplicativo.

Antes de anunciar a decisão de estabelecer a relação com o Executivo, acerca do cumprimento da lei aprovada pelo Legislativo, Astro de Ogum disse que “não tenho nenhuma amizade com Uber, e que tudo isso está acontecendo pelo exagero”. A declaração foi ao encontro de uma questão abordada pelos taxistas que a cada dia aumenta o número de veículos com aplicativo, até os mesmos estarem utilizando a faixa destinada aos táxis.

Astro de Ogum destacou que todos devem agir com coerência, mas dentro do que determina o ordenamento da lei, e sobre o funcionamento do aplicativo ele observou que a Comissão de Justiça já aprovou a matéria, devendo a mesma agora partir para a apreciação em plenário. “E por aqui vamos adotando as decisões que podemos, sempre agindo dentro do que disciplina o bom senso e a legislação”.

Participaram da reunião e manifestaram-se os vereadores Beto Castro (PROS), Bárbara Soeiro (PSC), Cézar Bombeiro (PSD), Edson Gaguinho (PHS)Genival Alves (PRTB) e Honorato Fernandes (PT), além do presidente do Sindicato dos Taxistas, Renato Medeiros, e representantes do Ligue Taxi, Comissão Fora Uber e outros.

Realidade nova para moradores da Vila Janaína após 30 anos

Era 1987, ano de fundação da Vila Janaína, e moradores das ruas Tiradentes, Boa Esperança e Santa Efigênia já sonhavam com a pavimentação asfáltica das vias. O sonho foi se estendendo por mais 30 anos e só se tornou realidade agora, com a implantação do inédito programa Rua Digna, do Governo do Maranhão.

“Essa foi primeira vez que um governo olhou para nossa rua. Agora a gente tem uma rua bonita, mas isso aqui era só lama quando chovia; e só poeira, quando era período de seca.  As pessoas ainda não acreditam, de fato, que isso aqui está sendo concluído”, diz o presidente da Associação Atlética da Vila Janaína, José Vitorino Câmara Gama.

O benefício vai alcançar milhares de maranhenses com a pavimentação de vias públicas e melhoria de infraestrutura de pontos que nunca receberam qualquer tipo de intervenção estrutural. No total, dez instituições já estão recebendo as obras na capital e em municípios do Maranhão.

Presidente da Associação Atlética da Vila Janaína, José Vitorino Câmara (Fotos: Handson Chagas)

Apesar de a obra estar na primeira etapa, a Travessa Boa Esperança já se tornou um referencial para os moradores do bairro. “O pequeno pedaço da obra que já foi feito aqui já mudou o olhar das pessoas, que antes não acreditavam que a obra um dia chegaria.  Por conta desse resultado inicial, a Janaína toda já está motivada, cobrando de mim a elaboração de mais projetos para contemplar outras ruas com asfalto”, comenta Vitorino.

Ele diz que a expectativa criada pela população está sendo superada: “Eu creio que essa ideia do governador foi boa e está sendo abraçada por todos os bairros que estão recebendo o programa. Isso aqui é saboroso porque a gente vê que a comunidade está precisando.

Liberdade para ir e vir

Parte da Travessa Boa Esperança mostra o que a população vivia no período de chuva (Fotos: Handson Chagas)

O Rua Digna é executado pela Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres) e tem como principal finalidade proporcionar dignidade a moradores e pedestres, por meio da construção de acessos urbanos. São serviços e reparos estruturais que garantem um direito básico e constitucional: o de ir e vir.

A moradora da Travessa Boa Esperança, Aleida Reis Medeiros Bispo, conta que enfrentou muitas barreiras com a irmã, Francisca das Chagas, portadora de necessidade especial que estava se locomovendo por cadeira de rodas por um determinado período. “Além da minha irmã, existem pessoas idosas que têm dificuldade em se locomover. Com a chegada do programa, por mais que seja ainda no início, nós já temos uma certa mobilidade e dignidade, ainda mais em função das calçadas que já foram feitas”, diz.

Vizinha das irmãs Aleida e Francisca,  Iranir Otaviano Santos, moradora desde o início do bairro,  conta que a obra chegou trazendo muita alegria: “É um trabalho do Governo que traz mais humanidade para gente. No período de chuva isso aqui ficava horrível, a gente tinha que sair tirando os sapatos e levantando as calças. Era horrível, pois ficávamos ilhados.

Além dos 106 metros de obras realizados na Travessa Boa Esperança, o Rua Digna se estende a mais duas vias no bairro Vila Janaína, onde serão construídos 140 metros na Rua Tiradentes e 284 metros na Rua Santa Efigênia.  No total serão construídos 530 metros, com o recurso de R$160 mil.

Dona Iranir Otaviano é uma das primeiras moradoras da Vila Janaína (Fotos: Handson Chagas)

O calçamento das ruas está sendo feito com bloquetes intertravados, preferencialmente produzidos pelos apenados do Complexo Penitenciário São Luís. As associações ou os sindicatos também são orientados a obter material de construção dos fornecedores da própria comunidade, a fim de gerar renda para o comércio local.

O programa foi disponibilizado para organizações da sociedade civil localizadas dentro da região metropolitana (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) e para os 30 municípios do Mais IDH. Com a inspeção de técnicos do Mutirão Rua Digna, o prazo máximo para execução é de 90 dias e o de prestação de contas é de 60 dias após o recebimento do recurso.