O governador-tampão Carlos Brandão (PSB) completou um mês longe do comando do Governo do Estado. Ele permanece em São Paulo, se recuperando de uma cirurgia para retirada de um cisto nos rins.

Durante o mês com o governador-tampão fora, muita polêmica e pouca política pública. O principal fato foi a crise dos ferrys, o serviço de travessia está cada dia mais complicado, com atrasos, filas e muita insatisfação de quem precisa usar esse serviço de transporte. O “novo” ferry que veio do Estado do Pará, para fazer a travessia entre São Luís e Alcântara, ainda não teve a liberação. A embarcação que sempre navegou em rio, segue em serviços de adaptação.

Outro fato inusitado foi o uso de helicóptero do Centro Tático Aéreo (CTA) por Flávio Dino, ex-governador do Maranhão, quando chegou à cidade de Grajáu em um helicóptero pertencente à Secretaria de Segurança Pública.

Na próxima segunda-feira (20) expira a licença de Brandão, que deve renovar mais uma vez, junto a Assembleia Legislativa, desembarcando no Estado somente no início de julho.

O governo do Maranhão celebrou contrato emergencial, ou seja, dispensando licitação, com a empresa M G Comércio e Serviços Ltda, de Colinas, base política do governador Carlos Brandão, para fornecimento de quentinhas diariamente para os municípios de Governador Newton Bello, Centro Novo, Satubinha, Itaipava do Grajaú, Jenipapo dos Vieiras, Fernando Falcão, Lagoa Grande, São Raimundo do Doca Bezerra, Santa Filomena e Arame.

Causa espanto como esta empresa procede a logística para o atendimento deste contrato. Afinal, somando todos estes municípios são mais de 3 mil quilômetros para cobrir todos os dias entregando as quentinhas. Só o combustível inviabiliza o atendimento da demanda gigante.

Só pra ter alguns exemplos, de Colinas a Duque Bacelar são 400km, até Fortaleza dos Nogueiras 450km, até Arame 430 km e até Luís Domingues são 700km. Demoraria mais de um dia inteiro para fornecer quentinhas (ou friinhas) para todos estes municípios, que segundo o contrato, devem receber as refeições para jantar todos os dias.

Este tipo de fornecimento é sempre feito por um único caminhão, o que faria com que o fornecimento demorasse dias. Mas ainda que a empresa colocasse um caminhão para cada cidade, não conseguiria atender distancias tão grandes para refeição perecível.

O contrato emergencial é de 180 dias no valor de R$ 1.045.440,00, para fornecer 211.200 quentinhas por dia.

Empresa fica no Restaurante Popular

Outra curiosidade é que a empresa contratada está sediada no endereço do restaurante popular de Colinas. O CNPJ está registrado no endereço Avenida Coronel Trajano Brandão, número 500, Centro de Colinas. Este endereço é exatamente onde fica o Restaurante Popular.

Será que o próprio restaurante popular, que é do governo do estado, produz as quentinhas para uma empresa privada vender para o próprio estado?

O governador-tampão Carlos Brandão vem chegando ao teto de transferência de votos que pode receber do seu antecessor Flávio Dino.

Historicamente, um governante é capaz de transferir de 30% a 60% da sua intenção de votos ao seu candidato. Foi o caso de Haddad em 2018, que herdou parte dos votos de Lula, mas não todos. Acabou derrotado por Bolsonaro.

Dino hoje tem de 50 a 60% das intenções de voto ao Senado de acordo com as pesquisas. Nessa média, tende a transferir votos para Brandão alcançar até 30%.

O resto dependeria do próprio candidato. Brandão está chegando próximo de seu teto. Daqui em diante é com o próprio candidato.

Nesta quinta-feira (16), foi divulgada a Pesquisa Escutec/Grupo Mirante de intenções de votos para o Governo do Maranhão. Segundo os números, o atual governador-tampão Carlos Brandão (PSB) lidera a pesquisa com 27%, seguido do senador Weverton (PDT) com 23%.

O Instituto contratado pelo sistema de comunicação do grupo Sarney é tradicionalmente ligado ao Clã, que hoje faz parte do governo.

O chefe do executivo estadual está um mês praticamente fora do debate eleitoral em virtude de sua internação em São Paulo para uma cirurgia.

De acordo com o levantamento, ambos cresceram acima da margem de erro, de 2,19 pontos percentuais.

Outros 8% dos 2 mil entrevistados disseram votar em branco, nulo, ou em nenhum dos candidatos apresentados, e 11% não sabem, ou não responderam.

A pesquisa foi realizada em 70 municípios do Maranhão, entre os dias 11 e 16 de junho, e registrada na Justiça Eleitoral sob o número MA-05721/2022. O nível de confiança é de 95%.

Rejeição – No quesito rejeição, a liderança é do senador Weverton, com 23% dos entrevistados afirmando que não votariam nele. Carlos Brandão foi rejeitado por 17%, seguido por Edivaldo Júnior (8%), Lahesio Bonfim (7%), Simplício Araújo (6%), Enilton Rodrigues (3%) e Hertz Dias (3%).

Segundo turno – O Escutec também levantou possíveis cenários de segundo turno entre os líderes, Carlos Brandão e Weverton, e os demais principais concorrentes.

Na primeira simulação, Brandão venceria Weverton por 36% a 34%. O governador também venceria Edivaldo Holanda Júnior (39% a 23%) e Lahesion Bonfim (38% a 29%).

Weverton também venceria Edivaldo Júnior, por 39% a 20%; e Lahesio Bonfim por 35% a 28%.

Com rumores de substituição do atual governador Carlos Brandão (PSB) cada vez mais fortes, incentivados e espalhados pelos próprios aliados do ex-governador Flávio Dino, o grupo dinista já não esconde que quer mesmo colocar o ex-secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão, como substituto.

O destaque foi total para Camarão no evento “O Maranhão Não Pode Parar”, em São Mateus. Nem imagens de Brandão foram exibidas durante o evento.

Aliados de Dino dizem que a troca é necessária pela falta de crescimento nas pesquisas, além da falta de disposição e saúde do atual chefe do executivo estadual, que encontra-se em tratamento de saúde em São Paulo.

O grupo tenta emplacar Camarão, mas são várias questões complexas para realizar a troca. A família de Brandão e o próprio governador licenciado irão aceitar ficar no governo e fazer campanha para Felipe e Dino? Se Brandão precisar ficar fora do governo durante toda a campanha eleitoral cuidando de sua saúde, a máquina estatal vai poder ser usada na campanha sob o comando de Paulo Velten? São questões complexas para colocar em prática o plano que vem sendo traçado.

O Instituto Escutec registrou mais uma pesquisa e vai tentar salvar o atual governador Carlos Brandão (PSB) que não está nada bem nos números da pesquisa Exata e em duas pesquisas feita pelo Palácio e engavetadas.

A empresa era até outro dia muito questionado pelos comunistas, sobretudo pelo presidente do PCdoB e braço direito de Flávio Dino, o deputado federal Márcio Jerry (veja na imagem o que Jerry dizia da Escutec).

A empresta registrou um levantamento no último dia 10 e tem previsão de divulgação hoje (16).

A Escutec trará sete pré-candidatos ao governo: Carlos Brandão (PSB), Weverton Rocha, Edivaldo Júnior (PSD), Lahesio Bonfim (PSC), Simplício Araújo (SD), Ernilton Rodrigues (PSOL) e Hertz Dias (PSTU).

O Instituto muito ligado aos Sarneys, sempre foi questionada por Flávio Dino. Agora que o Clã Sarney é aliado do grupo governista, a Escutec foi acionada para este lado.

O senador Roberto Rocha (PTB) convidou o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba- Codevasf, Marcelo Moreira, e o diretor de Desenvolvimento Integrado da Companhia, Antonio Rosendo Júnior, para verem de perto os problemas e as más condições da Lagoa da Jansen, em São Luís.

Na semana passada, por falta de manutenção, a comporta quebrou e está fazendo a água escoar rapidamente, causando transtornos aos moradores, que reclamam do mal cheiro no local.

Em ação emergencial, Roberto Rocha adiantou que conseguiu recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional da ordem de R$ 5 milhões para que sejam feitas as reformas e manutenção dessas comportas.

“Apesar de ser uma responsabilidade do Governo Estadual, desde que eu assumi o mandato de senador eu tomei, como uma de minhas bandeiras, a despoluição e revitalização ambiental da Lagoa da Jansen. O projeto já foi concluído e estamos viabilizando a execução da obra”, garantiu Roberto Rocha.

O parlamentar maranhense destacou ainda que a Lagoa da Jansen possui muito lixo acumulado por vários anos e a dragagem desse acúmulo deverá ser meticulosa. Segundo ele, são dois mil metros cúbicos de lixo a serem dragados, envelopados e transportados para o ater ro sanitário de Rosário. Além disso, a lagoa possui mais de um metro de lodo, com 74 bocas de esgotos.

No último dia 08, o senador Roberto Rocha reuniu-se com o presidente da República Jair Bolsonaro e, na pauta, o assunto principal abordado pelo senador, foi a problemática histórica da Lagoa da Jansen, em São Luís.