Com 28 assinaturas, CPI da Saúde será protocolada hoje

Rafael Leitoa: tudo pronto para instalar CPI da Saúde

Rafael Leitoa: tudo pronto para instalar CPI da Saúde

A CPI que investigará as irregularidades da gestão da saúde no Maranhão já tem 28 assinaturas e será protocolada nesta terça-feira (7) no início da sessão ordinária (caso não aconteça uma reviravolta surpreendente). Os autores do requerimento Rafael Leitoa (PDT) e Fernando Furtado (PCdoB) conseguiram muito mais assinaturas do que precisavam. E poderiam ter conseguido mais. Leo Cunha (PSC), Graça Paz (PSL), Josimar de Maranhãozinho (PR) e Hemetério Weba (PV) não estavam em São Luís nesta segunda-feira (6). Pelo menos dois destes, assinariam se estivessem na capital.

A CPI deverá ser composta por sete membros titulares e sete suplentes. As indicações serão proporcionais aos Blocos Parlamentares. Mas é importante ressaltar que não os blocos atuais, mas os originais da Casa. Assim, o Blocão (União Pelo Maranhão) indicará a maioria dos membros (três ou quatro). O presidente deverá ser o deputado Rafael Leitoa.

Confira os deputados que assinaram o requerimento da CPI:

Rafael Leitoa (PDT)

Fernando Furtado (PCdoB)

Othelino Neto (PCdoB)

Rogério Cafeteira (PSC)

Marco Aurélio (PCdoB)

Humberto Coutinho (PDT)

Eduardo Braide (PMN)

Glalbert Cutrim (PRB)

Ana do Gás (PRB)

Edson Araújo (PSL)

Carlinhos Florêncio (PHS)

Stênio Rezende (PRTB)

Rigo Telles (PV)

Zé Inácio (PT)

Ricardo Rios (PEN)

Fábio Macedo (PDT)

Paulo Neto (PSDC)

Raimundo Cutrim (PCdoB)

Valéria Macedo (PDT)

Vinicius Louro (PR)

Junior Verde (PRB)

Edvaldo Holanda (PTC)

Sérgio Frota (PSDB)

Fábio Braga (PT do B)

Francisca Primo (PT)

Welington do Curso (PPS)

Levi Pontes (SD)

Cabo Campos (PP)

Apesar de necessária, intervenção no Maranhão é muito difícil

Procurador geral da república, Rodrigo Janot, analisa pedir intervenção no MA.

Procurador geral da república, Rodrigo Janot, analisa pedir intervenção no MA.

O histórico do STF e a política não ajudam em nada para que haja intervenção federal do Maranhão em virtude da crise na segurança e no sistema penitenciário do estado. A Corte nunca aprovou uma intervenção em um estado, mesmo em outras situações semelhantes de violência.

A intervenção federal afasta temporariamente a, autonomia do estado. O Presidente do Supremo é o relator dos pedidos de intervenção federal e, antes de levar o processo a julgamento, ele pode tomar providências que lhe pareçam adequadas para tentar resolver o problema administrativamente. Caso avalie que isso não é possível, o processo prossegue, sendo ouvida a autoridade estadual e o procurador-geral da República. Depois, o processo é levado a plenário.

Denúncias de decapitações, de violência sexual dentro do sistema penitenciário, além de crimes cruéis comandados por detentos, fizeram surgir a possibilidade de um pedido de intervenção no Estado do Maranhão, por violação aos direitos da pessoa humana, cujo fundamento é o art. 34, VII, “b”, da Constituição Federal.

Ainda que o Procurador-geral peça a intervenção, numa remota hipótese de aceitação da intervenção pelo STF, que ainda pode ser definido apenas na área penitenciária e/ou de segurança pública, o pedido deve em instância final ser apreciado pelo Congresso Nacional, isto é, o peso político ainda terá um fator decisório. E como o Congresso é composto por maioria de aliados do governo federal e do PMDB, a intervenção pode ser descartada.

Petição

Ainda assim, um grupo tem se mobilizado na web para pedir a intervenção. Mais de 14 mil assinaram petição por intervenção federal no Maranhão. Foram mais de 3.400 compartilhamentos via Facebook, 187 tweets, 32 socializações via Orkut e envio de 280 e-mails já mobilizaram mais de 40 mil visualizações na petição que pede que o Procurador-Geral da República solicite a intervenção federal no Maranhão. O que totaliza até o momento 14.032 assinaturas confirmadas (às 23h57 de 11/01/2014).

O conjunto das assinaturas será enviado ao Procurador. Nesta segunda-feira (13/01), essa parcial será entregue aos senadores da Comissão de Direitos Humanos do Senado que vem a São Luís para verificar de perto a situação da barbárie maranhense.

Clique aqui para assinar a petição.