Sarney sairá candidato para ajudar Temer?

A transferência de título de José Sarney para o Maranhão pegou a todos de surpresa. Até o neto de Sarney, deputado Adriano, disse ao editor deste blog que foi surpreendido com a decisão do avô e ainda não sabia as razões. Muito ainda se debate nos bastidores da política qual sua real motivação.

Que ele quer ficar próximo da campanha da filha, que deve coordenar pessoalmente, é indiscutível.

Mas outra possibilidade aparece no horizonte. Com o filho encaminhado para o Senado, Sarney pode vir a disputar uma eleição para a Câmara, com as bases do filho.
De Brasília, com mandato, poderia ajudar com mais facilidade o presidente Temer, de quem já é o principal conselheiro. Mesmo que Temer não esteja mais sentado na cadeira de presidente.

Mas Elsinho Mouco (o marqueteiro de Edinho Lobão que agora assessora Temer) aposta na reeleição de Temer. Com um mandato na Câmara, Sarney poderia almejar cargos de direção na CCJ e na própria Mesa Diretora da casa para ajudar na aprovação da Reforma da Previdência e outros bandeiras de Temer, estando ele reeleito ou não.

Weverton diz que PDT votará pela aceitação da denúncia contra Temer

O PDT irá votar novamente favorável à aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer, foi o que garantiu o líder da bancada na Câmara, deputado Weverton Rocha. “Na primeira denúncia já nos posicionamos a favor da continuidade da investigação. Ninguém pode estar acima da lei”, explicou ele. “Na segunda denúncia iremos novamente orientar a bancada para que o partido continue no mesmo caminho”, afirmou.

Nesta quinta-feira o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aprsentou ao Supremo Tribunal Federal uma nova denúncia contra ao presidente Michel Temer por obstrução da Justiça e organização criminosa. Para que a investigação continue é preciso que a Câmara dos Deputados autorize, com uma maioria de 342 votos. Além de Temer, a PGR denunciou outros sete nomes por organização criminosa: Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Henrique Alves, Eduardo Cunha, Rocha Loures e Ricardo Saud.

Weverton defendeu a aceitação da denúncia e disse que é preciso investigar e passar o País a limpo. “Além retirar direitos e oportunidades, esse governoe está atolado em denúncias”, comentou. Segundo ele, é preciso ir fundo na investigação dessas denúncias para que o Brasil possa sair da crise com solidez e com um novo projeto de desenvolvimento.

Assis Filho se atrapalha e chama embarcação de veículo terrestre

O secretário nacional de Juventude do governo Michel Temer, o maranhense Assis Filho, anda tentando ganhar espaço na mídia com o apoio dos veículos de comunicação do Clã Sarney. Ele concedeu entrevista ao Bom Dia Mirante para falar da “caravana do ID Jovem”, uma espécie de carteira de benefícios para jovens.

O projeto dá principalmente acesso à meia entrada para shows, cinemas, etc. Ele é voltado para jovens de 15 a 29 anos com renda de até 2 salários mínimos. O problema é que a faixa entre 15 e 18 deve obrigatoriamente ser estudante e já tem o benefício.

O governo Michel Temer está incentivando jovens que deveriam estar no Ensino Médio a permanecer fora da sala de aula. Benefícios como a meia entrada deveriam servir justamente de estímulo para que o jovem não deixe a escola prematuramente. Mas o governo Michel Temer/Sarney/Assis Filho não vê necessidade de permanência do jovem pobre na escola.

O próprio Assis deu exemplo do resultado dessas políticas ao explicar o benefício de viagens interestaduais.

“Serão quatro passagens, onde as duas primeiras serão gratuitas. Preenchidas essas duas as vagas, as próximas duas serão pela metade do preço. Isto em todos os veículos terrestres. Seja no trem, na embarcação ou nos ônibus”, afirmou.

Fiquei confuso!

 

 

 

Temer aumenta gasolina para população e libera R$ 2,11 bi para parlamentares barrarem denúncia contra ele

Estratégia de Temer despejar emendas como nunca para se salvar teria sido articulada por Sarney

Logo após o anúncio do aumento no preço dos combustíveis em todo o país, levantamento da ONG Contas Abertas revela que o governo Michel Temer (PMDB) liberou somente em julho R$ 2,11 bilhões em emendas parlamentares, o que equivale ao que foi pago durante todo o primeiro semestre. A estratégia, que visa impedir que a denúncia contra Temer seja autorizada pelo Congresso a ir a julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), teria sido articulada pelo oligarca José Sarney, reconhecido como principal conselheiro do presidente nesse cenário de crise.

Sarney, que nos bastidores de Brasília também teria influenciado a alta nos impostos sobre combustíveis que já pesa no bolso dos brasileiros, está usando todas as manobras possíveis para manter o peemedebista no poder até 2018. O motivo: garantir bases políticas e o uso da máquina federal na candidatura de aliados e dos seus filhos Roseana (PMDB) e Sarney Filho (PV) em 2018.

Emendas parlamentares são recursos previstos no Orçamento Federal, cuja aplicação é indicada por parlamentares. Não à toa, ainda segundo a ONG Contas Abertas, o Maranhão estaria entre as bancadas estaduais que mais se beneficiaram com a liberação dos recursos.

Sarney e Temer sabem que a liberação de emendas serve como moeda de troca para tentar barrar a denúncia de corrupção passiva que tramita contra o presidente na Câmara dos Deputados. O aumento no preço dos combustíveis seria uma maneira de tampar o rombo nas contas federais gerado a partir dos gastos desenfreados na “compra” de votos contra a denúncia.

Vale lembrar que para barrar o seguimento da denúncia, que será votada em plenário no dia 2 de agosto, Michel Temer precisa do voto de pelo menos 172 dos 513 deputados federais.

Temer mais impopular que Sarney?

Conforme aponta coluna do jornal O Estado de São Paulo, em breve devem sair novas pesquisas de avaliação do governo Temer. O esperado é que o atual presidente bata todos os recordes de impopularidade de seus antecessores.

“Talvez seja por isso que Sarney insista em lhe dar tantos conselhos – para se livrar da pecha de presidente mais impopular da história da opinião pública brasileira. Vai conseguir”, avalia a publicação.

JN: Hildo Rocha vai ao Planalto pouco antes da sessão para votar denúncia contra Temer na CCJ

Hildo Rocha foi um dos substitutos que entrou na CCJ para salvar Temer. Mas por falta de quórum, votação ficou para agosto

O deputado federal Hildo Rocha (PMDB-MA) foi um dos que substituiu membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para salvar Michel Temer da denúncia do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. O aliado de Temer achou normal o presidente receber Joesley Batista altas horas no Palácio sem agenda oficial. “Recebi pessoas na garagem e até no meu quarto para ajudar o Brasil”, disse durante discussão.

Rocha passou constrangimento no Jornal Nacional. Ele foi enquadrado por estar no Planalto nesta segunda-feira (17), justamente quando o assunto seria votado na CCJ. Ele chegou a apresentar voto em separado em favor do presidente, mas disse que não foi cobrar nada.

Ele justificou que a titular da vaga teve que sair para acompanhar operação da filha. “Não tratei desse assunto com ele. A deputada Soraya Santos, que é titular da CCJ, a quem eu substitui porque eu sou suplente na CCJ, a substitui porque ela tinha que acompanhar a operação de uma filha que ela tem, agora, no dia de hoje”.

A falta de um número mínimo de deputados impediu a leitura do parecer contrário à investigação contra Temer. O relatório tem de ser lido antes da votação, em uma sessão marcada para o dia 1º de agosto. A deputada Mariana Carvalho, responsável pela leitura, lamentou as ausências

Deputados maranhenses aliados de Temer são novamente hostilizados

As fotos dos deputados maranhenses que votaram a favor da reforma trabalhista estão estampadas em quase todos os bancos da capital maranhense. Os bancários participaram da greve geral de 48 anos iniciada na sexta-feira (30). Os bancos estiverem fechadas e os cartazes na porta das agências faziam referências negativas aos deputados que votaram a favor da reforma trabalhista.

Os deputados Alberto Filho, Aluísio Mendes, André Fufuca, Cléber Verde, Hildo Rocha, João Marcelo, Zé Reinaldo, Júnior Marreca, Juscelino Filho, Pedro Fernandes, Victor Mendes e Waldir Maranhão tiveram uma baita exposição negativa para quem dava “com a cara” na porta da agência fechada e os motivos do fechamento.

No detalhe os deputados federais que devem continuar sendo hostilizados, Quase 2/3 da bancada.

Os bancários ainda perguntaram se estes mesmos deputados irão votar a favor da reforma da previdência. Uma pressão para que não votem novamente a favor de Temer (um presidente a beira do abismo) e sim a favor da maioria da população.

Os bancos voltam a abrir nesta segunda-feira (3).

 

Roberto Rocha declara-se contra eleições diretas

Em texto divulgado nesta segunda-feira (29), o senador Roberto Rocha (PSB) declarou ser  expressamente contra eleições diretas caso o presidente Michel Temer (PMDB) seja cassado. A visão de Rocha – mais uma vez – não acompanha a da grande maioria dos brasileiros. Só no último domingo (28), cerca de 150 mil pessoas lotaram a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em grande ato pelas “Diretas Já”. Para os manifestantes, o governo Temer já acabou e apenas eleições diretas poderão restabelecer a vontade popular. Mas não é assim que o senador pensa.

Intitulado “A lógica da Constituição”, o discurso de Roberto Rocha tentar recorrer à autoridade da Carta Magna para defender a aplicação de eleições indiretas caso ocorra dupla vacância (vago por dois mandatos) na Presidência da República, como prevê o parágrafo 1º do artigo 81 da Constituição, embora Rocha reconheça que é possível alterar essa legislação com a promulgação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabeleça eleições diretas nessa situação.

O senador alega que uma PEC a favor das diretas poderia demorar tempo excessivo para ser aprovada no Congresso Nacional. Mas o texto de Roberto Rocha tem apenas meias verdades.

O parlamentar esqueceu de citar que relatório do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que estabelece a realização de eleições diretas em caso de vacância deve ser votada já na próxima quarta-feira (31) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

O texto da PEC 67/2016, apelidada de “PEC das Diretas”, amplia de dois para três anos o prazo para realização de eleição direta para presidente e vice-presidente da República em caso de vacância dos cargos.

Enquanto Rocha faz torcida contra as eleições diretas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e consultores do Senado defendem que a PEC das Diretas além de não violar cláusulas pétreas, pode aprimorar a Constituição.

Ao contrário do que diz Rocha, sobre uma eventual demora na promulgação da PEC das Diretas, o autor da proposta, o deputado Miro Teixeira (REDE-RJ), disse que a PEC pode ser aprovada em apenas três semanas, caso aja vontade política. Para Miro Teixeira, a PEC das Diretas deve ser aprovada porque o Congresso Nacional vive uma crise de representatividade, e caberia ao parlamento devolver ao povo o direito de escolher seu governante.

Interesses eleitorais

Roberto Rocha era grande apoiador de Michel Temer até eclodirem os escândalos judiciais contra o presidente, que resultou na saída do PSB, partido de Rocha, do todos os cargos que a sigla ocupava no governo Temer.

Rocha na verdade mira as eleições de 2018, quando pretende lançar candidatura contra o atual governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Para enfrentar o favoritismo de Dino, que segue bem nas pesquisas de popularidade entre os maranhenses, Rocha vislumbra contar com apoio da máquina federal para sua campanha.

Com a queda de Temer, a única saída possível de Roberto Rocha para “operar” sua campanha no próximo ano, seria articular, por meio de eleições indiretas, um nome de confiança do seu grupo político para presidir o país e que possa lhe dar bases para a disputa eleitoral ano que vem.

Sarney está aconselhando Temer a não renunciar

Resultado de imagem para jose sarney michel temerApesar de serem do mesmo partido, o PMDB, o presidente Michel Temer nunca teve grande intimidade com o oligarca José Sarney. Agora, suspeito de ter tentado silenciar Eduardo Cunha e formalmente investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Temer tem recorrido à experiência de Sarney para tentar contornar a crise política que pode retirá-lo da Presidência.

Isso é o que aponta o site da revista Época nesta terça-feira (23). De acordo com a publicação, Sarney estaria dando conselhos para Temer. E o principal seria o de não renunciar.

De crise Sarney entende

Para Sarney, Temer não deve deixar o cargo porque sua situação poderia ficar mais grave. A Revista Época ironiza: “de crise Sarney entende”. E entende mesmo.

O ex-presidente, ex-senador e ex-governador José Sarney é reconhecido pela habilidade no jogo político. Não é preciso ir muito longe para constatar isso.

Apesar de também ser investigado na Lava Jato e não exercer mais nenhum mandato político, Sarney ganhou direito ao foro privilegiado, julgamento especial concedido a autoridades políticas brasileiras.

Sarney é alvo de inquérito no STF após o ex-presidente da Transpetro – empresa que atual como braço da Petrobrás – ter denunciado em delação, que o ex-presidente integraria o grupo de políticos do PMDB que recebeu pouco mais de R$ 100 milhões em propina durante eleições.

Por ter se aposentado como senador em 2014, Sarney não teria mais direito a esse tipo de imunidade parlamentar e deveria, portanto, ser julgado na Justiça comum. Apesar de ser investigado no âmbito da Operação Lava Jato, a Suprema Corte proibiu o juiz Sérgio Moro de analisar citações de delatores a Sarney.

A expertise de Sarney deve apontar que, caso Temer renuncie, instantaneamente o presidente perderia direito ao foro privilegiado, proteção que o levaria a julgamento direto pelo juiz Moro e poderia inclusive significar imediata prisão.

Temer agrada até Waldir Maranhão por voto a favor da reforma da Previdência

São mágoas passadas o fato do ex-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP), ter tentado reverter o impeachment da presidente Dilma. O governo Temer está tão desesperado pelos votos suficientes para aprovar a reforma da previdência que até Waldir passou a ser aliado.

A coluna Painel, da Folha, revelou que o progressista emplacou um aliado no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. José Alexandre da Costa Machado, amigo do filho do deputado, será diretor da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).

E olha que Waldir passou quase dois meses acompanhando Lula em todos os atos sonhando ser candidato a Senador pelo PT. São as voltas que a vida dá.