Política maranhense em notas

Eliziane quer “todos contra Edivaldo”

fabioelizianeA deputada federal Eliziane Gama disse que irá visitar todos os pré-candidatos que fazem oposição ao prefeito Edivaldo. A ideia, segundo ela, é “construir pontes para o debate cívico”. Claro, o debate cívico entre eles e todos contra o atual prefeito. Eliziane espera um pacto de não agressão com os adversários fazendo com que eles sirvam indiretamente como seus “laranjas” batendo no prefeito e ninguém a coloque contra a parede ou exponha suas contradições. Espera, não?

Mas a realidade é outra

candidatosmenoresPelo que apurou o Blog, pelo menos dois pré-candidatos que estão mais abaixo não pretendem centrar fogo somente em Edivaldo e deixar Eliziane tranquila. A leitura que eles têm da pesquisa Escutec e de outras pesquisas internas é que Eliziane tem tendência de queda e é nesse espaço que podem crescer. Já Edivaldo, se mantém estável e em uma média que deve lhe garantir o segundo turno. A briga então de Fábio Câmara, Rose Sales e Wellington do Curso é para aproveitar a tendência de queda de Eliziane para “tomar” votos dela e tentar chegar ao segundo turno. Uma missão difícil, mas a única chance. A não ser que sejam, de fato, candidatos apenas de apoio à popular-socialista.

PSDB na vice quase certo

elizianepintoJá estão muito adiantadas as negociações entre a pré-candidata a prefeita Eliziane Gama e o PSDB. Os tucanos deverão indicar o vice na chapa da popular-socialista. O deputado federal João Castelo praticamente já “tirou o time de campo” e terá compensações em caso de vitória de Eliziane em outubro. O nome mais cotado para vice é do suplente de senador Pinto Itamaraty. A composição já é dada como certa nos bastidores das duas legendas. Tudo amarrado com as direções nacionais dos partidos.

Retaliação de Eliziane a Luciano Leitoa

lucianoleitoaO senador Roberto Rocha (PSB-MA) afirmou em entrevista ao blog do Ludwig que o PPS está rejeitando a pré-candidatura do prefeito de Timon à releição por conta do veto de Luciano Leitoa à filiação de Eliziane Gama ao PSB. Rocha afirma que nada tem a ver com a situação. “O prefeito Luciano vetou a candidata e é natural que agora muitos quadros do PPS rejeitem uma aliança automática com a candidatura dele, em Timon. É inevitável também que seus adversários explorem essa situação. Mas daí a atribuir a mim essas dificuldades, vai um longo caminho que só a má-fé de alguns pode explicar”. Ele também negou influenciar no PSDB de Timon.

Edinho volta ao palanque

edinhobarreirasApós participar de sua primeira disputa eleitoral em 2014, quando foi candidato a governador do Estado, o derrotado Edinho Lobão voltou à cena política em Barreirinhas. Ele participou do lançamento da pré-candidatura de Albérico Filho à prefeitura daquele município. O ex-prefeito é o candidato sarneysta ao cargo. Também participaram do ato os deputados estaduais Adriano Sarney e Elilázio Júnior (ambos do PV).

Lula fala sobre o desafio

lulaentrevistaO novo secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, concede entrevista nesta terça-feira (3) ao programa Avesso, da TV Guará. Lula abre o verbo sobre os desafios à frente da gigantesca máquina da saúde estadual, a perseguição da qual passará a ser alvo por parte do grupo de Ricardo Murad e as metas para reverter o quadro da saúde no estado.

Flávio Dino coloca o perfil jovem-técnico na espinha dorsal do governo

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Com a ascensão do advogado Carlos Lula ao comando da poderosa secretaria estadual de Saúde, o governador Flávio Dino conseguiu colocar na espinha dorsal do seu governo secretários com o perfil que agrada o chefe do Executivo: são jovens, dispostos, com conhecimento técnico-jurídico e com poucos vícios da vivência político-partidária, diferente dos que já tiveram mandato eletivo. Além disso, eles têm em comum a extrema confiança de Flávio, por uma vivência antiga.

Com exceção de Márcio Jerry (Articulação Política e Comunicação), Clayton Noleto (Infraestrutura) e Marcelo Tavares (Casa Civil), que têm perfil político, as pastas mais importantes do governo para a mudança de paradigma do Maranhão são ocupadas por pessoas com perfil técnico. Os políticos estão em pastas intermediárias. Saúde, Educação, Transparência e Procuradoria Geral do Estado estão com pessoas com este perfil. Vale ressaltar que segurança é importantíssima para a vida e o dia-a-dia das pessoas, mas me refiro à importância em mudanças estruturais do estado para as próximas décadas.

Carlos Lula foi advogado de Flávio em várias campanhas e tem a confiança e admiração do governador. Lula sempre foi elogiado como Analista Jurídico da Assembleia Legislativa. O novo secretário começou no governo arrumando a Casa Civil quando era secretário adjunto. Ainda como adjunto, tocava a secretaria de Saúde. Agora como secretário, terá a função de, de fato, levar um serviço de qualidade e desarmar a bomba deixada por Ricardo Murad. Aliás, ser o novo alvo da família Murad será mais desafio para Lula, que também acumulará a função que já exercia como presidente da Emserh.

Na Educação, após os problemas de Áurea Prazeres com o corpo técnico e com seu próprio partido – o PDT – Flávio achou a brecha para emplacar Felipe Camarão na pasta no início de março deste ano. Já rodado no governo, Camarão foi elogiado por onde passou: Gestão e Previdência, Cultura e rápida passagem por Governo. Agora na Educação, ainda tem muitos desafios. A pasta é fundamental do projeto de Flávio para melhorar os indicadores do Estado. Por isso, agora tem alguém com competência comprovada e a confiança do governador.

Na Transparência, o advogado Rodrigo Lago mudou a cara da antiga Controladoria do estado. Da pasta de Lago saíram as auditorias sobre as péssimas gestões de secretários do governo Roseana. Embora tenha feito seu papel, as auditorias foram enviadas para os órgãos competentes que até agora pouco fizeram. O Portal da Transparência do estado passou a funcionar e Rodrigo tem promovido auditorias dentro da própria gestão atual, como em empresas contratadas que tentam enrolar e ainda aumentar os preços de contratos.

Na Procuradoria-Geral do estado, Rodrigo Maia fez com que o órgão do primeiro escalão defendesse de fato os interesses públicos do governo economizando dinheiro para o Estado com vitórias judiciais Maia montou uma equipe de combate à corrupção e substituiu terceirização pelo trabalho de servidores da Casa. Inclusive ainda busca na Justiça reaver dinheiro desviado da Saúde do Maranhão. É outro jovem com coragem na equipe.

Marcos Pacheco é exonerado; Carlos Lula assume a Saúde

pachecolulaO governador Flávio Dino exonerou o secretário de Saúde do Estado, Marcos Pacheco. Em seu lugar assume o subsecretário Carlos Lula.

A decisão foi tomada em reunião na noite desta segunda-feira (25) com o governador Flávio Dino e a concordância de Pacheco.

O ex-secretário assumirá a secretaria extraordinária de Articulação de Políticas Públicas.

Política maranhense em notas

Thiago Diaz com Flávio

thiagodiazE quem esteve no Palácio dos Leões hoje (20) para audiência com o governador Flávio Dino foi o presidente da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA), Thiago Diaz. Uma decepção para políticos de oposição setores e membros da imprensa que garantiam que Diaz seria um grande algoz e adversário ferrenho de Flávio. Os dois dialogaram sobre temas que podem ser trabalhados em conjunto. O governador convidou a OAB para participar do Pacto pela Paz, lei sancionada em dezembro e que prevê a participação da sociedade civil numa política de Segurança Pública voltada para a promoção da paz e na garantia dos Direitos Humanos.

Dobro de investimento

marcelotavaresO secretário chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, se disse muito entusiasmado com os investimentos dos recursos do BNDES para este ano. Tavares disse que com os problemas técnicos junto ao BNDES que o governo anterior deixou e na reorganização dos destinos, foram investidos em torno de R$ 350 milhões em 2015. Para 2016, com a casa mais arrumada, a expectativa é de investir R$ 600 milhões. As obras do Mais Asfalto e do programa Escola Digna receberão os maiores investimentos.

Cargos na Mesa darão trabalho

assembleiaEmbora esteja bem encaminhada a negociação para que a eleição da mesa diretora na Assembleia Legislativa seja antecipada e exista um consenso para que Humberto Coutinho e Othelino Neto sejam mantidos como presidente e vice, ainda existe uma discussão ferrenha dos demais cargos da Mesa. E é nestes cargos que a discussão será dura. A formação dos blocos será o parâmetro na divisão dos cargos.

Bancada desordenada

Ministro dos Transportes Bancada MA05E a bancada maranhense na Câmara Federal continua sem articulação para atuar de maneira conjunta. O deputado federal Zé Reinaldo, que tem cacife para articular ações conjuntas não o faz. O líder da bancada, Pedro Fernandes, não consegue ter comando da bancada para que atue em bloco. A única atuação mais próxima disso foi a briga pela duplicação da BR-135 em uma reunião. No mais, nada de bancada reunida.

Zequinha doido por acordo

sarneyfilhoO deputado federal Sarney Filho (PV) vive correndo atrás de um acordo – ou pacto, como prefere – com o governado Flávio Dino. O deputado espera alguma benesse para ele e o filho, deputado estadual Adriano Sarney. Já acenou de todas as formas por uma aproximação dele e de Zé Adriano (que quer ser chamado assim para esquecer de vez o Sarney). Mas o governador “deu de ombros” para o acenos.

Virou alvo

Após a entrevista concedida a este Blog e o Blog Marrapá, o subsecretário de Saúde do estado, Carlos Lula, virou alvo do ex-secretário Ricardo Murad, através de seus braços na imprensa. Ricardo mostrou que sentiu o golpe após Lula expor as mazelas deixadas na Saúde do estado.

Carlos Lula: unidades de 20 leitos nem são consideradas hospitais para o Ministério da Saúde

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O subsecretário de Saúde do Maranhão e presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), Carlos Eduardo Lula, concedeu entrevista exclusiva aos Blogs Marrapá e Clodoaldo Corrêa. O secretário falou sobre a mudança de diretrizes da gestão da saúde no Maranhão, o período conturbado de transição para a gestão da empresa pública e os novos caminhos da saúde.

O subsecretário enfatizou que o novo modelo de saúde prioriza os hospitais regionais, uma vez que os famigerados hospitais de 20 leitos não são financiados pelo Ministério da Saúde e não resolvem o problema. Ou seja, um grande engodo criado por Ricardo Murad.

Ele assegurou que não existem funcionários da EMSERH com salários atrasados e hoje está solucionado o problema de falta de abastecimento nas unidades de saúde.

Lula enfatizou que o primeiro ano foi para sanar as irregularidades, uma vez que é público e constatado pela Polícia Federal os desvios da secretaria na gestão do ex-secretário Ricardo Murad.

O senhor que é um advogado muito conhecido no meio político e começou sua atuação no governo Flávio na Casa Civil onde tem mais afinidade. Por que a mudança para a secretaria de Saúde e como se deu essa mudança?

A nossa vinda para a saúde foi no intuito de profissionalizar um pouco mais a gestão e em virtude da ascensão da Drª Rosângela Curado como deputada federal. Estando vago o cargo de subsecretário de saúde e ciente de que a Saúde é um setor crítico, e sabendo de todos os problemas em virtude da gestão de anos anteriores, de fato tem sido um desafio. Foram quatro meses de muito trabalho e aprendizado. Trabalhamos em turno de 12 horas por dia todos os dias da semana. Foi criado um monstro onde a saúde do estado se acostumou a viver com irregularidades e, por isso, no ano de 2015 o maior desafio foi regularizar essas irregularidades. Eu nem preciso falar sobre elas porque a própria Polícia Federal deu cabo disso sobre os fatos que aqui ocorreram.

E por falar nessas irregularidades que resultaram na Operação “Sermão aos Peixes”, o quanto este desvio prejudicou o primeiro ano de administração?

A gestão anterior não pagou novembro e dezembro de 2014. Em 2015, a gestão de Saúde do estado pagou 14 meses ao invés de 12. Uma gestão que passa para outra uma dívida dessas, dá noção da dificuldade que seria. A saúde é ininterrupta. Podemos usar a Educação como exemplo, que tem uma estrutura tão grande quanto a nossa. Mas à noite as escolas fecham e ficam apenas os guardas vigiando. A saúde funciona 24 horas por dia. Por isso, fizemos primeiro um processo licitatório para diminuir os custos das unidades e fazer a matemática para pagar 14 meses.

Como é sua relação com o secretário Marcos Pacheco e como é a divisão do que cabe a cada um?

A Saúde é muito grande. A minha relação com Dr. Marcos é muito tranquila. De todo modo, ficou definido que eu teria uma relação muito maior com os institutos e ele ficará na discussão da Saúde de forma macro, da divisão dos conglomerados, o perfil de cada unidade e a finalização dos novos hospitais. Nós atuamos em conjunto, em parceria.

Quais as mudanças em relação à gestão anterior da saúde?

Nós mudamos o norte. O que pensamos acerca de saúde, é totalmente oposto. Pensamos nos hospitais regionais funcionando, pensamos no financiamento da atenção básica – por isso temos a força estadual -, penamos em seletivo e concurso público ao invés de indicações, pensamos em gerenciamento dos custos, diminuir custos, gerenciar melhor o dinheiro público e, sobretudo, ter mais transparência. É incrível que a antiga Controladoria, hoje secretaria de Transparência e Controle, não tinha acesso aos dados da saúde porque a eles não era dado acesso. E de nossa parte, pedimos é que a secretaria tenha acesso e saiba de tudo que se faz.

Subsecretário, a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) substituiu o Instituto ICN, envolvido diretamente nas investigações da Operação Sermão aos Peixes. Como se deu essa transição e como ficou a questão dos funcionários do ICN e da relação do instituto com a secretaria?

O ICN participou da licitação. É curioso que antes já diziam que era de cartas marcadas e o ICN ficaria de fora e eles ganharam. Chegou a melhor proposta e ganharam dois lotes. Esses dois representavam metade das nossas unidades. E quando veio a determinação da Justiça Federal para rescindir o contrato com o ICN nós adiantamos um projeto que era de médio prazo. A instituição da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares nos moldes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Nós a fortaleceríamos aos poucos. Nosso planejamento era pegar uma unidade hospitalar a cada seis meses. A EMSERH começou administrando quatro e depois já tinha 24 unidades para administrar. Diante da decisão judicial não tínhamos o que fazer. De fato, tem sido um desafio e acumular a presidência da EMSERH com a subsecretaria e vemos ótimos resultados. Damos maior qualidade e diminuímos os custos. Agora, ainda leva um tempo. Agora, as novas unidades que serão abertas pelo governo, todas serão já administradas pela EMSERH. O ICN alegava nas prestações que precisava de mais dinheiro para administrar. O estudo dessas contas não foi concluído por conta da Operação Sermão aos Peixes. O governador decretou a absorção dos funcionários do ICN pela EMSERH. O que a gente chama de requisição administrativa. Assim, elas ficam vinculadas ao ICN, mas são pagas diretamente pela EMSERH.

Houve alguma queda na qualidade do atendimento das unidades?

No período crítico logo após a Operação Sermão aos Peixes isso aconteceu de algum modo. O recurso que havia sido pago ao ICN para pagamento dos médicos foi bloqueado pela Justiça. Mas já aconteceu. Tivemos que requisitar os valores, procedimento no banco, achamos algumas irregularidades do ICN no pagamento. Corrigir o que está errado não é fácil. Mas isso já está pacificado. Não há mais atrasos ou desabastecimento das unidades. Nestes 30 dias, conseguimos regularizar. Não faltam medicamentos, não faltam insumos, nada. Temos só a melhorar e otimizar os nossos gastos. Quando partimos para as unidades, vemos o quanto a ampla propagando do governo anterior de que era o maior programa de saúde e o Maranhão estava no Oásis foge da realidade. Problemas estruturais foram relegados. Só com dois telhados, vamos gastar mais de R$ 1 milhão. No telhado do Hospital Juvêncio Matos colocaram uma lona porque é caro trocar madeira, telha. Nós estamos humanizando as UPAs, principalmente da capital. A UPA da Cidade Operária está passando por reforma. E logo mostraremos uma administração de saúde real.

A EMSERH está com salários atrasados?

Não existe nenhum salário atrasado da EMSERH. Agora vamos aos outros institutos. Existe Corpore, Acqua, IDAC, Invisa e Gerir. Infelizmente, eles não têm se mostrado zelosos em conseguir administrar as unidades com o que tem sido repassado. Os repasses do governo estão sendo feitos todos em dia. E todos requereram ainda em 2015 aditivos aos contratos alegando que o valor é insuficiente para gerir as unidades. Por isso, tivemos problema em Pinheiro, em Coroatá. Nós concedemos parte do que eles requereram para que em 2016 não tenhamos mais este problema. Nem de fornecedor, nem de atraso de salário. Nós estamos mostrando na EMSERH que é possível. Se a EMSERH consegue pagar todos em dia, por que os outros institutos não conseguem?

Existe um projeto para desterceirizar essa mão de obra e passar toda a administração para a Empresa pública e para a própria secretaria?

Isto ainda está sendo planejado e estudado pelo governador. Os contratos encerram 12 de maio. Podem ser renovados, pode haver uma nova licitação ou passar tudo para a EMSERH. Agora, o modelo de OS e OSCIP funciona no Brasil inteiro. A empresa pública não pode ter um problema com licitação. Se faltar um medicamento, a OSCIP tem muito mais facilidade de comprar. E na Saúde, acontecem emergências que agilizam. Eu, particularmente, defendo um modelo misto. A EMSERH como grande modelo, um referencial de gasto, de valor para as outras seria o ideal.

A EMSERH começou absorvendo os funcionários do ICN e depois realizou grande seletivo? Como está o andamento desse certame? Haverá ainda o concurso público?

Nós fizemos seletivo para 7.902 vagas, O maior dos últimos 25 anos no âmbito do Estado. Na saúde, tínhamos contratações equivocadas, por razões políticas. E a gente fará isso agora de maneira imparcial. Exclusivamente por mérito. A previsão é que comecem a ser chamados a partir de junho. O que acontecerá é a formação de um grande banco de aprovados. Tanto a EMSERH quanto as OSCIPs só poderão chamar pessoas deste banco. Há o planejamento para fazer concurso público, inclusive para médicos. Anteriormente, os médicos não eram contratados por meio concorrencial. Agora, será necessariamente por meio concorrencial. Estamos discutindo para que isso seja feito logo. A definição sobre como será o concurso sai ainda no final do primeiro semestre de 2016.

E o famigerado “Saúde é Vida”?

O programa peca em dois pontos. Primeiro por que virou as contas para o SUS e o Ministério da saúde. As famosas unidades de 20 Leitos, que o Ministério da Saúde não considera nem hospitais, não são financiados, porque eles vão contra a política do Ministério, são a maior parte do programa. São 49 hospitais de 20 leitos. Eles foram cedidos aos municípios. São obras caras, a manutenção é mais cara ainda e não atendem às demandas. Vão ser unidades que pouco vão alterar o quadro de saúde. Por isso, o governo resolveu investir nos hospitais acima de 50 leitos. As obras continuam. Inauguramos ainda no primeiro semestre Caxias e Santa Inês. Está sendo feito com velocidade Imperatriz e Chapadinha. Estes são hospitais regionais com capacidade de atender às demandas da Região. Como o Hospital de Pinheiro. Um hospital grande, com 120 leitos que tem capacidade de atender a Baixada inteira. E vamos entregar muitas obras nos próximos três anos neste sentido. Uma obra que tenha resolução dos problemas e possa ser financiada pelo Ministério. Não adianta fazer algo impagável. Temos que fazer uma reengenharia para dar uma nova configuração a estas 49 unidades. Manter um hospital em um ano é um gasto muito maior do que fazer. O Hospital de Pinheiro, por exemplo, custou R$ 20 milhões e para manter são R$ 3,8 milhões por mês.

Seletivo com quase 8 mil vagas para a Saúde do Maranhão

seletivoO Governo do Estado, por meio da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), Empresa Pública, criada pela Lei Estadual nº. 9.732, de 19 de dezembro de 2012, lançou na quarta-feira (30) o edital para a realização do processo seletivo público n°03/2015 para preenchimento de 7.902 vagas de cadastro de reserva para cargos de níveis fundamental, médio e superior.

O subsecretário de Estado da Saúde e presidente da Emserh, Carlos Eduardo Lula, explica que o governo está muito feliz em divulgar o edital do seletivo público ainda este ano e que a medida representa um importante avanço promovido na gestão do governador Flávio Dino, que implantou critérios democráticos e transparentes para contratações na área da saúde.

“Hoje, lançamos um seletivo público para profissionais da saúde da SES com o maior número de vagas dos últimos 25 anos. São 7.902 vagas para todo o Maranhão, e isso contempla a mudança de concepção do modo de se fazer saúde. As indicações, que não respeitavam necessariamente a técnica, dão lugar a um seletivo com critério republicano. Tão somente o mérito levará à aprovação das pessoas no seletivo público. Ninguém mais vai precisar de padrinho para trabalhar na rede de saúde do estado e terão acesso ao seu emprego por seu próprio esforço”, explica Carlos Lula.

O subsecretário de Saúde informou que de forma gradual, os profissionais aprovados irão começar seus trabalhos na rede estadual, contemplando todas as nossas unidades hospitalares. Os profissionais aprovados no seletivo atual trabalharão em 42 Unidades de Saúde do Estado, distribuídas em seis regionais de saúde: Regional de Codó, Regional de Timon, Regional de São Luís, Regional de Imperatriz, Regional de Presidente Dutra e Regional de Santa Inês.

O seletivo público será realizado pela Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab), e o edital está disponível no site www.funcab.org, contendo todas as informações sobre o certame. As inscrições serão realizadas pela internet no período de 12 de janeiro até 21 de fevereiro. A realização das provas objetivas para todos os cargos será dia 3 de abril e as provas práticas ocorrerão nos dias 4 e 5 de junho, sendo divulgado o resultado final do certame até o dia 8 de julho. Os salários variam de R$ 880 até R$ 4.500, distribuídos entre os cargos.

Dos cargos

Nível fundamental – auxiliar operacional de serviços gerais e maqueiro.

Nível médio – agente de portaria, atendente de consultório médico, atendente de consultório odontológico, auxiliar administrativo, auxiliar de farmácia, faturista, lactarista, motorista (categoria D) e recepcionista.

Nível técnico – técnico em enfermagem, técnico de laboratório, técnico de segurança do trabalho, técnico em imobilização ortopédica, técnico em patologia clínica, técnico em radiologia e técnico em tomografia.

Nível superior – administrador hospitalar, assistente social, bioquímico, educador artístico, educador físico, enfermeiro, enfermeiro UTI adulto, enfermeiro UTI pediátrica e neonatal, farmacêutico, fisioterapeuta, fisioterapeuta UTI adulto, fisioterapeuta UTI pediátrica e neonatal, fonoaudiólogo, nutricionista, pedagogo, psicólogo, psicopedagogo e terapeuta ocupacional.

Da lotação

Regional de São Luís: Maternidade Marly Sarney, Complexo Hospitalar Materno Infantil do Maranhão Dr. Juvêncio Matos, Maternidade Benedito Leite, Maternidade Nossa Senhora Da Penha, Centro De Especialidades Médicas da Cidade Operária e Unidade de Pronto Atendimento Cidade Operária, Centro de Especialidades Médicas do Vinhais e Unidade de Pronto Atendimento Vinhais, Centro de Especialidades Medicas e Diagnóstico Pam Diamante, Hospital Geral da Vila Luizão, Centro de Medicina Especializada- CEMESP, Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo, Centro de Reabilitação, Unidade de Pronto Atendimento Araçagy, Unidade de Pronto Atendimento Itaqui-Bacanga, Unidade de Pronto Atendimento Parque Vitoria, Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho, Hospital Aquiles Lisboa, Hospital Regional de Morros, Hospital Adélia Matos Fonseca – Itapecuru, Hospital Geral de Matões do Norte, Hospital Regional de Carutapera e Hospital Regional de Paulino Neves.

Regional de Imperatriz: Hospital Regional Materno Infantil e Unidade de Pronto Atendimento de Imperatriz.

Regional de Codó: Hospital geral de Alto Alegre do Maranhão, Hospital Geral de Peritoró, Hospital Geral de Timbiras, Hospital Macrorregional de Coroatá, Hospital Regional de Lago dos Rodrigues, Unidade de Pronto Atendimento de Codó e Unidade de Pronto Atendimento de Coroatá.

Regional de Presidente Dutra: Hospital de Urgência e Emergência de Presidente Dutra, Hospital Geral de Grajaú, Hospital Regional Dr. Carlos Macieira – Colinas, Unidade de Pronto Atendimento de São João dos Patos.

Regional de Santa Inês: Hospital Geral de Monção, Hospital Regional Dr. José Murad – Viana e Hospital Macrorregional de Santa Inês.

Regional de Timon: Hospital Regional Alarico Pacheco – Timon e Unidade de Pronto Atendimento de Timon.

Política maranhense em notas

Lula já assume nesta quinta

carloslulaTudo muito rápido. O subsecretário da Casa Civil, Carlos Lula, assume a subsecretaria de Saúde logo nesta quinta-feira (3). Lula teve uma reunião com o governador Flávio Dino na tarde desta quarta-feira (2) e ouviu do Chefe do executivo as determinações e suas primeiras missões na operacionalização da Saúde no Maranhão. Lula vai providenciar alguns desentraves para as ações da pasta terem mais fluides nos próximos meses.

Weverton diz que Rosângela é prioridade

wevertonrosangelaEm nota, o deputado federal Weverton Rocha confirmou a saída por 120 dias da Câmara Federal. Ao falar da substituta, ele destacou que “a eleição de Rosângela Curado, que lidera as pesquisas de intenção de votos para a Prefeitura de Imperatriz, é uma das prioridades do PDT no Maranhão”. O deputado diz que sai para se dedicar totalmente à organização do PDT em São Luís e em pelo menos 40 municípios do Maranhão, onde o partido terá plenas condições de vitória.

Juscelino Filho não consegue partido

juscelinofilhoO deputado federal Juscelino Filho (PRP) está louco atrás de um partido para chamar de seu. Estava praticamente acertado com o senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM, e já tinha até acertado a presidência municipal da legenda em São Luís. Mas o suplente de senador, Clóvis Fecury conseguiu convencer o presidente de que deve continuar no comando da legenda no Maranhão. Juscelino continua a saga por um partido. O mandato de Juscelino está questionado na Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico. Ele tem exatamente um mês para tentar uma nova legenda.

Pedro do Rosário em discussão

tocaserraA cidade de Pedro do Rosário, com pouco mais de 22 mil habitantes, nunca foi tão discutida na Assembleia Legislativa. Há dois dias, as discussões são ríspidas entre os deputados Toca Serra e Fernando Furtado. O prefeito da cidade é o irmão de Toca, Irlan Serra. Fernando, que é pré-candidato a prefeito do município, discutiram as denúncias do comunista contra o prefeito. A discussão foi tão ríspida, que Toca pediu “a Polícia Federal para fazer uma fiscalização dentro do Sindicato onde V.Exa. [Fernando Furtado] é um ditador”. Mas ao citar um trecho da Bíblia, ainda disse que ama Fernando Furtado. Imagine se eles se odiassem!

Casas Lotéricas fechadas nesta quinta

As casa lotéricas do Maranhão ficarão fechadas das 10h às 12h, da próxima quinta-feira (03). Os proprietários fecharão as portas em protesto contra a perda da concessão de direito de atuação que, segundo eles, está sendo aplicada de forma indevida pela Caixa Econômica Federal. Os 45 proprietários dos estabelecimentos localizados no Maranhão, participarão de uma Audiência Pública com representantes da CEF para discutir uma solução para esse impasse.

Créditos do Nota Legal disponíveis

salarioA Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) liberou, nesta quarta-feira (02), lote de créditos de restituição do ICMS do programa Nota legal. Terão direito aos créditos, os consumidores cadastrados no programa que exigiram notas fiscais com o seu CPF no primeiro semestre deste ano. Para consultar os créditos pela Internet, o consumidor deve acessar a página do programa: notalegal.sefaz.ma.gov.br, acessar o sistema do programa com CPF e senha, clicar em “utilizar créditos”. O valor mínimo para resgate é de R$ 25 e o consumidor deve aguardar o processamento de até 10 dias úteis junto ao banco.

Rosângela assume na Câmara e mudanças no governo

Carlos Lula irá para a secretaria de Saúde

Carlos Lula irá para a secretaria de Saúde

A odontóloga Rosângela Curado deixa a subsecretaria de Saúde do Estado na próxima semana. Ela assumirá o mandato na Câmara Federal por 120 dias. O titular do mandato, Weverton Rocha irá pedir licença por este período.

No lugar de Rosângela, assume o atual subsecretário da Casa Civil, Carlos Lula. No lugar de Lula na Casa Civil, quem assume é Waldy da Rocha Ferreira Neto, que é chefe da Assessoria Jurídica da pasta.

O governador Flávio Dino aproveitará a saída de Rosângela para dar um caráter mais técnico juridicamente para a secretaria estadual de Saúde.

Rosângela passa a se dedicar à política e articular sua pré-campanha à prefeitura de Imperatriz.

Advogado da coligação de Flávio Dino acionará criminalmente EMA por ilações

Advogado respeitado em todo país, Carlos Lula é acusado de "pressionar" preso por depoimento

Advogado respeitado em todo país, Carlos Lula é acusado de “pressionar” preso por depoimento

O advogado da coligação Todos pelo Maranhão acionará criminalmente o jornal O Estado do Maranhão e um jornalista do matutino por ilações de que ele teria pressionado o preso André Escócio Caldas a desfazer o depoimento falso no qual acusou Flávio Dino de chefe de quadrilha.

A mídia sarneysta afirmou que o preso fez o depoimento após pressão de Carlos Lula e do delegado Jefferson Portela.

Um dos mais respeitados profissionais da área de Direito Eleitoral do Brasil e Analista Judiciário da Assembleia Legislativa do Maranhão, Lula se manifestou por meio da rede social, afirmando que sequer participou das oitivas onde o preso confessou a farsa. “Eles acreditam que podem passar impunes porque não conhecem o conceito de República. Não deixarei isso passar em branco”, afirmou.

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Coligações Eleitorais

Por Carlos Eduardo Lula

Tecnicamente, cadidatura de Castelo e Rocha na chapa de Flávio Dino só seria possível se todos os partidos da coligação também lançassem candidato a senador. Como isto não vai acontecer, chapa só terá um candidato a Senador

Tecnicamente, cadidatura de Castelo e Rocha na chapa de Flávio Dino só seria possível se todos os partidos da coligação também lançassem candidato a senador. Como isto não vai acontecer, chapa só terá um candidato a Senador

O art. 6º da lei n.º 9.504/97 faculta “aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito majoritário.” É na fase que antecede o pedido de registro de candidatura que as coligações são discutidas e firmadas.

Importante ressalvar que a ideia que funda a existência das coligações no direito eleitoral brasileiro é a sobrevivência das minorias nas eleições. Diante da necessidade de se atingir um quociente eleitoral, os partidos com menor expressão na sociedade dificilmente conseguiriam ter algum representante em nossos parlamentos se não estivessem coligados.

Todavia, a realidade nacional fez surgir algo bem diferente do imaginado pelos legisladores: uma verdadeira mistura de idéias e ideologias, em que partidos pequenos “alugam-se” para os partidos maiores, estes em busca de mais tempo de propaganda. Algo pior também não raro acontece: aluga-se a legenda em razão de ali se ter um “puxador de votos”. De todo modo, num caso como no outro, as razões que tangenciam as negociações partidárias são menos ideológicas e mais monetárias.

Assim, ainda que não se possa afirmar que as mazelas do sistema eleitoral brasileiro advenham só da existência das coligações, essa possibilidade aberta pela legislação eleitoral para união temporária dos partidos é um dos momentos em que mais a podridão do sistema se explicita, a partir do desvirtuamento fático das razões que inspiraram o legislador. Deixando de lado, contudo, a problemática sócio-política dessas alianças, alguns questionamentos jurídicos surgem de sua análise.

Há algumas semanas o meio político local é questionado quanto à possibilidade de haver coligações diferentes para Governador e Senador na mesma circunscrição. Seria isso possível?

Já devo afirmar que por se tratarem de duas eleições majoritárias, a resposta deve ser negativa. É que o art. 6° da Lei n° 9.504/1997, como visto, somente admitiu pluralidade de coligações para a eleição proporcional, mas não o fez para o pleito majoritário. Assim sendo, para a eleição majoritária, somente é admissível uma coligação, não podendo coexistir duas coligações no âmbito da eleição majoritária, com base no mesmo bloco de partidos.

Por óbvio que não poderíamos, por exemplo, ter o PV e o PSL, coligados na eleição para Governador e adversário da coligação PSDB/PT, lançando dois candidatos a Senador da seguinte maneira: o PV junto com o PSDB, o PSL unido ao PT. Mas o que estamos a afirmar é que sequer um bloco de partidos (PMN, PHS, PSDC, PT do B, PPS e PCO, por exemplo) com mesmo candidato a Governador pode subdividir-se para lançar candidatos distintos a Senador.

Não poderíamos ter, por exemplo, o PMN, o PHS e o PSDC de um lado e o PT do B, PPS e PCO de outro com candidatos diversos ao Senado, vez que não se admite a pluralidade de coligações para a eleição majoritária.

É possível, contudo, cada um dos partidos integrantes da aliança apresentar candidato próprio ao Senado, ou mesmo deixar de disputar este cargo, uma vez que nessa situação não estaríamos a falar de coligação para a eleição senatorial. Assim, no exemplo em questão, poderíamos ter até seis candidatos diferentes ao Senado, desde que cada partido (PMN, PHS, PSDC, PT do B, PPS e PCO) o fizesse de forma isolada. Ou seja, os seis partidos unem-se na majoritária para Governador e na disputa do Senado cada um concorre sozinho, o que diminuiu sobremaneira as chances de vitória nessa situação.

Poderíamos também ter uma coligação para o Senado sem todos os partidos que se lançaram à eleição majoritária de Governador, só com o PT do B e PCO, desde que os demais partidos abdicassem da candidatura ao Senado Federal. É que nesta situação, não estaríamos a falar em pluralidade de coligações na eleição majoritária.

Assim vem decidindo historicamente o TSE, por exemplo, no RESPE 15419, quando afirmou que “havendo coligação para as duas eleições majoritárias – governador e senador – não pode um dos partidos desligar-se dela, para um dos pleitos, apresentando candidato próprio”.

Carlos Eduardo Lula é Consultor Geral Legislativo da Assembleia do Maranhão, Advogado, Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MA e Professor Universitário. e-mail: [email protected]