Máfia da Saúde: nova audiência dia 11 de abril

Ricardo Murad presta esclarecimentos sobre suposto desvio no programa “Saúde é Vida”

O ex-secretário de Saúde do Estado, Ricardo Murad, passou horas depondo no Fórum desembargador Sarney Costa nesta quinta-feira (30). Ele e outros acusados da Máfia da Saúde participaram da audiência de instrução. Testemunhas também foram ouvidas.

Ricardo Murad entrou cabisbaixo no Salão do Juri. O ex-secretário de Saúde do Estado saiu pela porta dos fundos sem falar com ninguém. Ele acusado de chefiar uma organização criminosa de desvios de recursos  do programa “Saúde é Vida” destinado a construção de 64 hospitais de 20 leitos, em vários municípios do estado. O esquema de desvio de dinheiro público, durante o Governo Roseana Sarney, ficou conhecido como “Máfia da Saúde” e por onde passaram R$ 151 milhões entre 2009 e 2010. Os hospitais não passaram de elefantes brancos sem nenhuma funcionalidade.

O caso está nas mãos do juiz Clésio Coelho Cunha, da 7ª Vara Criminal. A audiência de ontem terminou por volta das 20h. Ficaram faltando depoimento de duas pessoas, Mirela Palácio e outra identificada por Rosane. O juiz marcou a audiência com as duas acusadas que não estavam no Estado para o dia 11 de abril.

Enquanto UPAs fecham em todo Brasil, Flávio Dino inaugura hospitais no Maranhão

img_3335A notícia de que o Brasil possui, hoje, 180 UPAs fechadas em vários estados é mais um dos reflexos da grave crise econômica que assola o país. Mas, na contramão das dificuldades que estão atingindo a grande maioria das unidades da federação, o governador Flávio Dino tem se destacado pelo volume de investimentos na área da saúde, que, mesmo com o aumento do custeio, estão garantindo mais qualidade de atendimento e leitos para os maranhenses.

A título de comparação com o atual momento, só relacionando as UPAs, o Governo do Maranhão já inaugurou, garantindo equipamentos e custeios, as unidades de Imperatriz (São José) e Açailândia. Também custeia outra UPA em Imperatriz, uma em Caxias e anunciou, na última quinta-feira (16), o fornecimento de equipamentos para a abertura de mais uma unidade em Bacabal.

Além das UPAS, o governador Flávio Dino já inaugurou cinco Hospitais Regionais (Pinheiro, Caxias, Imperatriz, Santa Inês e Bacabal), todos de grande porte e que atenderão centenas de municípios maranhenses. Só com o custeio dessas unidades, o Governo gastará cerca de R$ 300 milhões de reais por ano.

Com essas ações, o Maranhão, hoje, em tempos de crise, se torna referência de administração e correta aplicação do dinheiro público. Enquanto a maioria dos estados e prefeituras agoniza para custear suas unidades de saúde, o governador Flávio Dino segue firme corrigindo erros do passado e levando atendimento de verdade para os maranhenses.

Carlos Lula: unidades de 20 leitos nem são consideradas hospitais para o Ministério da Saúde

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O subsecretário de Saúde do Maranhão e presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), Carlos Eduardo Lula, concedeu entrevista exclusiva aos Blogs Marrapá e Clodoaldo Corrêa. O secretário falou sobre a mudança de diretrizes da gestão da saúde no Maranhão, o período conturbado de transição para a gestão da empresa pública e os novos caminhos da saúde.

O subsecretário enfatizou que o novo modelo de saúde prioriza os hospitais regionais, uma vez que os famigerados hospitais de 20 leitos não são financiados pelo Ministério da Saúde e não resolvem o problema. Ou seja, um grande engodo criado por Ricardo Murad.

Ele assegurou que não existem funcionários da EMSERH com salários atrasados e hoje está solucionado o problema de falta de abastecimento nas unidades de saúde.

Lula enfatizou que o primeiro ano foi para sanar as irregularidades, uma vez que é público e constatado pela Polícia Federal os desvios da secretaria na gestão do ex-secretário Ricardo Murad.

O senhor que é um advogado muito conhecido no meio político e começou sua atuação no governo Flávio na Casa Civil onde tem mais afinidade. Por que a mudança para a secretaria de Saúde e como se deu essa mudança?

A nossa vinda para a saúde foi no intuito de profissionalizar um pouco mais a gestão e em virtude da ascensão da Drª Rosângela Curado como deputada federal. Estando vago o cargo de subsecretário de saúde e ciente de que a Saúde é um setor crítico, e sabendo de todos os problemas em virtude da gestão de anos anteriores, de fato tem sido um desafio. Foram quatro meses de muito trabalho e aprendizado. Trabalhamos em turno de 12 horas por dia todos os dias da semana. Foi criado um monstro onde a saúde do estado se acostumou a viver com irregularidades e, por isso, no ano de 2015 o maior desafio foi regularizar essas irregularidades. Eu nem preciso falar sobre elas porque a própria Polícia Federal deu cabo disso sobre os fatos que aqui ocorreram.

E por falar nessas irregularidades que resultaram na Operação “Sermão aos Peixes”, o quanto este desvio prejudicou o primeiro ano de administração?

A gestão anterior não pagou novembro e dezembro de 2014. Em 2015, a gestão de Saúde do estado pagou 14 meses ao invés de 12. Uma gestão que passa para outra uma dívida dessas, dá noção da dificuldade que seria. A saúde é ininterrupta. Podemos usar a Educação como exemplo, que tem uma estrutura tão grande quanto a nossa. Mas à noite as escolas fecham e ficam apenas os guardas vigiando. A saúde funciona 24 horas por dia. Por isso, fizemos primeiro um processo licitatório para diminuir os custos das unidades e fazer a matemática para pagar 14 meses.

Como é sua relação com o secretário Marcos Pacheco e como é a divisão do que cabe a cada um?

A Saúde é muito grande. A minha relação com Dr. Marcos é muito tranquila. De todo modo, ficou definido que eu teria uma relação muito maior com os institutos e ele ficará na discussão da Saúde de forma macro, da divisão dos conglomerados, o perfil de cada unidade e a finalização dos novos hospitais. Nós atuamos em conjunto, em parceria.

Quais as mudanças em relação à gestão anterior da saúde?

Nós mudamos o norte. O que pensamos acerca de saúde, é totalmente oposto. Pensamos nos hospitais regionais funcionando, pensamos no financiamento da atenção básica – por isso temos a força estadual -, penamos em seletivo e concurso público ao invés de indicações, pensamos em gerenciamento dos custos, diminuir custos, gerenciar melhor o dinheiro público e, sobretudo, ter mais transparência. É incrível que a antiga Controladoria, hoje secretaria de Transparência e Controle, não tinha acesso aos dados da saúde porque a eles não era dado acesso. E de nossa parte, pedimos é que a secretaria tenha acesso e saiba de tudo que se faz.

Subsecretário, a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) substituiu o Instituto ICN, envolvido diretamente nas investigações da Operação Sermão aos Peixes. Como se deu essa transição e como ficou a questão dos funcionários do ICN e da relação do instituto com a secretaria?

O ICN participou da licitação. É curioso que antes já diziam que era de cartas marcadas e o ICN ficaria de fora e eles ganharam. Chegou a melhor proposta e ganharam dois lotes. Esses dois representavam metade das nossas unidades. E quando veio a determinação da Justiça Federal para rescindir o contrato com o ICN nós adiantamos um projeto que era de médio prazo. A instituição da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares nos moldes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Nós a fortaleceríamos aos poucos. Nosso planejamento era pegar uma unidade hospitalar a cada seis meses. A EMSERH começou administrando quatro e depois já tinha 24 unidades para administrar. Diante da decisão judicial não tínhamos o que fazer. De fato, tem sido um desafio e acumular a presidência da EMSERH com a subsecretaria e vemos ótimos resultados. Damos maior qualidade e diminuímos os custos. Agora, ainda leva um tempo. Agora, as novas unidades que serão abertas pelo governo, todas serão já administradas pela EMSERH. O ICN alegava nas prestações que precisava de mais dinheiro para administrar. O estudo dessas contas não foi concluído por conta da Operação Sermão aos Peixes. O governador decretou a absorção dos funcionários do ICN pela EMSERH. O que a gente chama de requisição administrativa. Assim, elas ficam vinculadas ao ICN, mas são pagas diretamente pela EMSERH.

Houve alguma queda na qualidade do atendimento das unidades?

No período crítico logo após a Operação Sermão aos Peixes isso aconteceu de algum modo. O recurso que havia sido pago ao ICN para pagamento dos médicos foi bloqueado pela Justiça. Mas já aconteceu. Tivemos que requisitar os valores, procedimento no banco, achamos algumas irregularidades do ICN no pagamento. Corrigir o que está errado não é fácil. Mas isso já está pacificado. Não há mais atrasos ou desabastecimento das unidades. Nestes 30 dias, conseguimos regularizar. Não faltam medicamentos, não faltam insumos, nada. Temos só a melhorar e otimizar os nossos gastos. Quando partimos para as unidades, vemos o quanto a ampla propagando do governo anterior de que era o maior programa de saúde e o Maranhão estava no Oásis foge da realidade. Problemas estruturais foram relegados. Só com dois telhados, vamos gastar mais de R$ 1 milhão. No telhado do Hospital Juvêncio Matos colocaram uma lona porque é caro trocar madeira, telha. Nós estamos humanizando as UPAs, principalmente da capital. A UPA da Cidade Operária está passando por reforma. E logo mostraremos uma administração de saúde real.

A EMSERH está com salários atrasados?

Não existe nenhum salário atrasado da EMSERH. Agora vamos aos outros institutos. Existe Corpore, Acqua, IDAC, Invisa e Gerir. Infelizmente, eles não têm se mostrado zelosos em conseguir administrar as unidades com o que tem sido repassado. Os repasses do governo estão sendo feitos todos em dia. E todos requereram ainda em 2015 aditivos aos contratos alegando que o valor é insuficiente para gerir as unidades. Por isso, tivemos problema em Pinheiro, em Coroatá. Nós concedemos parte do que eles requereram para que em 2016 não tenhamos mais este problema. Nem de fornecedor, nem de atraso de salário. Nós estamos mostrando na EMSERH que é possível. Se a EMSERH consegue pagar todos em dia, por que os outros institutos não conseguem?

Existe um projeto para desterceirizar essa mão de obra e passar toda a administração para a Empresa pública e para a própria secretaria?

Isto ainda está sendo planejado e estudado pelo governador. Os contratos encerram 12 de maio. Podem ser renovados, pode haver uma nova licitação ou passar tudo para a EMSERH. Agora, o modelo de OS e OSCIP funciona no Brasil inteiro. A empresa pública não pode ter um problema com licitação. Se faltar um medicamento, a OSCIP tem muito mais facilidade de comprar. E na Saúde, acontecem emergências que agilizam. Eu, particularmente, defendo um modelo misto. A EMSERH como grande modelo, um referencial de gasto, de valor para as outras seria o ideal.

A EMSERH começou absorvendo os funcionários do ICN e depois realizou grande seletivo? Como está o andamento desse certame? Haverá ainda o concurso público?

Nós fizemos seletivo para 7.902 vagas, O maior dos últimos 25 anos no âmbito do Estado. Na saúde, tínhamos contratações equivocadas, por razões políticas. E a gente fará isso agora de maneira imparcial. Exclusivamente por mérito. A previsão é que comecem a ser chamados a partir de junho. O que acontecerá é a formação de um grande banco de aprovados. Tanto a EMSERH quanto as OSCIPs só poderão chamar pessoas deste banco. Há o planejamento para fazer concurso público, inclusive para médicos. Anteriormente, os médicos não eram contratados por meio concorrencial. Agora, será necessariamente por meio concorrencial. Estamos discutindo para que isso seja feito logo. A definição sobre como será o concurso sai ainda no final do primeiro semestre de 2016.

E o famigerado “Saúde é Vida”?

O programa peca em dois pontos. Primeiro por que virou as contas para o SUS e o Ministério da saúde. As famosas unidades de 20 Leitos, que o Ministério da Saúde não considera nem hospitais, não são financiados, porque eles vão contra a política do Ministério, são a maior parte do programa. São 49 hospitais de 20 leitos. Eles foram cedidos aos municípios. São obras caras, a manutenção é mais cara ainda e não atendem às demandas. Vão ser unidades que pouco vão alterar o quadro de saúde. Por isso, o governo resolveu investir nos hospitais acima de 50 leitos. As obras continuam. Inauguramos ainda no primeiro semestre Caxias e Santa Inês. Está sendo feito com velocidade Imperatriz e Chapadinha. Estes são hospitais regionais com capacidade de atender às demandas da Região. Como o Hospital de Pinheiro. Um hospital grande, com 120 leitos que tem capacidade de atender a Baixada inteira. E vamos entregar muitas obras nos próximos três anos neste sentido. Uma obra que tenha resolução dos problemas e possa ser financiada pelo Ministério. Não adianta fazer algo impagável. Temos que fazer uma reengenharia para dar uma nova configuração a estas 49 unidades. Manter um hospital em um ano é um gasto muito maior do que fazer. O Hospital de Pinheiro, por exemplo, custou R$ 20 milhões e para manter são R$ 3,8 milhões por mês.

Márcio Jerry confirma que Flávio Dino estará neutro nas eleições de São Luís

20151110_225613_resizedEm entrevista ao programa Avesso, da TV Guará, o secretário de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry, ratificou a posição do governador Flávio Dino de ficar neutro nas eleições municipais onde concorrerem mais de um aliado, inclusive em São Luís. Márcio citou como possíveis candidatos aliados, além do prefeito Edivaldo, Eliziane Gama, Neto Evangelista, João Castelo, Bira do Pindaré e Roberto Rocha. O secretário também sabe que não será possível unir a base nos municípios.

“O governador Flávio Dino já comunicou a todos os partidos que onde houver mais de um candidato da base dele, ele obviamente em respeito a todos não apoiará nenhum dos candidatos. Agora os partidos ficam livres. Por exemplo. O PCdoB de São Luís já se reuniu, já definiu, já fez sua conferência municipal e definiu que marchará ao lado do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Nós temos outras pré-candidaturas do nosso campo. Pré-candidatura da deputada Eliziane Gama, pré-candidatura absolutamente legítima, é um grande quadro político do nosso Estado, tem todo o direito de disputar a prefeitura da capital. O nosso companheiro Bira do Pindaré, do PSB, o Neto Evangelista do PSDB, o deputado federal João Castelo, do PSDB, o próprio senador Roberto Rocha, que há dois meses no encontro do PSB falou acerca de candidatura. Enfim, os candidatos desse campo nosso, o governador Flávio Dino terá um tratamento isonômico, do ponto de vista político. [….] O compromisso que ele assumiu com todo seu campo de alianças, que é um campo amplo e que é preciso preservar e respeitar esse campo de alianças e isso o governador Flávio Dino fará com certeza”, afirmou.

O secretário fez duras críticas ao modelo esdrúxulo de saúde implantado por Ricardo Murad no Maranhão, com hospitais de 20 leitos que não funcionam. “Esses hospitais de 20 leitos viraram motivo de pilheria nacional para quem entende de saúde pública. Um ex-ministro da saúde disse que nós temos dois SUS no Brasil. Um Sistema Único de Saúde que é no Brasil inteiro e temos um SUS criado no Maranhão que inexiste. Esses hospitais não foram reconhecidos, não foram financiados”, Ele destacou o modelo com hospitais regionalizados idealizado por Jackson lago e agora implantado no Maranhão.

Indagado sobre a publicidade do governo que começa a fazer as campanhas nos veículos de comunicação, Jerry afirmou que a publicidade será feita em todas as emissoras, mas alfinetou o monopólio da comunicação no Maranhão e no Brasil. “Haverá propaganda do Governo, uma propaganda técnica, em todas as emissoras do Estado independente de quem seja lá o dono, a filiação partidária ou politica da emissora. Aliás, é um absurdo tipicamente nosso do Brasil, que vai ser quem sabe um dia reformado, que é a utilização de meios de comunicação que são concessões públicas por políticos. E ainda mais no nosso país. Nos EUA por exemplo, quem tem uma TV não pode ter um jornal. E aqui nossa legislação é muito precária e a pessoa tem rádio, jornal, TV, internet, e por isso mesmo monopoliza o sistema de comunicação”.

Decisão contra Ricardo se originou de denúncia do CREA em 2009

creadenunciouricardoA nota do ex-secretário de Saúde Ricardo Murad sobre o bloqueio de seus bens e quebra dos seus sigilos bancário e fiscal pela Justiça Federal está recheada de inverdades. Vamos crer que o ex-secretário apenas não tomou conhecimento do teor do processo e se apressou em esbravejar contra o governador Flávio Dino e a secretaria de Transparência do governo do Estado. Seria de bom tom que pedisse desculpas.

Os fatos que ensejaram a decisão do juiz José Carlos do Vale Madeira são baseados em relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) após denúncia do CREA-MA remetida em 2009. Este Blog noticiou a tramitação deste processo há pouco mais de uma semana, no dia 4 de agosto.

Leia também: MP investiga irregularidades dos “72 hospitais” de Ricardo Murad

E o ex-secretário teve o direito a defesa que consta no julgamento das contas pelo TCE, diferente do que disse na nota.

Marcos Pacheco diz que problema dos hospitais será analisado caso a caso

FullSizeRenderO futuro secretário de Saúde do Maranhão, Marcos Pacheco, afirmou em entrevista que a Atenção Básica será prioridade da gestão de saúde estadual. Pacheco disse que fará um seminário com representantes dos profissionais de saúde já no início da gestão para aproximação com as categorias.

Sobre os hospitais nunca inaugurados ou que nunca foram colocados em efetivo funcionamento, Pacheco disse que serão analisados caso a caso e discutidas as soluções com os gestores locais.

Quais serão as prioridades da pasta para desenvolver uma política de saúde inclusiva e que atenda a todas as regiões do Estado?

Nosso foco é a redução dos indicadores de morbimortalidade infantil e materna, bem como a redução das complicações das doenças de curso crônico, principalmente hipertensão arterial e diabetes (responsáveis pela alta demanda de leitos hospitalares). Para fortalecer esse foco entre os técnicos da nossa pasta, estamos propondo um lema: “toda criança assistida, toda gestante acolhida e todo idoso bem cuidado”. Para tanto, precisamos reforçar as redes assistenciais, melhorar os fluxos de atendimento e estabelecer protocolos clínicos que universalizem as ações e serviços prestados à população.

 

Qual será a política adotada para colocar em funcionamento os hospitais que hoje estão fechados e sem atendimento?

Vamos conversar e negociar caso a caso. Estes hospitais precisam tornar-se um serviço útil. Quanto à natureza desse serviço, vamos discutir com os gestores locais, prefeitos, para abraçarmos a melhor alternativa dentro das possibilidades e necessidade de cada região. Podem permanecer como unidade de internação ou modificar sua natureza assistencial de acordo com as necessidades locais. Como disse cada caso é um caso. Precisamos de Centro de Especialidades, precisamos de Centros de Reabilitação, precisamos de Centros de Atenção Psicossocial etc. Assim, vamos discutir cada caso e abraçarmos a melhor alternativa.

 

Entre as propostas apresentadas por Flávio Dino durante o período de disputa eleitoral consta o Mais Médicos no Maranhão e a implantação de Hospitais Regionais no Estado. De que maneira a Secretaria de Saúde irá se organizar para pôr em prática essas propostas?

Precisamos instituir um plano de carreira para os médicos e progressivamente para os outros profissionais também. E nesse caso, vamos iniciar pela qualificação da Atenção Básica, serviços prestados nas Unidades Básicas de Saúde, porque é neste nível assistencial que podemos reduzir a demanda por internações. A Atenção Básica deve funcionar como um “cinturão de proteção” da comunidade. Se o médico, o enfermeiro e os outros profissionais que aí trabalham foram bem valorizados e qualificados, 80% dos problemas de saúde podem e devem ser resolvidos neste nível assistencial, evitando o sofrimento da busca por hospitais, muitas vezes lotados, causando mais sofrimento. Mas também no nível hospitalar precisamos atuar, tornando os atendimentos mais acolhedores, humanizados e resolutivos.

 

O diálogo permanente com os profissionais de saúde também foi uma bandeira levantada por Flávio Dino. De que modo o senhor coordenará esse diálogo?

Vamos fazer logo no início da gestão um seminário com representantes da todas as categorias e entidades da área da saúde. Precisamos ratificar e priorizar o produto das discussões com esses profissionais e as entidades representativas do campo da saúde. Desta feita, à frente da gestão, de modo que possamos fazer um trabalho de gestão estratégica e participativa, compartilhada com todos os maranhenses. A responsabilização das melhorias deve ser de todos, todos juntos pela mesma causa: a melhoria da saúde do Maranhão.

 

A atenção básica é outro ponto forte das ações de governo anunciadas por Flávio Dino durante a campanha. Como o senhor pretende trabalhar essa questão?

A Atenção Básica será uma grande prioridade nossa porque acreditamos que o seu fortalecimento é essencial para a melhoria da saúde do nosso Estado. Precisamos “atacar” a doença no seu início. Precisamos assistir nossas crianças para que elas não precisem ir ao hospital, precisamos acolher nossas gestantes para que elas tenham um parto saudável de uma criança sadia e precisamos cuidar bem dos nossos idosos para que eles não tenham complicações de suas doenças, que muitas vezes são inevitáveis, a doença, mas não a sua complicação, que causa maior sofrimento. E esse é um trabalho que se inicia na Atenção Básica. Ela, a Atenção Básica, deve ser a ordenadora do sistema.

Marcelo Tavares: “vamos tentar colocar em funcionamentos os muitos hospitais apenas inaugurados”

marcelotavaresO presidente da comissão de transição do governo Flávio, Marcelo Tavares, criticou duramente o sistema de saúde do estado, diferente do que foi tentado passar pelo sistema Mirante, Marcelo durante entrevista após a primeira reunião com a secretária da Casa Civil, Anna Graziella, afirmou que o novo governo tem pressa para verificar os problemas e, na saúde, ainda analisará o que fazer com as muitas obras inacabadas e tentará por em funcionamento os hospitais que só tiveram inauguração e nunca atenderam.

“Em saúde, acho que a gente não vai dar conta inicialmente, que tem muita coisa inacabada. Não é nossa prioridade. Vamos neste primeiro momento, manter em funcionamento os hospitais que foram entregues, porque temos que dar continuidade administrativa. Vamos tentar colocar em funcionamento os hospitais que foram inaugurados e não funcionam, e são muitos. Em Bacurituba, o hospital foi entregue pela governadora há 60 dias e não funciona por falta d’água. E os demais, em obras, vamos analisar o que fazer para concluí-los. A intenção do novo governador é entregar todas as obras inacabadas”, afirmou.

Marcelo afirmou ainda que a preocupação do novo governo é grande quanto à crise penitenciária, por isso, estas serão obras que a equipe do novo governo irá visitar. “Estamos muitos preocupados com a situação penitenciária. Algumas das obras que temos interesse em visitar, dizem respeito às penitenciarias. Estamos muito preocupados com isso. Precisamos ter um controle maior da crise penitenciária que já dura muito tempo no estado”.

Confira a íntegra do áudio da entrevista concedida por Tavares à rádio Mirante:

Prefeitura reforça estrutura das unidades de saúde para o carnaval

Helena Duailibe prepara atendimento para ocorrências no carnaval

Helena Duailibe prepara atendimento para ocorrências no carnaval

Hospitais e unidades de saúde da rede municipal de São Luís estão prontos para atender os casos de urgência e emergência, em plantão de 24 horas neste carnaval. A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) reforçou a estrutura já existente e terá dez unidades funcionando plenamente para atender toda a demanda do período carnavalesco.

A secretária municipal de Saúde, Helena Duailibe explica que todas as ações serão desenvolvidas com o objetivo de prestar um atendimento resolutivo. “Todas as portas de urgência estarão funcionando e vamos trabalhar para que os atendimentos sejam feitos de acordo com o grau de complexidade dos casos para evitar a sobrecarga em algumas unidades e possibilitar que os hospitais recebam os pacientes de maior gravidade, como os casos cirúrgicos e traumas”, finaliza.

As áreas de maior concentração de foliões terão uma atenção especial. Por isso, a Prefeitura instalou um posto fixo de atendimento de saúde na Passarela do Samba, que começa a funcionar nesta quinta-feira (27) e fica até o final do carnaval com equipe médica das 16h às 3h.

Na rede municipal de saúde, a população poderá contar com as Unidades Mistas do Coroadinho, Bequimão, São Bernardo e Itaqui-Bacanga; os Socorrinhos do São Francisco e Cohatrac, o Posto de Saúde do Anil, os Socorrões I e II e Hospital da Criança. Todas as unidades foram previamente equipadas e os estoques de medicamentos e insumos foram reforçados; além disto, as escalas de trabalho dos profissionais também ganharam reforço.

Toda a assistência de saúde a ser realizada pela rede de urgência e emergência será coordenada por uma equipe da Semus, que vai avaliar os fluxos de atendimento e acompanhar a movimentação nas unidades.

Contrato do Saúde é Vida consumiu R$ 20 milhões e não teve um hospital concluído

Do Maranhão da Gente

hospital-2-533x300Embora tenha garantido em nota distribuída à imprensa que no ano de 2012 todos os hospitais do programa “Saúde é Vida” estariam concluídos, o secretário Estadual de Saúde, Ricardo Murad, não pôde cumprir esta promessa.

Passado mais de um ano do prazo anunciado por ele para que tudo  estivesse concluído,  ainda existem casos de Hospitais onde as obras estão paradas ou não foram inauguradas, como nas cidades de Maracaçumé e Presidente Médici, onde o contrato da empresa responsável pela construção destes e de mais sete hospitais de vinte leitos, foi rescindido em fevereiro de 2013.

A construtora Console, responsável pela execução do contrato assinado em 2009, teve o mesmo rescindido em fevereiro deste ano. O referido contrato que inicialmente tinha o valor de 16.443.538,74(dezesseis milhões, quatrocentos e quarenta e três mil, quinhentos e trinta e oito reais e setenta e quatro centavos) foi aditado em 2010 recebendo o valor  de R$ 4.075.147,36 (quatro milhões, setenta e cinco mil, cento e quarenta e sete reais e trinta e seis centavos), correspondente a 24,21% (vinte e quatro inteiros e vinte e um centésimos por cento) do valor inicialmente contratado.

As informações do Diário Oficial do Estado indicam que o contrato recebeu diversos aditivos, tendo o prazo ampliado e o valor também aumentado, mas acabou rescindido em fevereiro de 2013. Além de Maracaçumé e Presidente Médici, o contrato previa também a construção de hospitais em Amapá do Maranhão, Boa Vista do Gurupi, Centro do Guilherme, Godofredo Viana, Junco do Maranhão, Luis Domingues e Maranhãozinho.

Esclarecimentos

A Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclareceu que a empresa contratada inicialmente não teve condições de concluir a obra, por isso teve seu contrato rescindido. A SES realizou, então, uma nova licitação em junho deste ano, contratando uma outra construtora para a conclusão das obras. No entanto, a secretaria não informou o nome da nova empresa, nem a data de publicação que consta no Diário Oficial.

A SES disse ainda que do lote dos hospitais em referência na matéria apenas “o Hospital de Maracaçumé está fisicamente concluído aguardando a chegada dos equipamentos para que seja inaugurado”. E que “com a nova empresa contratada, as obras já foram retomadas para que esses hospitais sejam concluídos. A entrega de todas as 72 unidades do Programa Saúde é Vida será feita até o fim do ano”.