Procon não notificou Sindicombustíveis sobre venda “ilegal”

Venda de combustível em recipiente segue regulamentação quanto ao tipo de recipiente.

Mesmo sendo legal, Sindicombustíveis já havia suspendido venda em recipientes.

Em nota, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão desmentiu a informação do presidente do Procon-MA, Duarte Júnior, repassada ao sistema Mirante. Duarte teria dito que o Procon notificou o Sindicombustíveis por venda “ilegal” de combustíveis inflamáveis.

“Fui surpreendido no começo da noite com a informação de que o Procon teria notificado o Sindicato acerca da venda de combustíveis em vasilhames. Ocorre que isso não ocorreu e os revendedores já cumprem ao que dispõe a lei relativo a este assunto”, declara Orlando Santos, presidente do Sindcombustíveis-MA.

A entidade comunica ainda colaborar permanentemente com os órgãos de segurança e que, tal como fez em 2014, quando dos primeiros registros de ataques a ônibus em São Luís, orientou a classe a suspender a venda de combustíveis em qualquer tipo de recipiente para ajudar na defesa da população e pedindo que, em caso de suspeitas, que o 190 fosse acionado.

Vasta legislação regulamenta o mercado de combustíveis e a fiscalização beneficia o setor, mantendo em atividade apenas aqueles que cumprem a lei. O Sindicato esclarece também que o Sindicato não comercializa combustíveis, portanto, não pode ser responsabilizado se algum revendedor, associado ou não, deixar de cumprir ao que a legislação prevê, pois cada posto revendedor é responsável individualmente pelas suas práticas comerciais.

A venda de combustíveis em saco plástico e garrafa pet é proibida desde o ano 2000. A proibição não é da venda avulsa, mas quanto ao recipiente em que o produto é armazenado. Os recepientes de combustíveis devem ser rígidos, metálicos ou não metálicos, devidamente certificados e fabricados para este fim, permitindo o escoamento da eletricidade estática gerada durante o abastecimento para os recipientes metálicos.

Relatório da CPI dos Combustíveis será apresentado na próxima semana

Othelino Neto disse que relatório da CPI está pronto

Othelino Neto disse que relatório da CPI está pronto

O presidente da CPI dos Combustíveis, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), anunciou, na sessão desta quinta-feira (16), que o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) já foi concluído e deverá ser apresentado, no início da próxima semana, à Imprensa pelo relator, César Pires (DEM). “Um trabalho detalhado, cuidadoso e realizado com a preocupação de não atribuir culpa a alguém sem ter convicção e sem elementos de comprovação”, garantiu.

Othelino disse que, durante o período de investigação, a CPI teve depoimentos de dezenas de testemunhas, entre donos de postos, representantes de distribuidoras e da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Segundo o deputado, a Comissão tentou ouvir representantes do Conselho de Administração de Defesa Econômica (CADE), mas, infelizmente, não foi possível.

“Ouvimos também o promotor da ordem tributária, José Osmar Alves, e, enfim, uma grande quantidade de pessoas não só de representantes do setor de vendas e revendas de combustíveis, como o Ministério Público que, recentemente, fez uma investigação e indiciou diversos donos de postos que estavam envolvidos em formação de cartel em São Luís”, disse Othelino Neto em pronunciamento na tribuna.

O presidente da CPI adiantou que, no relatório, a Comissão detalhará as razões pelas quais, de fato, São Luís tem um mercado de combustíveis cartelizado. “Não se poderia tirar outra conclusão a não ser a de que existe uma combinação entre alguns donos de postos, não todos, mas entre alguns donos de postos, que permitiu uma unificação dos preços. Isso de forma mais acentuada e mais evidente no período a partir de abril deste ano”, revelou o deputado.

CPI dos combustíveis inicia relatório, mas ainda pode ouvir envolvidos

cpi dos combustiveis foto novaApós três meses de trabalho com oitivas, análise de documentos e denúncias, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Combustíveis iniciou a etapa do relatório final, mas é possível que haja outros depoimentos em agosto. O documento será direcionado às autoridades competentes com as conclusões e recomendações para as providências devidas. A informação é do presidente da CPI, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB).

 Segundo Othelino Neto, a CPI tem em mãos uma série de indícios sugestivos de que houve abuso de preços em São Luís. De acordo ainda com o presidente da Comissão, documentos encaminhados e que estão sendo analisados vêm aumentando a suspeita de que há cartel dos combustíveis na capital maranhense.

 “Na realidade, até agora, depoimentos e os fatos documentais têm sinalizado que o mercado de São Luís está cartelizado e que houve abuso de preços na capital maranhense”, disse o presidente.

 Na fase de relatório final, os deputados, com apoio da assessoria técnica da Assembleia Legislativa, analisam documentos e depoimentos, suas revelações e contradições. O foco da Comissão é investigar, no prazo de até 120 dias, o abusivo aumento nos preços dos combustíveis e a possível formação de cartel entre empresários do setor na capital maranhense.

 Envolvidos serão responsabilizados

 Sobre as providências que serão tomadas, Othelino Neto afirmou que, caso seja mesmo concluído que houve crime contra a ordem econômica, os envolvidos serão responsabilizados. “Em se confirmando a formação de cartel e o abuso de preços, os acusados serão responsabilizados e o relatório será encaminhado ao Ministério Público, à ANP (Agência Nacional do Petróleo) e ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para que cada um desses órgãos tomem as medidas necessárias em sua área de atuação”, explicou o presidente da CPI dos Combustíveis.

 Os últimos a prestar depoimentos foram os empresários Leopoldo Santos Neto, do posto Natureza; Antonio José Hiluy Nicolau, da rede Paloma; e os representantes das distribuidoras Ipiranga e Sabá, Vlademir Sérgio Berti (gerente de vendas) e Frederico Araújo Góis dos Santos (gerente executivo).

 Segundo avaliação do presidente da CPI, os dois representantes de distribuidoras confirmaram que a variação de preços a cada revendedor, em São Luís, não é grande, o que torna mais estranho o fato dos preços dos postos de combustíveis serem coincidentes.

 Outro detalhe curioso, segundo Othelino Neto, é que, em depoimentos, os representantes das distribuidoras disseram que o aumento máximo, em São Luís, girou entre 3 e 5 centavos e o preço repassado ao consumidor foi maior do que isso. “Então isso sugere que houve abuso no preço final”, frisou o deputado.

MP e ANP convidados para primeira sessão da CPI dos Combustíveis

Reunião de instalação da CPI dos Combustíveis

Reunião de instalação da CPI dos Combustíveis

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará os preços abusivos e a formação de cartel pelos postos de combustíveis em São Luís foi instalada na manhã desta quinta-feira (3). Os deputados membros definiram Othelino Neto (PCdoB) como presidente, André Fufuca (PEN) como vice-presidente e César Pires (DEM) como relator. As sessões iniciarão na próxima quarta-feira (09), no Plenarinho da Casa, às 14h30.

Para esta primeira sessão, serão convidados representantes do Ministério Público e da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Os deputados convocarão o presidente do Sindicato dos Combustíveis, Orlando Santos, para o dia 16 de abril.

Durante a reunião com a Consultoria Legislativa, ficou definido ainda que as sessões da CPI acontecerão, inicialmente, uma vez por semana, todas as quartas-feiras.

A CPI dos Combustíveis, como já ficou conhecida, tem ainda como membros Jota Pinto (PEN), Carlos Amorim (PDT), Roberto Costa (PMDB) e Francisca Primo (PT), na condição de titulares. Ficaram como suplentes Bira do Pindaré (PSB), Camilo Figueiredo e Raimundo Louro (PR), Neto Evangelista (PSDB), Alexandre Almeida (PTN) e Dr Pádua (PRB).

Segundo Othelino Neto, a prática de formação de cartel é um crime contra a sociedade, contra a livre concorrência e contra a economia, porque não dá à população a possibilidade de ter uma variação de preço. De acordo com o parlamentar, da Ponta d’Areia até a saída de São Luís, encontra-se a gasolina com o mesmo valor de R$ 2,99.

“Trata-se de uma questão grave que está incomodando as pessoas e já é recorrente na cidade. Então nós não podemos nos furtar de cumprir com nossa obrigação”, justificou Othelino.

CPI dos Combustíveis terá primeira reunião amanhã

othelinoFoi publicada a Resolução Administrativa nº 203/2014 que criou a CPI dos Combustíveis na Assembleia Legislativa do Maranhão. A CPI proposta pelo deputado Othelino Neto (PCdoB) investigará o cartel dos postos de combustível da capital maranhense. A CPI tem prazo de 120 dias para apurar os fatos.

A CPI acabou sendo composta pelos deputados Othelino Neto (PCdoB), André Fufuca (PEN), Jota Pinto (PEN), Carlinhos Amorim (PDT), César Pires (DEM) e Francisca Primo (PT). Os suplentes são Bira do Pindaré (PSB), Camilo Figueiredo (PR), Raimundo Louro (PR), Neto Evangelista (PSDB), Alexandre Almeida (PTN) e Dr. Pádua (PRB).

A primeira reunião da CPI será nesta quinta-feira (3), quando será definida a direção da CPI e serão convidados os primeiros depoentes. As oitivas começam na próxima semana.

 

CPI do Combustível será instalada na Assembleia

Othelino já tem assinaturas suficientes para que a CPI seja instalada

Othelino já tem assinaturas suficientes para que a CPI seja instalada

O título deste post só será furado se pelo menos três deputados retirarem as assinaturas do requerimento proposto pelo deputado Othelino Neto (PCdoB) para investigar o cartel de combustível na capital maranhense. O deputado comunista já tem 16 assinaturas de sua proposição. Para protocolar o requerimento são necessárias somente 14.

Para reforçar e evitar que algumas retiradas inesperadas possam por fim á investigação, Othelino está contando com mais três assinaturas antes de protocolar o pedido. Ainda devem assinar a CPI os deputados Neto Evangelista (PSDB), Francisca Primo (PT) e Jota Pinto (PEN). Ele pretende protocolar na segunda-feira (24).

O deputado afirmou que a proposta foi necessária após ficar muito evidente a formação de cartel.  O comunista disse que percorreu toda a extensão da cidade e os preços dos combustíveis continuava exatamente o mesmo.

Qualquer cidadão que abastece na capital já percebeu o cartel. Em menos de um mês o preço da gasolina subiu 11,11%, passando de R$2,699 para R$2,999 em todos os postos da capital.

Em entrevista a O  estado do Maranhão, a promotora do Consumidor, Lítia Cavalcanti, afirmou que a situação é preocupante e deve ser discutida pelos órgãos de defesa do consumidor. Ela ainda brincou que se não for um cartel, foi telepatia.  “Parece que houve uma mensagem telepática entre os revendedores. Só isso explica como o aumento foi tão orquestrado”.