Roseana teria pedido discurso sobre Braide; Adriano nega

roseanaadrianoA declaração do deputado Adriano Sarney afirmando que o candidato a prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PMN), pediu apoio do grupo Sarney teve sua razão de ser. A ex-governadora Roseana Sarney ficou extremamente irritada com a propaganda eleitoral de Braide ontem (17).

Na propaganda, uma pessoa pergunta pra Braide se ele está com o povo do Sarney e o candidato responde que não, que é mentira e que ele é candidato dele e de seu partido. Furiosa, Roseana não aceitou ser destratada por Braide como se ele nunca a tivesse procurado para pedir sua bênção, já que no primeiro turno, foi na sua casa pedir apoio.

A ex-governadora chamou Adriano para uma conversa no Calhau ainda nesta segunda-feira e solicitou que ele fizesse o discurso. Roseana lembrou que quando Eduardo era deputado fez tudo por ele, sendo um dos poucos que recebia todas as emendas e tinha muito espaço no governo.

Para a ex-governadora, ele não pode esconder o grupo que sempre o apoiou. O desejo de Roseana é derrotar Flávio Dino nas eleições de São Luís e poder exibir o troféu como sendo seu. Coisa que fica mais difícil com Braide reforçando diariamente a negativa. O que gerou a ira da Branca.

Outro lado

O deputado estadual Adriano Sarney entrou em contato com o Blog e negou peremptoriamente que sua tia tenha lhe pedido que fizesse o discurso. Adriano mantém a versão de que apenas fez o discurso para levar a verdade à tona. “Eu sempre defendi o meu nome e meu grupo. E falei a verdade”, afirmou.

Com barco afundando, Wellington muda o tom e já implora para estar no segundo turno

Em vídeo postado nas suas redes sociais neste final de semana, o candidato Wellington do Curso (PP) mudou completamente o discurso de quem estava “na onda” e que falava que iria terminar o primeiro turno à frente do atual prefeito.

Mas no vídeo, Wellington, que caiu em todas as três últimas pesquisas divulgadas, agora implora para que o eleitor vote nele para que ele consiga ainda estar no segundo turno. “Para você, eu peço seu voto, para que eu possa ir para o segundo turno. Aí, a coisa vai ser diferente. Vamos ter o mesmo tempo de televisão, e vamos poder debater cara a cara, só eu e o prefeito”.

O candidato do PP utiliza o discurso clássico do segundo colocado que está muito atrás e não tem perspectiva de votos suficiente para ir para o segundo turno. Discurso natural para a situação. Mas para que vinha “surfando”, a mudança é grande.

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Dilma diz que governo foi alvo de intensa e incessante sabotagem

dilmaApós ter sido intimada sobre a abertura de processo de impeachment no Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff fez um pronunciamento de 14 minutos nesta quinta-feira (12) no Palácio do Planalto no qual classificou a decisão como “a maior das brutalidades que pode ser cometida contra um ser humano: puní-lo por um crime que não cometeu”.

Ela voltou a classificar o processo de impeachment de “golpe” e afirmou que não praticou nenhum crime. Disse que o que “está em jogo” é o “respeito às urnas” e acrescentou que tentam “tomar à força” o seu mandato, que, segundo ela, é alvo de “sabotagem”.

A abertura do processo de impeachment foi aprovada no Senado por 55 votos favoráveis e 22 contrários em uma sessão que durou mais 20 horas e terminou por volta das 6h40 desta quinta. Antes do pronunciamento, Dilma foi intimada da decisão que a afasta do cargo por até 180 dias. Se julgada pelo Senado culpada por crime de responsabilidade, será afastada em definitivo e o vice Michel Temer, que assume desde já, concluirá o mandato até 2018.

“O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas meu mandato. Está em jogo o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e a Constituição. O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos, os ganhos das pessoas mais pobres e da classe média, a proteção às crianças, os jovens chegando às universidades e escolas técnicas, a valorização do salário mínimo, médicos atendendo a população, a casa própria com o Minha Casa Minha Vida”, afirmou Dilma.

O pronunciamento de Dilma foi acompanhado pelos ministros da sua equipe e parlamentares de PT e do PCdoB. Ao chegar ao Salão Leste, Dilma foi recebida com aplausos e aos gritos de “Dilma, guerreira da Pátria brasileira”. Após a fala, ela foi ao encontro de manifestantes que se concentravam em frente ao Palácio do Planalto.

Dilma afirmou em seu discurso que o seu governo foi sabotado para que, assim, conseguissem “forjar o meio ambiente propício ao golpe”.

“Meu governo tem sido alvo de intensa e incessante sabotagem. O objetivo evidente vem sendo me impedir de governar e, assim, forjar o meio ambiente propício ao golpe. Quando uma presidente eleita é cassada sob acusação de um crime que não cometeu. O nome que se dá a isso no mundo democrático não é impeachment, é golpe”, afirmou.

A petista disse ser inocente e alvo de um processo “injusto”. Ela voltou a dizer que não cometeu crime de responsabilidade e, por isso, não haveria razão para o processo de impeachment.

“Não tenho contas no exterior, nunca recebi propinas, jamais compactuei com a corrupção. Esse processo é frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. É a maior das brutalidades que pode ser cometida contra qualquer ser humano puni-lo por um crime que não cometeu”, ressaltou.

Dilma afirmou ser vítima de uma injustiça e de uma “farsa jurídica”. Sem citar diretamente o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por deflagar o processo de impeachment, afirmou que o processo foi desencadeado por nunca ter aceitado “chantagem de qualquer natureza”.

O governo sempre acusou Cunha de abrir o processo em represália por não ter conseguido apoio do PT no Conselho de Ética, onde responde a um processo de cassação por quebra de decoro. “Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes”, disse Dilma.

A petista rebateu as acusações a que responde no processo de impeachment argumentando que fez “tudo o que a lei me autorizava a fazer”.

“Os atos que pratiquei foram atos legais, corretos, atos necessários, atos de governo. Atos idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles e também não é crime agora”, afirmou.

Sobre a edição de decretos liberando créditos sem autorização do Congresso, uma das acusações que constam da denúncia do impeachment, Dilma ressaltou que os “decretos seguiram autorizações previstas em lei”. “Tratam como crime ato corriqueiro de gestão”, disse.

Flávio Dino faz discurso emocionado durante Diplomação

Flávio Dino diplomado

Flávio Dino diplomado

De quem é e o que significam os diplomas entregues na tarde do dia 19 de dezembro de 2014, em São Luís, aos candidatos eleitos? Com esta reflexão, Flávio Dino conduziu o discurso de diplomação para frisar que sua atuação como governador será em nome dos milhões de maranhenses que sofrem pela falta de assistência do Poder Público.

Eleito governador do Maranhão com 63,4% dos votos no primeiro turno, Flávio Dino fez seu primeiro pronunciamento oficial na Diplomação dos Eleitos organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Para ele, o ato da diplomação marca a vontade de milhões de maranhenses esquecidos pelo Poder Público, e que devem ser lembrados em todas as ações do próximo governo.

Defendendo a superação das desigualdades refletidas nos índices sociais alarmantes como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Dino afirmou que a diplomação não é um mero ato formal, mas um momento carregado de significados.

“Este diploma não é estático, mas é impregnado de vida. Do abraço que foi dado pela criança que encontramos na campanha, por aquela senhora que dizia que ora por nós. Este momento pertence aos mais humildes, aos esquecidos do Maranhão,” disse.

O foco no combate às desigualdades reflete o entendimento do próximo governador do Estado sobre as prioridades para o Maranhão. Segundo ele, o diploma materializa a missão “grandiosa que os eleitos têm pela frente”. Essa missão não é de autoridade, mas de promover a igualdade entre os maranhenses, disse emocionado.

Com o diploma, completou Flávio Dino, os eleitos estão investidos da missão de “ser servidor público, de servir ao povo, de não estar acima dos homens e das mulheres, mas estar junto a eles.”

Uma das metas a serem perseguidas cotidianamente é a fome, que ainda atinge metade dos maranhenses. Dados divulgados pelo PNAD esta semana revelaram que o Maranhão é o estado que possui o maior número de pessoas com insegurança alimentar. “Fome: palavra forte, aguda, cortante, mas que deve ser pronunciada para que lembremos sempre de nossa maior batalha. Essa é a missão que dá sentido maior a este momento”.

Além das desigualdades sociais, Flávio destacou o combate à corrupção e à reforma política que se colocam como temas centrais para atender aos clamores da sociedade, que esperam dos seus representantes políticos a representação “à altura do que os brasileiros merecem” e a prestação de serviços públicos de qualidade.

Acompanhado pela esposa Daniela Lima, Flávio Dino homenageou os seus familiares e se emocionou ao lembrar que seu pai, Sálvio Dino empenhou-se pessoalmente nas caminhadas, carreatas e ações da campanha. Dino citou ainda sua mãe, Rita Maria, e seus irmãos que acompanharam toda a cerimônia. O governador eleito agradeceu ainda aos parceiros de coligação e aos membros do TRE e servidores da Justiça que se empenharam para garantir eleições democráticas no estado.

E finalizou, emocionado: “Aproveito também para agradecer a generosidade do povo do Maranhão. Autenticamente sinto o peso das palavras que pronuncio e sinto peso das tarefas que nos foi incumbida. Junto com elas, sinto também coragem para enfrentar os desafios e por fim às desigualdades”.

Defensores de Luís Fernando perdem discurso com candidatura de Edinho

Candidatura de Edinho acaba com discurso de "competência", "gestão" e "passado limpo"

Candidatura de Edinho acaba com discurso de “competência”, “gestão” e “passado limpo”

A tropa de choque montada pelo Clã Sarney para defender o então pré-candidato Luís Fernando Silva (PMDB) nas redes sociais e ligando para emissoras de Rádio AM está totalmente desarmada neste momento. Com a pré-candidatura de Edinho Lobão (PMDB) ao governo do Estado todo o discurso propagado pelos defensores de Luís Fernando cai por terra.

A principal arma de defesa da pré-candidatura de Luís Fernando era a de passado limpo (pelo menos assim pregavam), técnico competente, gestão aprovada em São José de Ribamar e não representava necessariamente o atraso do grupo Sarney. Desde o último domingo (6) o grupo ficou desnorteado. Alguns inclusive ligaram para rádios justamente para esculhambar o novo pré-candidato governista.

Ainda no domingo (6), parte da tropa de choque foi até a casa de Luís Fernando, no Panaquatira, implorar que ele retomasse a candidatura, mas a decisão era irrevogável.

Agora, sem discurso, os até então defensores de Luís Fernando estão no mínimo constrangidos de ligar para as rádios ou se manifestar pelas redes sociais em favor do candidato que é justamente o contrário do que defendiam: tem um passivo muito grande por onde atuou, nunca foi testado nas urnas, não é visto pela população como competente e representa o intrinsecamente o Clã Lobão/Sarney/Murad.

Edinho certamente é um candidato mais competitivo e mais articulado politicamente do que Luís Fernando, mas em contrapartida, dificulta muito o discurso para seus defensores.

Luís Fernando cada vez mais tenta descolar imagem do grupo Sarney

O secretário de Infraestrutura do Estado e pré-candidato a governador pelo grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) tenta agora dissociar sua imagem do grupo ao qual pertence. Ao ser questionado sobre os indicadores do Maranhão, saiu pela tangente:  “não posso responder pelo que eu não fiz, ou pelo que alguém fez”.

Luís Fernando ficou irritado com algumas perguntas feitos pelo repórter da RedeTV de Imperatriz. Quando apertado sobre os indicadores sociais do Maranhão, tentou se fazer de desentendido “quais indicadores?”. Mas acabou afirmando que não responderia pelo que não fez, ou seja, a responsabilidade é de quem governou antes, o que inclui Roseana Sarney e outros membros do grupo que comandaram o estado. “Sou secretário de Infraestrutura do governo do Maranhão e respondo pela minha secretaria. Eu tenho que contar minha história de gestor e não a história dos outros”.

O secretário ainda tentou jogar a culpa de todos os indicadores sociais do Maranhão nos governos Jackson Lago e Zé Reinaldo, mas ao ser lembrado da idolatria do povo de Imperatriz a Jackson se retratou: “O Jackson éídolo e merece porque ajudou muito a cidade. Eu estou falando do Zé Reinaldo”. Então, Luís Fernando diminuiu o período para quatro anos.

Como este blog já vem indicando, Luís Fernando vive um dilema de como deverá ser seu posicionamento em 2014: vestir a camisa do governo ou abraçar o discurso de mudança, que é utilizado pela oposição.

Leia também: O dilema de Luís Fernando: mudança ou continuidade?

O dilema de Luís Fernando: mudança ou continuidade?

Luís Fernando precisa definir discurso: governo igual ao de  Roseana ou modelo diferente?

Luís Fernando precisa definir discurso: governo igual ao de Roseana ou modelo diferente?

O secretário de Infraestrutura do estado e pré-candidato ao governo do estado, Luís Fernando Silva (PMDB), vive um dilema sobre qual discurso irá adotar na corrida sucessória. Isto porque em alguns momentos, o pré-candidato utiliza o discurso de que “governará como Roseana”, em outros ele utiliza o termo preferido pela oposição, reforçando o discurso desta: “mudança”.

“Mudança verdadeira é a que você olha e aprova”, disse Luís Fernando quando assinou ordem de serviço para recuperação de estradas. Mas afinal, o governo é bom e se manterá como está ou Luís Fernando está mudando o governo porque estava ruim?

No final de agosto, em entrevista à rádio Mirante AM, o secretário disse que o “estilo da governadora” é o mesmo dele.

Este dilema será também o principal questionamento na campanha de Luís Fernando em 2014: discurso de mudança e um novo modelo dentro do grupo Sarney ou de continuidade porque o governo Roseana é bom? Se adotar a primeira linha, não deve colar na imagem de Roseana e se mostrar mais independente e administrador preparado ou irá dizer uma coisa e a imagem mostrar outra. Caso adote a segunda, deve mesmo colar em Roseana na mídia e parar de usar o termo “mudança” em seus discursos, pois só reforça o discurso da oposição.

Vale esperar para ver que linha o candidato Luís Fernando irá adotar ou continuará com dois.