Como sempre, Ricardo Murad tenta distorcer os fatos e confundir a opinião pública. Em um texto raivoso, republicado em blogs, Murad diz que “o ministro do Turismo mostra incompetência de Flávio Dino”, porque a Embratur está “enferrujada” e precisa ser reformada. Para o ex-secretário de saúde, a fala seria referência “à péssima gestão de Dino na instituição.
O ex-secretário parece não ter lido toda a matéria do Diário do poder e nem se aprofundado mais sobre o que é discutido no país neste momento. A “ferrugem” e a reforma que deve ser feita dizem respeito à característica jurídica da Embratur. O ministro Vinícius Lages quer que ela deixe de ser autarquia para se transformar em agência nos moldes da Atout France ou Visit Britain, por exemplo. A instituição foi criada em 1966 como empresa pública. Depois foi transformada em autarquia e vinculada ao Ministério do Turismo, criado em 2003. É esta a ferrugem que deve ser modificada em projeto que deve passar pelo Congresso nacional sem nenhuma relação com a gestão de Dino. Isso aumentaria a integração do planejamento turístico com outras plataformas de negócios.
Inclusive, o novo presidente da Embratur, Vicente Neto, indicado por Flávio, está dando continuidade ao projeto iniciado pelo hoje governador do Maranhão. Uma proposta já foi colocada em consulta pública no final de 2013 (quando Flávio presidia a entidade) e debatida na Comissão de Turismo do Senado; em evento da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem) em São Paulo; e na reunião do Conselho Nacional do Turismo (CNC) do final do ano passado.
Coordenando a Embratur por 3 anos, Flávio Dino deixou marcas positivas em sua gestão. Recordes históricos tanto no número de turistas estrangeiros que vieram ao Brasil quanto nos gastos dos turistas no país. Entre suas últimas medidas anunciou o lançamento de uma nova plataforma digital para promover o destino. O “Brasil Home” cujo objetivo é demonstrar ao estrangeiro todas as experiências que ele pode viver ao visitar o país.
Em 2013, o Brasil ultrapassou a marca de 6 milhões de turistas. Esses turistas injetaram, no mesmo ano, mais de 6,7 bilhões de dólares na economia do país. O resultado foi 3% maior que o ano anterior e representou ganhos diretos ao setor, como a manutenção de mais de 10 milhões de empregos na área.