Política maranhense em notas

Pedro Fernandes contra o impeachment

pedrofernandesA bancada do PTB na Câmara Federal oficializou a posição majoritária a favor do impeachment da presidente Dilma. Mas a própria presidente do partido, deputada Cristiane Brasil (RJ), anunciou quatro dissidentes, entre eles, o maranhense Pedro Fernandes. Ela justificou apenas que os deputados não acompanhariam o voto majoritário por questões locais. A presidente disse também que a posição de Fernandes e dos demais favoráveis a Dilma seria respeitada e não haveria punições.

Votos de Zé Reinaldo e Victor Mendes

victorzereinaldoAs maiores incógnitas entre os deputados maranhenses com relação ao impeachment são os deputados Zé Reinaldo (PSB) e Victor Mendes (PSD). O ex-governador é ferrenho crítico do governo Dilma, mas sobre impeachment já foi e voltou muitas vezes em sua opinião. Até domingo, Zé Reinaldo pode votar em qualquer hipótese. O PSD está muito dividido e Vistor Mendes aproveita para valorizar o passe.

Hildo Rocha e Alberto Filho

albertohildoApesar de ter se mantido calado, a imprensa nacional já contabiliza o voto de Alberto Filho (PMDB) como favorável ao impeachment. Com o voto favorável, a bancada do PMDB maranhense fica divida, com Alberto a favor e João Marcelo contra. Hildo Rocha, faz de conta que está em cima do muro e lançou até uma enquete. Mas como aliado de primeira hora de Eduardo Cunha, é praticamente certo que Rocha votará a favor do impeachment.Assim, a bancada maranhense fica com 9 a favor, 7 contra e 2 indecisos.

Mulher de Canindé desiste de candidatura

canindeeesposaO Blog do Domingos Costa trouxe a informação de que a pré-candidata a vereadora Sônia Canindé, esposa do secretário de trânsito e transporte, Canindé Barros, não será mais candidata. Filiada ao PTC, ele anunciou apoio à reeleição do vereador Astro de Ogum e concentração na reeleição do prefeito Edivaldo. Decisão mais do que acertada. Se existe a desincompatibilização justamente para equilibrar a disputa, não seria correto Canindé ficar na secretaria tendo a sua disposição uma enorme estrutura tendo a esposa candidata. Situação diferente da secretária de Saúde Helena Duailibe, que já é vereadora eleita com ampla votação e seu marido dará continuidade.

Saída de Câmara favorece Rose

fabioroseUm fator interessante na pesquisa Escutec é a base eleitoral semelhante que possuem os vereadores Rose Sales e Fábio Câmara. Oposicionistas natos os dois atuam no mesmo nicho. Quando o nome de Câmara é substituído por Andrea Murad, Rose absorve a grande maioria dos votos do colega. Na pesquisa sem João Castelo e Bira, Rose passa de 7,8% para 8,8%, ultrapassando Wellington do Curso e sendo a terceira colocada. Sem Bira e Castelo, as pré-candidaturas de Rose, Fábio e Wellington ficam apequenadas. Assim, se nenhum dos dois pré-candidatos com maior potencial de terceira via estiver no pleito, qualquer um dos três pode ascender.

Indignação com injustiça

marciojerryO secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, demonstrou sua indignação com o processo do impeachment conduzido por Eduardo Cunha, acusado de vários crimes, contra a presidente Dilma. “Muita gente que hoje embala o processo de Cunha, tenho certeza, se envergonhará perante a história. Ainda bem que impeachment não passará. Acinte deixar Eduardo Cunha impune e querer condenar a presidente Dilma, que crime algum cometeu. Realmente indignante”, afirmou o secretário em uma rede social.

Falta de energia

caçambaenergiaUma caçamba perdeu o controle e derrubou três postes no Jaracaty nesta quarta-feira (13). Por conta do acidente, o próprio bairro e parte do Centro Histórico ficaram sem energia elétrica. A equipe da Companhia energética do Maranhão (Cemar) estava trabalhando no local para o retorno da energia.

Com toda família declarada a favor do impeachment, Sarney finge estar em cima do muro

clasarneyA ex-governadora Roseana Sarney já havia anunciado durante a reunião do PMDB que decidiu sair da base governista: ela é a favor do impeachment. Roseana ainda vibrou aos gritos de “Temer presidente” e “fora PT”, mesmo tendo se beneficiado da aliança com o partido em duas eleições.

Na semana passada, a bancada do PV formada por sete deputados anunciou unanimidade contra o mandato da presidente Dilma. A bancada é liderada justamente por Sarney Filho. A imprensa nacional destacou inclusive a representatividade do voto do filho de Sarney contra Dilma.

Roseana justificou quando declarou ser favorável ao impeachment que “lá em casa todo mundo tem autonomia” se referindo a opinião “diferente” de José Sarney.

Ao jornalista da Globo News, Gerson Camarotti, Sarney disse na última segunda-feira (11) que “não toma partido”. “Estou na minha, não estou conversando com ninguém. Não estou tomando partido nessa votação”, disse.

Sarney deixou seus dois filhos políticos se manifestarem publicamente contra o governo petista e fingia ser aliado do governo. Agora, já ameniza fingindo não tomar partido. A realidade é que o oligarca só pensa em como será o governo Michel Temer e seus nichos de poder dentro do novo governo. Um ministério para Roseana Sarney é dado como certo. Por isso, não existe “muro” para Sarney.

Weverton confirma decisão do PDT de votar contra o impeachment

Weverton entrevistaO deputado federal Weverton Rocha confirmou nesta quarta-feira (13) que a bancada do PDT na Câmara Federal manteve, por ampla maioria, a decisão de votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, tomada em janeiro em reunião do Diretório Nacional da legenda. Ao todo, são 20 parlamentares pedetistas que participarão da votação marcada para o próximo domingo.

“Todos sabem que é decisão de partido, do Diretório Nacional, e esperamos que até domingo a gente consiga estar todo mundo no plenário participando desse momento importante em que o PDT mais uma vez não se curvará, como nunca se curvou. O nosso lado é o da Constituição. A bancada está unida. A solução do problema não é tirar a Dilma”, declarou Weverton Rocha à imprensa.

Segundo informou, 19 dos 20 deputados participaram de uma reunião terça-feira (12), que contou com a participação do presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, e do ministro das Comunicações, André Figueiredo (PDT-CE). A reunião ratificou a decisão tomada em janeiro.

“O PDT tem essa característica de dialogar. Nada foi construído de cima para baixo. Foi construído esse debate e não é agora, nesse momento, que vamos sair do barco como se fôssemos ratos!”, enfatizou Weverton Rocha, que lidera a bancada pedetista na Câmara Federal.

Weverton Rocha disse não acreditar que deputados descumprirão a decisão do partido. “A bancada é unida. Eu confio nos nossos colegas deputados, todos, mesmo não concordando, sempre acataram a decisão do partido”, finalizou.

Contrariados com Planalto, Sarney e Roseana agem pelo impeachment

sarneyroseanaBlog do Camarote – O ex-presidente José Sarney e a ex-governadora Roseana Sarney já não escondem mais a contrariedade com os movimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff para tentar barrar o impeachment.

Isso porque nas últimas semanas o Palácio do Planalto passou a cooptar aliados históricos da família Sarney que agora estão sob a influência do governador Flávio Dino (PCdoB-MA).

Sarney e Roseana anotaram na caderneta os movimentos do governo para levar o deputado Aloisio Mendes (PTN-MA), que foi secretário de segurança pública de Rosena, e o ex-ministro do Turismo Gastão Vieira, que assumiu o FNDE.

Para o deputado Aloisio Mendes o prometido foi que o PTN deve ganhar um ministério caso impeachment seja barrado.

Também incomodou a família Sarney a cooptação do senador João Alberto (PMDB-MA) e do filho dele, o deputado federal João Marcelo (PMDB-MA). Os dois são aliados históricos de Sarney e Roseana.

Com o movimento do Palácio do Planalto, Sarney e Roseana passaram a trabalhar junto ao comando do PMDB pelo impeachment da presidente Dilma.

O ex-presidente José Sarney conversou há pouco com o Blog e disse que não está se envolvendo na disputa pelo impeachment. “Estou na minha, não estou conversando com ninguém. Não estou tomando partido nessa votação”, disse Sarney. 

Nota do Blog: Como este Blog já se manifestou, e o conceituado jornalista Gerson Camarote observou, Sarney trabalha diuturnamente pelo impeachment da presidente Dilma. Em um governo Temer, Sarney teria muito mais poder do que tem hoje. E o oligarca trabalha com sempre trabalhou: dissimulando. O que faltou Camarote pontuar é o jogo duplo e divisão do grupo Sarney, para que em caso de qualquer resultado, Sarney ainda possa ter influência.

Levi diz que sarneystas por oportunismo barato aproveitam a baixa popularidade de Dilma

leviO deputado Levi Pontes (PCdoB) elogiou, na sessão desta quarta-feira (30), a posição defendida pelo governador Flávio Dino em favor da manutenção do mandato da presidente Dilma Rousseff. “Eu fico muito feliz com o posicionamento jurídico, constitucional do governador, que também deve ser respeitado por todos nós”, afirmou o deputado.

Ele questionou a postura de deputados da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, que tentam desgastar o Governo Flávio Dino.

“Para mim, a maior injustiça cometida contra o governador Flávio Dino é a incompreensão dos elevados motivos de sua defesa da lei e da Constituição, quando ele fala sobre a hipótese de afastamento da presidente da República, e o oportunismo barato de quem se aproveita da baixa popularidade da presidente para atingir alguém que apenas expressa a sua coerência com argumentos jurídicos, extremamente pertinentes”, assinalou Levi Pontes.

Ele acrescentou que o governador Flávio Dino clama por legalidade no momento de paixões elevadas do mais alto grau de temperatura.

“As considerações do governador, um jurista que é, que passou em primeiro lugar no concurso nacional, superando o famoso juiz Sérgio Moro, podem e devem ser enfrentadas à luz da ciência e do direito, nunca pelo rebaixamento do achismo e da vingança mesquinha.  Então, nós temos, sim, que homenagear a grandeza de espírito, as decisões de um homem público que não apela para o populismo barato, porque é isso, sim, que leva um governante a colocar o seu estado em problemas graves, financeiros e políticos”, declarou Levi Pontes.

Flávio diz que impeachment significará engavetamento da Lava Jato

flaviodinoO governador Flávio Dino (PCdoB) tocou no ponto crucial que este Blog sempre defende: o impeachment da presidente Dilma Rousseff será péssimo para a Operação Lava Jato. Com a queda de Dilma, haverá calmaria, o esfriamento das operações, o total esquecimento da grande imprensa e a impunidade da leva de corruptos de todos os partidos atrelados à investigação.

Flávio declarou no Twitter que “uma das principais metas que alimenta o impeachment: a nomeação de um novo “engavetador” para Procuradoria Geral da República em 2017. Como Inquéritos e Ações Penais da lava jato levarão 5 anos ou mais em tramitação, um novo “engavetador-geral” teria enorme papel. Ou seja, paradoxalmente quem é a favor da Lava Jato deve ser contra o impeachment. Exatamente é o meu caso. Não quero ‘engavetador-geral'”.

Assim, para o governador, a principal função do novo presidente será definir um Procurador Geral que acabe com a sangria da classe política. Garantindo que entre os três nomes mais votados pelos procuradores esteja um com esse perfil para ser o nomeado.

Para os corruptos, é fundamental derrubar logo Dilma, acalmar o grito das ruas e fazer a Lava Jato ser esquecida. Porque é exatamente isso que acontecerá após o impeachment caso ele ocorra.

Bira do Pindaré se posiciona contra o golpe e em favor da democracia

biradopindareNa manhã desta quarta-feira (23), o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) afirmou que é preciso respeitar a Constituição. Para o socialista, é isso que garante a estabilidade institucional no Brasil.

“Eu me alinho ao governador Flávio Dino, que tem sido coerente, corajoso e transparente nas suas colocações. Ele poderia simplesmente fazer coro com aquilo que parece ser a vontade de uma maioria – ele poderia cair nesse oportunismo, que é muito fácil para muitos políticos nessas horas dizer que está do lado de A ou do lado de B. Mas o governador está tendo coragem de preservar a sua coerência, a sua altivez”, destacou o socialista.

Lembrando o golpe de 64, Bira disse está preocupado com o atual cenário brasileiro e defendeu a necessidade de chamar atenção para os perigos de implantar vontades sem respeitar a Constituição Brasileira.

“Nós conhecemos tempo de outrora e sabemos o que aconteceu no Brasil quando rasgaram a Constituição para supostamente fazer aquilo que era vontade do povo. Lembro, pelos registros históricos, o golpe de 64, todas as vozes se levantaram a favor, não foi só a OAB não, a Igreja também foi a favor – é bom lembrar as marchas da família com Deus, também foi a favor, todas as vozes eram a favor e depois nós vivemos um longo período de escuridão e ditadura”, destacou Bira ao esclarecer que o impeachment é uma medida constitucional, mas que exige um crime de responsabilidade.

“A constituição é clara! E, até agora, não há sequer inquérito aberto para apurar qualquer tipo de conduta criminosa por parte da Presidência”, sublinhou, explicando que, diferente do atual contexto, o impeachment de Collor havia uma CPI e foi comprovado o envolvimento direto do presidente em práticas ilegais. No caso de Dilma, não se configurou nada que possa ensejar essa interpretação.

Em relação aos grampos, o deputado Bira citou o artigo 5°, também da Constituição Federal, para defender a privacidade. Segundo o parlamentar, um artigo que protege não apenas a presidente Dilma, mas cada cidadão brasileiro. “Temos direito à preservação dos direitos individuais, ninguém pode violar. Mas dizem ‘não, mas tinha ordem judicial’. A lei prevê isso. É uma lei de 1996 que prevê a quebra desses sigilos, de interceptações; mas, se acontecer, é para fins investigatórios”, frisou ao criticar a divulgação dos áudios.

Bira ressaltou ainda que não que ver o Brasil em uma situação de guerra, voltou a defender o respeito à Constituição e disse que o governador Flávio Dino com autoridade de quem foi Presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais e de quem deixou a magistratura para fazer política, ‘sem a toga’. “Não quero ver o meu país enfiado numa situação de guerra, de conflitos, de falta de instabilidade institucional, para que a gente possa enfrentar os problemas reais, que afetam a população, como a questão econômica, a questão social que atinge a todos aí de maneira avassaladora”, concluiu.

Weverton, Marreca e João Marcelo na Comissão do Impeachment

Foi definida a comissão que tomará conta do processo de impeachment da presidente Dilam Rousseff. Três maranhenses estão na comissão. Weverton Rocha (PDT), Júnior Marreca (PEN) e João Marcelo (PMDB) entre os titulares.

Na suplência estão ainda Alberto Filho (PMDB), André Fufuca (PP), Aluísio Mendes (PTN), Cleber Verde (PRB) e Hildo Rocha (PMDB).

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Zé Inácio diz que Max Barros defende impeachment para enfraquecer governo Flávio

zeinacioO deputado Max Barros (ainda no PMDB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Zé Inácio (PT) foi duro na resposta e afirmou que Max quer a queda da presidente para enfraquecer o governo Flávio Dino e reforçar o projeto do grupo Sarney no estado.

“V. Ex.ª por não ser da base do Governador Flávio Dino, acha que o impeachment, mudando a configuração política nacional, é algo que favoreça mais o seu grupo político, e vá de encontro ao interesse do Governador Flávio Dino. Então eu acho que nós, pela maturidade política que temos para enfrentar temas de natureza tão importante como essa, que é a conjuntura nacional que nós vivemos, nós temos que ter mais responsabilidade e não olhar somente para o nosso umbigo”, alfinetou.

Zé Inácio lembrou o único processo que pede o impeachment da presidente diz respeito às pedaladas fiscais, cujas prestações de contas sequer foram aprovadas no Congresso Nacional.

“Presidenta Dilma foi eleita por 54 milhões de brasileiros, e a oposição inconformada com a derrota se utilizou de vários mecanismos durante todo o ano de 2015 perpassando pelo ano de 2016 e tenta desestabilizar o país. E todos os analistas econômicos têm dito, mesmo os que são contra a política econômica do PT, que o que causará maior instabilidade no país é exatamente o impeachment”, afirmou o deputado.

O deputado lembrou que baixa popularidade não é motivo de impeachment de presidente. Para o deputado, os derrotados devem esperar os quatro anos para que o povo diga que está insatisfeitos com o atual governo nas ruas.