Manifestantes contrários ao impeachment bloqueiam BR-135

protestoDezenas de manifestantes contrários ao impeachment bloquearam trecho da BR 135 próximo a Itapecuru-Mirim, interior do estado.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que a interdição total com 1,5 km de extensão de congestionamento, aconteceu por volta das 10h deste domingo.
Os manifestantes bloquearam a BR com faixas, carros, cartazes e gritavam palavras de ordem contra o impeachment.
A pista chegou a ser liberada no sentido decrescente, mas foi interditada minutos depois. A PRF continua no local.

Política maranhense em notas

Folha destaca que Flávio mudou o placar

folhaimpeachmentA Folha de S. Paulo destaca a mudança do “placar do impeachment” e mostra que a oposição não tem mais o número de votos para o impeachment. A matéria da Folha mostra que a oposição perdeu dois votos: Waldir Maranhão (PP-MA) e Clarissa Garotinho (PR-RJ) que saiu de licença-maternidade. Waldir mudou o voto por apelo político pessoal de Flávio Dino, segundo a Folha. Os dois são adversários da família Sarney, que é favorável ao impeachment. O deputado ainda conseguiria levar mais 10 deputados do PP com ele contra o impeachment da presidente.

Flávio se reúne com Dilma

flaviobrasiliaAlém de articular votos com deputados, o governador maranhense se reuniu com a presidente da República para tratar do andamento do projeto contra o golpe. Segundo o governador, a presidente está confiante que entre sábado e domingo irá reverter para a posição anti-impeachment a “onda” contrária dos últimos dias, que faz o governo temer o “efeito manada” a favor da sua destituição.

Maior trabalho pelo Maranhão

Pelos próximos dois dias, o governador faz o trabalho mais importante para o Maranhão em Brasília. No atual momento, muito mais importante do que ficar assinando documentos no Palácio dos Leões, Flávio tem que garantir que não ocorra o golpe que levará Michel Temer e José Sarney ao poder e leve a um boicote violento contra o Maranhão pelos próximos três anos. Caso Temer chegue ao poder, aí é que as BRs irão virar estradas de barro e o Maranhão não terá nada do governo federal.

PT maranhense reage contra “deputados golpistas”

direcaoestadualptO diretório estadual do PT do Maranhão reagiu contra os deputados maranhenses que votarão a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em comunicado aos diretórios e comissões municipais, a direção estadual recomendou que não fossem celebradas alianças que favoreçam a reeleição dos “deputados golpistas”. Ou seja, o PT não irá se aliar a candidatos a prefeito que votam em deputados federais a favor do impeachment. O PT diz que é uma forma de “reafirmar um projeto democrático e popular liderado pelo PT”.

Marlon Reis sobre corrupção

marlonreisO juiz federal Marlon Reis, idealizador do Ficha Limpa, radicado no Maranhão, voltou a mostrar coerência sobre a crise política no país. Através das redes sociais, lembrou que o ideal seria o julgamento dos processos de abuso de poder econômico nas eleições presidenciais. O que, em caso de condenação, cassaria a chapa Dilma-Temer ao invés de um mandato sem votos ao vice-presidente. “Qualquer que seja o resultado da votação de domingo, a decisão não diminuirá a corrupção no Brasil. Melhor seria o julgamento dos processos em curso, inclusive o que discute abuso de poder econômico nas eleições presidências. Novas eleições representam a única solução verdadeiramente democrática para a grave crise política”, afirmou.

João Alberto segue pró-Dilma

joaoalbertojoaomarceloA ex-governadora Roseana Sarney está furiosa com o senador João Alberto (PMDB-MA). Acampada em Brasília como articuladora pró-impeachment, Roseana não conseguiu o voto de João Alberto e do filho, deputado federal João Marcelo (PMDB-MA). João Alberto mandou recado e garantiu que fica a favor de Dilma até o fim. João Marcelo está posicionado contra o impeachment e, segundo o pai, assim votará no domingo.

Combate aos assaltos a ônibus

Foto1_HandsonChagas - São Luís passa a contar com batalhão exclusivo para combate de assaltos a ônibusO Batalhão Tiradentes, mais novo grupamento da Polícia Militar do Maranhão, iniciou este mês um trabalho especializado no combate aos assaltos a ônibus. Diariamente, 100 policiais atuam na região metropolitana, em áreas mais vulneráveis aos roubos, e direcionam a atenção ao público usuário do transporte coletivo. Em duas semanas de trabalho, o Batalhão Tiradentes já apreendeu 500 armas brancas, quatro armas de fogo, um simulacro e encaminhou 20 pessoas para a delegacia. Além disso, foram apreendidas 30 trouxas de substâncias semelhantes a crack e 47 papelotes de maconha. Mais de 15 mil pessoas foram abordadas. O Batalhão executa patrulhamento prioritariamente nas paradas de ônibus.

Waldir Maranhão também muda de opinião e vota contra impeachment

waldirA articulação do governador Flávio Dino continua conseguindo votos para barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O 1º vice-presidente da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP-MA) já havia firmado posição com o PP a favor do impeachment, mas mudou de ideia e votará contra o impedimento.

“Eu e mais 12 deputados do PP vamos votar a favor da democracia e contra o golpe”, afirmou, sem elencar os outros parlamentares de seu partido que também votarão contra o impeachment.

Segundo apurou o jornal O Estado de São Paulo, o deputado mudou de voto para se opor ao grupo do ex-­presidente da República José Sarney (PMDB), que tem sinalizado apoiar o impeachment. No Maranhão, o deputado é oposição a Sarney.

Wadir disse não estar preocupado, neste momento, com a promessa de punição do PP aos parlamentares que não acompanharem a maioria do partido. A executiva nacional da sigla está reunida nesta tarde para fechar questão a favor do impeachment de Dilma. “Isso depois a gente resolve”, afirmou Maranhão.

Zé Reinaldo fecha questão e vota contra o impeachment de Dilma

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O ex-governador Zé Reinaldo Tavares (PSB-MA) definiu seu voto e será contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Zé Reinaldo era o último da bancada maranhense indefinido, claro que algum deputado ainda pode mudar de opinião até domingo (17).

Com a articulação do governador Flávio Dino, Zé Reinaldo definiu votar contra o golpe que está sendo instaurado no país.

Atuação de Flávio contra o impeachment não é só na bancada maranhense

flavioO governador Flávio Dino (PCdoB) está em Brasília atuando fortemente por votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Flávio sabe que a queda da presidente e a ascensão de Michel Temer/Sarney ao poder será um tiro em seu governo e, consequentemente, um golpe duro para os maranhenses, com um travamento de recursos federais muito maior do que o que enfrentou o ex-governador Jackson Lago.

Por isso, tem trabalhado não só para mudar votos a favor e garantir que permanência de votos contra o impeachment da bancada do Maranhão, mas de deputados de todo Nordeste.

Conhecendo os meandros do Congresso, o governador que já foi deputado, atua no convencimento da bancada. Flávio classificou a campanha pró-impeachment como “marcha da insensatez” e previu uma crise politica sem precedentes se a presidente Dilma Rousseff for afastada.

Em Brasília, Flávio conversou com o Congresso em Foco. Veja:

Mesmo com pressão de Sarney, Aluísio Mendes votará contra o impeachment

aluisiomendesO deputado federal Aluísio Mendes (PTN) garantiu que não irá mudar seu voto – apesar da forte pressão de Roseana e José Sarney para que seus aliados votem a favor do impeachment da presidente Dilma.

Aluísio diz até defender novas eleições, mas como, logicamente, isso não irá acontecer, votará contra o impeachment. “Tenho a convicção de que o melhor para o Brasil, neste momento, seria a realização de novas eleições gerais que dessem ao povo brasileiro o direito de manifestar sua soberana vontade nas urnas.Mas diante da impossibilidade da convocação de eleições gerais, que só seriam possíveis com a devida mudança na legislação eleitoral vigente, reafirmo que no próximo domingo, no plenário da Câmara dos Deputados, votarei CONTRA o impeachment da presidente Dilma Rousseff”, afirmou Mendes em nota nesta sexta-feira (15).

Mesmo os deputados que têm ligação umbilical com o Clã Sarney tem desdenhado da articulação de Roseana Sarney pelos votos pró-votos.

Alberto Filho votará a favor do impeachment por acreditar no “potencial” de Temer

Alberto Filho: agora devidamente "convencido" de que houve crime da presidente Dilma

Alberto Filho: agora devidamente “convencido” de que houve crime da presidente Dilma

A bancada sarneysta da Câmara Federal têm debandado com força a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff. A mudança de opinião de todos que se diziam contra o impeachment ou indecisos mostra uma articulação forte do oligarca José Sarney para mostrar a Michel Temer que lhe deu votos e irá cobrar a fatura em um possível governo do vice-presidente.

O deputado Alberto Filho, que antes se mostrava contrário, anunciou que votará a favor do impeachment da presidente. Segundo o Estadão, Alberto justificou a mudança  dizendo acreditar no “potencial” e “dedicação” do vice-presidente Michel Temer, que assumirá a Presidência caso Dilma seja afastada. Ou seja, o espaço que terá no governo do aliado. “Agora, acredito que houve de fato crime de responsabilidade”, afirmou o parlamentar na maior cara dura.

Hildo Rocha (PMDB) é outro peemedebista “indeciso” que irá declarar voto contra a presidente. Já se comenta nos bastidores de Brasília que até Aluízio Mendes (PTN), que ganhou vários espaços no governo, já prepara o anúncio da mudança de voto e a traição a Dilma.

E são políticos como esses que estarão no poder caso o impeachment se confirme.

Política maranhense em notas

Ação contra ordem dos votos

Rubens Pereira Jr.O deputado federal Rubens Júnior (PCdoB-MA) entrou com um Mandado de Segurança (34.128), no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a ordem de votação do impeachment definida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Cunha quer iniciar a votação pelos deputados do Centro-Sul, onde tem mais favoráveis ao impeachment para criar o clima de já ganhou, deixando por último o Norte-Nordeste, onde Dilma tem mais apoiadores. “Tal decisão do presidente não tem amparo no regimento interno da Casa, não tem amparo na lei 1.079 e não tem amparo no rito adotado em 1992. O presidente Eduardo Cunha inventou uma nova forma de votação para atender a seus interesses pessoais”, criticou Rubens.

Marco Aurélio defende proposta

marcoaureliodemelloO ministro Marco Aurélio de Mello, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade também proposta pelo PCdoB, defendeu a proposta de Rubens Júnior e dos comunistas para que a votação do impeachment seja por ordem alfabética. “Um julgamento desta magnitude não pode ser regido por critério de votação que eventualmente direcione o resultado final”, afirmou o ministro. Cunha provocaria o chamado ”efeito cascata”, e os deputados que votariam por último levariam em conta a expectativa de poder e de participar de um futuro governo.

Candidatura da ultra-esquerda

valdenyO PSOL já indicou o nome que deseja na disputa pela prefeitura de São Luís representando a ultra-esquerda. O indicado é o sindicalista Valdeny Barros. O grande desejo do PSOL é a aliança com PSTU e PCB, consolidando uma coligação da ultra-esquerda. Como este Blog sempre defendeu, se querem por em prática suas ideias, a ultra-esquerda deve se organizar de acordo com as regras do jogo. Juntos, têm chance de eleger um vereador para brigar por seus ideais na Câmara Municipal.

Victor Mendes a favor do impeachment

victormendesO deputado federal Victor Mendes (PSD) tomou sua decisão e votará a favor do impeachment da presidente Dilma. Através das redes sociais, o deputado anunciou o voto. Mendes disse que “diversas argumentações” e por ser a posição majoritária do PSD, fechou a favor do golpe. O deputado afirma que deseja eleições gerais ao final do processo. O que em caso de impeachment, certamente não ocorrerá.

Novo alerta contra golpes 

Foto 1_Francisco Campos_SES_14042016 - SES alerta para a gratuidade dos serviços públicos de saúdeApós o Hospital Carlos Macieira alertar golpes a pacientes com cobranças de exames por estelionatários, a secretaria estadual de saúde reitera o alerta para o risco de golpe em todos os pacientes da rede. Os golpistas fazem cobranças a parentes de pacientes, por meio de ligações telefônicas, solicitando o pagamento em dinheiro para realização de exames, dentre outros procedimentos. Vale ressaltar que todo serviço da rede pública de saúde é gratuito. A diretora do Hospital Presidente Vargas, Leyna Lima, afirmou que o hospital está reforçando a divulgação aos familiares dos pacientes que não existe nada a ser cobrado.

Isenção de IPVA para carros roubados

holandaoA Assembleia Legislativa aprovou, na sessão desta quinta-feira (14), projeto de lei de autoria do deputado Edivaldo Holanda (PTC), que isenta o pagamento de IPVA de carros que venham a ser roubados ou furtados. O projeto foi aprovado em regime de urgência, em primeira e segunda votações. De acordo com o projeto, a partir do mês da ocorrência do roubo, o imposto pago será restituído proporcionalmente ao período, incluído no mês da ocorrência em que ficar comprovada a privação da propriedade do veículo e; e a restituição ou compensação será efetuada a partir do exercício subsequente ao da ocorrência.

Idealizador da Ficha Limpa diz que impeachment não deveria ser cogitado

MAURI KÖNIG – FOLHA DE S. PAULO

Juiz Marlon Reis- radicado no Maranhão - foi o idealizador da Lei Ficha Limpa

Juiz Marlon Reis- radicado no Maranhão – foi o idealizador da Lei Ficha Limpa

Idealizador da Lei da Ficha Limpa, que só nas eleições de 2014 impugnou 500 candidaturas no país, o juiz maranhense (mesmo tendo nascido no Tocantins) Márlon Reis considera incabível o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O magistrado argumenta que um pedido baseado em falhas administrativas, a despeito da sua gravidade, não justifica a perda do mandato.

Para o juiz, a melhor solução é o julgamento da chapa de Dilma e Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral, não importando o resultado.

À Folha, o magistrado diz ainda concordar com a atuação do juiz Sérgio Moro na condução da Operação Lava Jato e elogia o instrumento da delação premiada.

No atual cenário, cabe o impeachment da presidente Dilma Rousseff?

Eu vejo dois graves problemas. Do ponto de vista constitucional, não há cabimento para o pedido, porque se baseia numa falha administrativa, que apesar de considerável, jamais poderia autorizar a destituição da titular do mais alto cargo da estrutura da República. Não há fundamentos para que possa ser sequer cogitado.

Na perspectiva política, há evidentemente a intenção de, através do impeachment, dar resposta à crise política retirando do poder apenas a presidente, quando na verdade a Presidência foi conquistada por um grupo político, uma chapa do PT e PMDB.

Não é possível acreditar que se resolverá o problema político cindindo uma relação que é unitária e indissolúvel.

As ações em andamento no TSE contra Dilma e Temer têm guarida jurídica?

O Brasil inaugurou um tempo em que a Justiça passou a ser cobrada em relação ao comportamento dos candidatos em campanha. Foi um trabalho histórico da sociedade.

São conquistas como o movimento contra a compra de votos no final da década de 90 e mais recentemente a Lei da Ficha Limpa. A sociedade reconhece e legitima os tribunais eleitorais, para que eles decidam sobre os temas relacionados à maneira como os candidatos se comportam nas campanhas eleitorais e que eventualmente desrespeitaram alguma norma.

Por isso, o TSE tem legitimidade para decidir com relação à candidatura da presidente, dos atos que a campanha dela possa ter praticado.

O TSE seria o caminho para um eventual impeachment?

Quando eu afirmo que o impeachment é incabível tanto constitucional quando politicamente, eu digo que o TSE deverá se pronunciar sobre as alegações graves que pairam sobre como a maneira como a chapa Dilma-Temer saiu vitoriosa. Elas são da mais alta gravidade, do possível uso de recursos indevidos na campanha. Se isso ocorreu, competirá ao TSE decidir. O que quero dizer é que o TSE tem toda a legitimidade institucional para tomar uma decisão, que deverá ser respeitada, qualquer que seja ela.

Como o senhor avalia as medidas do Ministério Público Federal de combate à corrupção?

Vi com muita simpatia. É possível questionar, ainda mais quando se apresenta um grande número de medidas, mas a iniciativa é excelente porque pauta o assunto das mudanças das normas sobre corrupção. O Brasil, quando toca nesse assunto, é incapaz de andar porque o Congresso não dá o menor respaldo para os projetos de lei em andamento sobre o tema. Então, o Ministério Público Federal acertou porque pode pautar o assunto.

O senhor vê no cenário atual efeitos da Lei da Ficha Limpa?

A lei tem efeitos na política atual, como o de barrar os casos mais grosseiros, escandalosos, de pessoas envolvidas com práticas ilícitas. A prova é que alguns candidatos que concorreram nas eleições passadas e foram barrados na Ficha Limpa já estão agora comprometidos em ações penais, alguns até foram presos.

Isso terá uma grande incidência nas eleições de 2016, porque a maior clientela da Lei da Ficha Limpa está entre os candidatos a prefeito.

Quantas candidaturas foram até hoje impugnadas pela lei?

Eu conduzi pesquisas até 2009. Até então, eram 675 cassados, cerca de 500 só entre prefeitos e vice, mais de uma centena de vereadores, foram cinco governadores, alguns senadores, deputados estaduais e federais.

O que o senhor pensa sobre a delação premiada?

É um instrumento moderno que tem permitido chegar a informações que jamais seriam alcançadas sem isso. Há muita falta de dados sobre ela, que por si só nada representa. O réu se dispõe a apresentar provas, expandindo a investigação, e ela só é válida se essas provas forem encontradas.

Há uma ‘mitificação’ do juiz Sérgio Moro?

A sociedade é sedenta por líderes. As pesquisas mostram que o maior problema percebido pelos brasileiros é a corrupção. Então aparece um juiz que toma decisões baseadas na sua convicção pessoal, e a demanda que ele preside gera essa vontade de identificá-lo como apto a solucionar a corrupção. Eu acredito que ele não buscou tamanha visibilidade. Ele tem feito o seu trabalho com muita prudência.

De forma geral, o que mais precisa ser aperfeiçoado para se combater a corrupção no Brasil?

Insisto na necessidade da reforma política. Nós não fizemos reforma política alguma. No passado, votou-se um arremedo mais uma vez, com mudanças até importantes, como a proibição de doações empresariais.

Também teremos mais instrumentos de transparência. Pela primeira vez teremos a fixação de limites para gastos de campanha. Precisamos mudar muito a maneira como votamos, especialmente na composição das casas parlamentares. Elas fulanizam o debate político, e isso pode ser mudado com o redesenho da estrutura das eleições brasileiras.

Quais seriam os três itens mais urgentes da reforma política?

Nós propomos que por exemplo que nas eleições parlamentares, o voto dado ao partido seja separado do voto dado ao candidato. Hoje o eleitor vê apenas o candidato, não sabe que bancada ele comporá, que ideias ele defenderá, sequer sabe se o seu candidato será de oposição ou de situação.

Se trata de uma proposta que defendemos de eleições parlamentares em dois turnos, aproveitando os dois turnos que já existem para o Executivo, em regra.

Votar primeiro no partido e compor uma bancada partidária, para só depois voltar às urnas e dizer qual candidato preencherá cada uma das vagas. Isso é uma medida simples e extremamente pedagógica.

Além disso, a necessidade de uma participação mais efetiva da mulher na política, que não se dá no modelo atual. A mulher precisa ser integrada no Parlamento não por uma questão de favor ou de benemerência, mas porque se trata de uma parcela da população que está gravemente subrepresentada.

O terceiro item é uma redução ainda mais drástica e um aumento da transparência nas contas das campanhas. Elas precisam ser baratas, a eleição não pode ser uma disputa financeira.

Flávio Dino diz que chance de um governo Temer dar certo é zero

Governador afirmou que Michel Temer fez discurso de campanha em áudio que ele “gravou e jogou na internet”

Fotos_01_Karlos Geromy_13_04_2016_2º Conferência Estadual da Asistência Técnica de Extensão Rurai na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária  - CEATER-15Durante evento da etapa da 2ª Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Cnater), o governador Flávio Dino fez um duro discurso sobre a questão política nacional e afirmou que a chance de um possível governo Michel Temer dar certo é zero. O governador reafirmou que não muda de posição. Foi muito aplaudido pelos trabalhadores rurais.

Flávio disse temer o nível de divisão do país. “Nada é mais emblemático do que a divisão do muro na esplanda dos ministérios. Querem colocar o projeto de poder sobre o pacto civilizatório da democracia”. Ele chamou de farsa o processo contra a presidente Dilma, contra quem, segundo o governador, não existe nenhuma acusação.

“Esse processo juridicamente é uma farsa. Não fica cinco segundos de pé. Não é convicção política, apenas, é convicção jurídica. Não tem começo, meio e fim. Inventaram. Isso só pode ter um nome, é um golpe. Um golpe que está se montando contra a presidente Dilma. A dor da injustiça rasga a alma.  Imagina uma mulher que não tem nada contra ela, não desvio dinheiro, não tem conta na Suíça entrar pra história como a presidenta que foi cassada? Isso é uma perversidade contra um ser humano”.

O governador foi duro ao comentar o áudio de Michel Temer que supostamente teria sido vazado. Flávio disse ser um absurdo o discurso de campanha e que a chance de um governo sem respaldo popular dar certo é zero. “Vocês viram o discurso de campanha do vice-presidente da República. É uma invenção surrealista um vice que faz campanha para depor a presidente. Um vice que tem 1% de intenção de voto. Ele fez discurso de campanha, gravou e jogou na internet. Um governo frágil, sem legitimidade, que vai por sacrifício aos mais pobres, sem base social, um programa econômico que é retrocesso. A chance de isso dar certo é zero”.

O comunista reafirmou sua posição e disse que não muda para aderir a um sistema de poder do qual não acredita. “Eu não sou oportunista. Sou uma pessoa de posição. Vou externar até o fim e com convicção que vamos vencer. Embora, possa gerar incompreensões momentâneas, no tribunal da história, estará lá a modestíssima presença do governador do Maranhão com a posição correta, defendendo a democracia, os mais pobres. A minha vida inteira foi assim e não é em uma hora de dificuldade que eu vou aderir a um sistema de poder que eu não acredito”, finalizou sendo aplaudido.