Choveu muito, mas se não fosse tanto lixo obstruindo as galerias…

Muito lixo obstruiu a drenagem do Mercado Central

Claro que devemos sempre cobrar ações do poder público municipal e a capital maranhense teve muitos problemas nesta quarta-feira (14) em virtude das fortes chuvas que castigaram a cidade. Mas, é necessário novamente consciência de cada um para não descartar lixo de maneira irregular para não obstruir o sistema de drenagem.

Desde as primeiras horas da manhã as equipes da Prefeitura de São Luís estavam nas ruas para minimizar os alagamentos na cidade. Por causa do grande volume de chuva que vem caindo desde a madrugada, os problemas foram registrados em alguns pontos da capital, sobretudo em áreas em que há o descarte irregular de lixo, o que acaba entupindo galerias e bueiros por onde a água escoaria.

No Mercado Central, onde mais uma vez foi recolhido um expressivo volume de lixo, inclusive com restos de construção civil. Outros pontos que também receberam assistência foram as avenidas Colares Moreira e Beira-Mar e a Curva do 90. O trabalho segue agora pela tarde em mais regiões em que houve acúmulo de água.

Durante todos os meses do ano a Prefeitura desempenha serviços de drenagem, limpeza de galerias e canais, mobilizando um grande aparato, com máquinas retroescavadeiras para limpar canais e um sistema de caminhão hidrojato. O trabalho é intensificado no período chuvoso, que este ano tem se mostrado rigoroso, confirmando a previsão meteorológica de superar a média histórica de volume de água.

Com tanta chuva, o sistema de drenagem da cidade precisa fluir adequadamente para evitar as inundações. Para isso, é preciso também contar com o apoio da população, evitando o descarte irregular, que é corriqueiro em pontos em que geralmente se tem problema de alagamento na cidade.

Com o poder público agindo e a população fazendo a sua parte, os problemas decorrentes das chuvas serão minimizados.

A importância dos Ecopontos para o meio ambiente e a economia

Antes, as pessoas se perguntavam o que fazer com os grandes resíduos que não são levados pela coleta de lixo tradicional. Um sofá, uma geladeira que não serviam mais acabavam tendo que ser descartados de forma irregular mesmo por quem tinha consciência ambiental por falta de opção.

Os Ecopontos implantados pela prefeitura de São Luís foram fundamentais para mudar esta realidade. Eu mesmo já descartei resíduos no Ecoponto do Habitacional Turu e verifiquei a organização do espaço, divisão dos tipos de materiais e receptividade. Hoje, não tem desculpa para descartar grande lixo em local inapropriado e obstruir as galerias, contribuindo com as enchentes.

Para além do aspecto ambiental, os Ecopontos contribuem para a cadeia produtiva. Por meio da parceria com a Prefeitura, cooperativas como a Reciclagem São Luís (Coopresl) tem recebido um maior volume de material e com isso aumentado o trabalho e a renda dos cooperados, que têm na atividade a principal fonte de renda da família.

Todo o material reciclável coletado nos Ecopontos, que hoje funcionam em cinco bairros da capital – Jardim América, Parque Amazonas, Bequimão, Turu e Angelim – são encaminhados às cooperativas e associações que fazem a seleção e a comercialização do material.

A presidente da Coopresl, primeira cooperativa de reciclagem do Maranhão, Maria José Castro, conta que houve um aumento significativo no volume de material recebido por eles a partir da criação dos Ecopontos. “Atualmente trabalhamos com 15 cooperativados. Antes dos Ecopontos a cooperativa trabalhava apenas com seis pessoas e nossa renda era bem menor”, disse Maria José. “Dependo do volume de material que movimentamos no mês o valor pago a cada um dos cooperados pode chegar a mais de um salário mínimo. Antes esse valor ficava em torno de R$ 70,00”, completou a presidente da cooperativa.

Cada Ecoponto tem capacidade de armazenamento de 100 toneladas de resíduos por mês, podendo variar com a demanda. Atualmente os cinco Ecopontos recebem, em média, 250 toneladas de resíduos por mês.

Os Ecopontos funcionam da seguinte forma: a população leva o resíduo que não é recolhido pela coleta regular para o local, sendo o mesmo recebido por agentes de limpeza da Prefeitura. O material reciclável e eletrônicos recolhidos no local vão para as entidades de catadores. Nas cooperativas e associações, o material é separado e embalado para ser encaminhado às empresas compradoras que enviam todo material para fora do Estado, a maioria vai para o Sul do país.

Os resíduos de construção civil, vão para o aterro de inertes na área da Unidade de Beneficiamento da Ribeira; os resíduos volumosos para o pátio de compostagem; a madeira para a Vila de Moradores Cinturão Verde e os pneus são recolhidos pela Reciclanip, que tem sede em São Paulo e é considerada uma das maiores iniciativas da indústria brasileira na área de responsabilidade pós-consumo.

Evitar alagamentos é dever de todos

Lixo obstruiu passagem da água no Rio Calhau e causou alagamentos e erosão

A forte chuva que caiu em São Luís na última quarta-feira (1º) reascende o debate sobre os problemas estruturais e comportamentais em São Luís. A cidade nasceu de forma desordenada e a cada nova construção autorizada, como os grandes prédios do Renascença, não foram previstos os sistemas de drenagem.

Na última quarta, choveu 16,5% do previsto para todo o mês de março. Ou seja, ainda teremos muita chuva este mês. Após as chuvas da quarta, as equipes da prefeitura trabalharam para desobstruir os canais e galerias no Coroado, no Cohafuma, São Francisco, Holandeses entre outros. O problema é a enorme quantidade de lixo tapando os bueiros e bocas de lobo.

Um grande exemplo se dá na rua Santo Antônio, no Calhau, onde a enorme quantidade de lixo descartado de forma irregular obstrui a passagem de água provocando inundações e erosão na pista (fotos que ilustram o Blog).

Máquinas limpam e, logo após, todo tipo de lixo é jogado de forma irregular. Assim é impossível evitar enchentes

É fato que em lugares de alagamento histórico onde a prefeitura fez intervenções, o serviço deu resultado. Não foram registrados alagamentos na Apaco, Santa Clara, Curva do Noventa, elevados, Gangan, Cohatrac e Coroadinho.

Agora, com tantos problemas já históricos e que a prefeitura precisa resolver, a população tem que ajudar não descartando lixo de forma irregular, obstruindo a drenagem. As carretas da prefeitura recolhem de 250 a 300 toneladas somente de lixo descartado irregularmente. Essa enorme quantidade não diz respeito a coleta normal de lixo. Imaginem o quanto de lixo irregular que a prefeitura não dá conta de recolher. A cidade tem um sério problema de descarte irregular que só se resolve com conscientização das pessoas.

Enquanto não houver consciência disso, a cada período chuvoso vamos conviver com as enchentes.

Máquina retira o lixo irregular em pontos do Contorno do Sá Viana. Falta de conscientização

Trabalho de retirada de lixo ao lado da Funasa, no Centro

Imagens do Dia: Posto de Saúde vira depósito de lixo em Bacabeira

postosaudebacabeira

As imagens são da calçada do segundo maior posto de saúde do município de Bacabeira, no bairro de Periz de Baixo. O local está tomado por lixo e até urubus estão no local que deveria ser um local para as pessoas buscarem saúde, vira um centro de insalubridade.

Após dois dias, serviço de limpeza é retomado em São Luís

coletaDurou apenas dois dias e algumas horas a falta de coleta de lixo em São Luís. A limpeza pública da capital maranhense foi retomada nesta quarta-feira (9), com os serviços de remoção mecanizada para solucionar de forma mais rápida a retirada dos resíduos em ruas, avenidas e praças da cidade.

Mesmo com o pouco tempo, rapidamente muito lixo foi cumulado na cidade. O Comitê de Limpeza Urbana da Prefeitura de São Luís informou que o lixo acumulado será coletado até a próxima segunda-feira (14).

A limpeza de praias, segundo informou a gestora do Comitê de Limpeza Urbana da Prefeitura, Carolina Estrela, foi retomada ainda no período da manhã desta quarta-feira.
Neste momento serão atacados os pontos de maior concentração de resíduos que são pontos de colocação de contêineres.
Campanha
A Prefeitura de São Luís vai intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika vírus e da febre chikungunya.
A campanha “Todos na guerra contra o mosquito” será lançada pelo prefeito Edivaldo, nesta quinta-feira, às 15h, no auditório do palácio La Ravardière, sede da Prefeitura.