Crise de segurança só tem um responsável: o governo Roseana

 

Em uma estratégia de total desespero, o candidato Edinho Lobão tenta nos últimos dias colocar a culpa da crise no sistema de segurança do estado no adversário, Flávio Dino. A crise não é de agora, mas desde o começo do governo, com vários momentos de tensão como este. Só existe um culpado: o governo de Roseana Sarney.

Promessa refeita: “maranhenses poderão dormir de porta aberta”

Edinho repete a promessa de Roseana em 2010. Segurança foi o maior problema do quarto mandato da governadora

Edinho repete a promessa de Roseana em 2010. Segurança foi o maior problema do quarto mandato da governadora

A promessa feita por Roseana Sarney há quatro anos atrás foi refeita pelo seu candidato no debate da TV Maranhense. Mesmo o Maranhão vivendo o pior momento da segurança pública neste último mandato de Roseana, Edinho Lobão teve a coragem de fazer a mesma proposta de sua apoiadora quatro anos depois.

Ao ser questionado sobre a crise carcerária e de segurança, Edinho disse que mantém a proposta de implodir Pedrinhas e mias, disse que com suas medidas, “aí sim, os maranhenses vão poder dormir de portas abertas”. Os assessores de Edinho ficaram cabisbaixos após a repetição da frase que ficou como uma sombra do mandato de Roseana, marcado pela insegurança.

 

Maranhenses vivem em estado de insegurança, diz deputado do PCdoB

Othelino Neto disse que o governo não tem capacidade de cuidar das suas penitenciárias

Othelino Neto disse que o governo não tem capacidade de cuidar das suas penitenciárias

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) voltou a cobrar, na sessão desta quinta-feira (18), o governo Roseana Sarney pelo estado de insegurança em que vivem os maranhenses com mais uma crise no Sistema Penitenciário. “O governo não consegue cuidar da Segurança Pública. As pessoas estão, a cada dia, mais amedrontadas e se trancando em casa, enquanto os bandidos estão soltos nas ruas”, disse.

Segundo Othelino, o governo do Maranhão não consegue prender os bandidos, conter a violência que só aumenta, em especial na Ilha de São Luís, e não tem capacidade de cuidar das suas penitenciárias. “A governadora não se sensibiliza. A exposição nacional também não adianta. Todos os telejornais mostraram aquela cena patética dos bandidos subindo o muro na frente da polícia. Roseana é incapaz, sequer, de tentar tirar o Maranhão da crise. Ela não aponta uma solução. Assiste a tudo num silêncio sepulcral”, frisou.

O deputado disse que foi triste para o Maranhão a tentativa de fuga, ao vivo, exibida pela Globo News, enquanto o repórter da Globo informava sobre o clima de tensão em Pedrinhas. “De repente, dois bandidos começaram a subir o muro e sair da penitenciária que é de segurança máxima. Olhem o que o governo Roseana Sarney está fazendo com o Maranhão”, comentou.

Bandidos nas ruas

Othelino disse que são diversos bandidos que estavam presos e agora estão nas ruas, somados aos outros que já aterrorizam a vida e tiram a tranquilidade dos maranhenses, enquanto o governo do Maranhão assiste apático ao que está acontecendo.

“O servidor que foi preso por suspeita de negociar a saída de presos pela porta da frente teve nomeação política. Ali, claro que era para ter um funcionário de carreira, numa função daquelas, mas não, ele teve nomeação política e lá foi pego pela Polícia Civil, vendendo a saída de presos. É um governo que não tem o menor controle, a menor responsabilidade com o Sistema de Segurança Pública do Maranhão”, disse Othelino.

TSE aprova envio de tropas federais para 10 cidades do Maranhão

tropasO pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira (16) o envio de tropas federais para atuarem em 10 cidades do Maranhão durante as eleições deste ano.

No dia 4 deste mês, o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) aprovou o pedido dos juízes eleitorais para reforço na segurança das cidades com histórico de problemas nas eleições. como vandalismo, conflito com indígenas e até incêndio de urnas. O governo do Maranhão deu parecer favorável ao pedido.

Terão reforço de tropas federais as cidades de Alto Alegre do Pindaré, Barra do Corda, Benedito Leite, Fernando Falcão, Jenipapo dos Vieiras, Nova Olinda, Santa Luzia, São Mateus, Santa Luzia do Paruá e Zé Doca. 

TRE aprova pedido de tropas federais para 10 municípios do Maranhão

tropasOs juízos eleitorais dos municípios de Alto Alegre do Pindaré, Barra do Corda, Benedito Leite, Fernando Falcão, Jenipapo dos Vieiras, Nova Olinda, Santa Luzia, São Mateus, Santa Luzia do Paruá e Zé Doca requisitaram ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão envio de força federal para garantir a segurança e a ordem pública durante as eleições 2014.

A requisição foi deferida unanimemente nesta quinta-feira, 4 de setembro, após o relator do processo, desembargador Guerreiro Júnior (corregedor), proferir voto ratificando a necessidade do  reforço, destacando que o deferimento se faz pertinente “devido as situações conturbadas vivenciadas nessas localidades em pleitos anteriores, decorrentes de atos de vandalismo, incidentes envolvendo indígenas e confrontos entre grupos políticos locais, conforme noticiado pelos juízes eleitorais”.

Consultado previamente, o Governo do Estado considerou indispensável que, além das forças de segurança estaduais, fossem solicitadas forças federais para atuação nos municípios que já tenham apresentado ocorrências de tumultos e ações danosas ao patrimônio público e particular e, em outros, onde o acirramento da campanha comprometa a segurança e a tranquilidade do pleito.

O pedido agora será encaminhando pelo TRE-MA ao Tribunal Superior Eleitoral que, em sessão, aprovará ou não o envio das tropas aos municípios relacionados acima.

Flávio Dino propõe o “Pacto pela Vida” para redução de crimes no Maranhão

FlavioDinoO candidato a governador do estado Flávio Dino (PCdoB) defende a implantação do Pacto pela Vida no Maranhão como forma de reduzir os índices de violência. Essa é uma das propostas apresentadas no Programa de Governo, que destaca também a valorização das equipes do sistema de segurança. O elenco de ações para a área tem como norte o incentivo ao acesso à educação e tem como objetivo garantir mais qualidade de vida aos maranhenses.
“Há medidas já testadas que são possíveis de implementação no Maranhão; exemplo é o Pacto pela Vida, elaborado pelo governo de Pernambuco. Ponto principal do Programa são as metas, um sistema de metas regionalizadas, acompanhadas por toda a sociedade”, explicou Flávio Dino.
Com o Pacto pela Vida, o Maranhão será dividido em Áreas Integradas de Segurança, que receberão recursos e efetivo policial de acordo com suas necessidades. Cada uma dessas áreas terá uma meta de redução de crimes, que será acompanhada diretamente pelo governador em reuniões mensais com as Polícias Civil e Militar, na presença de líderes políticos e comunitários de cada região. A iniciativa terá articulação permanente com o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Assembleia Legislativa, os municípios e a União.
O modelo é destaque entre os estados do país, uma vez que Pernambuco, em 2013, foi o que mais reduziu o número de homicídios no Brasil. Em São Luís, o número aumentou para mais de mil, segundo dados do Ministério Público. Dados oficiais são na ordem de 800, quase 900 homicídios, o que a colocou como a 15ª cidade mais violenta do mundo.
O especialista em Segurança Pública Jefferson Portela avalia que o próximo governo deve trabalhar a recuperação dos direitos do cidadão. Ele destacou que a falta de políticas públicas de educação, saúde, bem como de infraestrutura nas cidades também interferem nos índices de segurança.
“Um governo de um novo tipo deve considerar que todo problema estrutural é um problema de segurança pública. O Estado precisa de um grande pacto de resgate da cidadania maranhense. O governo que vai mudar essa realidade social deve pensar nisso, através do respeito do poder público para o cidadão e a cidadã maranhense”, analisou Portela, que é delegado da Polícia Civil do Maranhão.
Entre os problemas destacados por ele e que precisam ser trabalhados está a recomposição do contingente de policiais para o número que a ONU aponta como ideal. O ideal é de um policial a cada 250 habitantes. No Maranhão, há um para casa 822 habitantes – o pior índice do país.
Flávio Dino propõe dobrar o número de policiais militares no estado, como uma das metas do Programa Segurança para Todos. “Nossas metas são objetivas para poderem ser cobradas e auditadas. Todas as metas têm começo, meio e fim, têm sentido prático. Sobre os direitos, me refiro, por exemplo, ao fim do RDE – Regulamento Disciplinar do Exército -, que é aplicado no Maranhão. Nós temos o compromisso de revogar o RDE, substituindo por um Código de Ética votado na Assembleia Legislativa para que tenhamos uma polícia cidadã e uma polícia a serviço da comunidade”, considerou Dino.
As ações previstas para a área de Segurança envolvem, além da ampliação do investimento em equipamentos, Polícia Científica e Inteligência, a motivação das equipes do sistema de segurança. A proposta traz ainda o aumento da remuneração compatível com a necessidade; respeito à jornada de trabalho e demais direitos trabalhistas.

Mais segurança

Por Flávio Dino

flavio-dino1O Maranhão precisa de união para superar antigos problemas, que se acumularam ao longo de décadas em que o Governo do Estado deixou de investir em políticas que garantam mais qualidade aos serviços públicos.

Acompanhamos diariamente a banalização das tragédias, sobretudo no que diz respeito à insegurança que mudou a rotina dos maranhenses. Por falta de um Poder Executivo eficiente e que compreenda a necessidade de reformular o sistema de Segurança Pública no estado, estamos assistindo a uma crescente onda de criminalidade. Um estudo divulgado este mês pelo Ministério Público Estadual apontou que, de janeiro de 2013 para janeiro de 2014, houve uma elevação em 44% no número de mortes violentas na Ilha de São Luis. Em fevereiro, essa proporção foi elevada a 69%.

Esses dados demonstram que a política de segurança do Maranhão está no caminho errado. Andando por todo o nosso imenso e belo território, tenho ouvido relatos sobre a falta de efetivo no aparato de segurança e acerca da carência de condições materiais para os policiais. Esses relatos preocupam e nos mostram que é preciso que o Governo do Estado tenha ações mais efetivas no combate aos crimes em todas as suas vertentes.

O primeiro passo para superar esse déficit é aumentar o números de policiais em atividade no Maranhão. Afinal, nenhuma política de segurança pode ter resultados eficazes sem que haja policiamento nas ruas, com agentes estimulados para a nobre atividade de cuidar bem das pessoas. Com metas para a redução de crimes, premiando os melhores resultados e com o acompanhamento direto do Chefe do Executivo Estadual, podemos dar um grande salto em nome da paz no Maranhão.

Ouvindo a população e especialistas na área, estamos propondo uma política pública transversal e integrada, envolvendo todas as instâncias do Estado e também as comunidades,  em um grande Pacto pela Vida. Queremos que Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa, Municípios, Estado e União ajam articulados na prevenção e repressão do crime no Maranhão, compartilhando informações que ajudem a desbaratar os centros de articulação do crime organizado.

Ademais, temos que valorizar e respeitar os servidores do sistema de segurança, civis e militares. Tendo sido juiz por 12 anos, cuidando inclusive de processos criminais na esfera federal, bem sei a importância das Policias para que bons resultados possam ser produzidos. Lembro-me bem de casos contra quadrilheiros de vários tipos, inclusive de “colarinho branco”, que só foram esclarecidos pela ação eficaz da Polícia que atuava conosco, no caso a Polícia Federal.

O Maranhão quer ser notícias com coisas boas.  O que nos move é a confiança de que, com autoridade e honestidade, é possível implantar em nosso estado um modelo eficaz de Segurança Pública, que chegue a todos os municípios, com mais policiais e mais estrutura de trabalho. Tenho fé que um Maranhão mais seguro é possível.

TRE e PM preparam ações de segurança para eleições 2014

TRE-MA-reuniao-pmmaMedidas preventivas de segurança para as Eleições 2014 começaram a ser traçadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão na tarde desta terça-feira (6), durante reunião do desembargador Froz Sobrinho (presidente) com a cúpula do comando da polícia militar. Estão ainda programadas reuniões com as polícias federal e civil, corpo de bombeiros e exército.

Logo neste primeiro encontro ficou decidido: em 2014, o TRE-MA irá repetir a estratégia usada em 2012 que criou gabinete de crise para tratar especificamente das atividades relativas à segurança de eleitores, juízes e servidores. 

“Queremos intensificar no eleitor a certeza de que é ele o responsável pelo resultado da eleição e começamos a cumprir com nossa parte, que é a de garantir que o eleitor possa exercer esse direito sem interferências. É por isso que vamos trabalhar novamente em conjunto com as forças de segurança”, observou o presidente.

O coronel Zanoni Porto, comandante da PMMA, lembrou: “este ano o efetivo da corporação está maior em todos os municípios devido ao ingresso de novos 1.800 policiais, recém-nomeados pelo Governo do Estado. Significa que estamos melhor estruturados e poderemos prestar um serviço mais à contento para a sociedade”. 

Participaram ainda os desembargadores eleitorais Alice de Sousa Rocha e José Eulálio Figueiredo de Almeida (ouvidor), o juiz auxiliar Sebastião Bonfim (Corregedoria), o diretor-geral Gustavo Campos, e assessores.

Até Rogério Cafeteira cobra do governo nomeação de policiais

Governista cobra duramente nomeação de policiais

Governista cobra duramente nomeação de policiais

Nem os deputados governistas estão aguentando a falta de providências do governo do estado com a insegurança, sendo que existem policiais que fizeram o curso de formação e não foram nomeados: ou seja, pura falta de interesse. O deputado estadual Rogério cafeteira (PSC) foi á tribuna da Assembleia Legislativa cobrar a nomeação dos excedentes do concurso público que passaram pelo curso de formação.

Rogério Cafeteira informou que foram disponibilizadas 40 vagas para São João dos Patos e encaminhados pela gestora do concurso 45 aprovados. Segundo ele, os 45 candidatos fizeram curso de formação, foram formados, receberam fardamento, foram para as ruas trabalhar por mais de 30 dias, mas apenas 40 foram nomeados.

O parlamentar garante que já tentou resolver o problema, procurando a Secretaria de Administração, mas foi informado de que era um procedimento normal formar 45 e nomear apenas 40, porque poderia haver alguma desistência, reprovação e assim já teria os substitutos imediatos e não se perderia mais tempo.

“Concordei porque eles sabiam que eram apenas 40 vagas. O que não passa na cabeça de ninguém é que como isso foi feito. Colocaram 5 policiais a mais nas ruas, mesmo sabendo que estes não podiam fazer policiamento? Se um desses policiais é morto ou mata alguém numa operação, como ficaria isso?”, questiona.

Ele ainda foi mais duro, afirmando que os parlamentares deveriam apoiar a greve dos policiais. “Temos que apoiar a PM na questão da greve e para nomear os excedentes do concurso”, afirmou.

Cafeteira fez um apelo a Ricardo Murad, para que o secretário preencha as 1,8 mil vagas disponibilizadas pelo concurso da Polícia Militar ainda não foi preenchidas. “Temos que nomear os excedentes aprovados e formados para trabalhar e trazer mais segurança para o Maranhão”, solicitou.

Pedrinhas com duas mortes em menos de 24 horas

pedrinhasO sistema penitenciário do Maranhão continua em crise. Neste final de semana foram duas mortes em menos de 24 horas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Um detento identificado como Wesley Sousa Pereira foi encontrado morto na tarde deste domingo (13) no Presídio São Luís I.

Wesley foi preso por tráfico de drogas e foi encontrado enforcado. No sábado, o detento João Altair Oliveira Silva foi encontrado morto pelos monitores no corredor da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), com perfurações pelo corpo.

Com essas mortes, chegam a seis o número de mortes somente no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.