PP corta fundo partidário de Waldir Maranhão; deputado ameça

waldirÉpoca – O deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA) está possesso com a cúpula de seu partido, em especial com o presidente Ciro Nogueira. Tudo porque Nogueira, como forma de retaliar Maranhão por não ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff, decidiu privá-lo do dinheiro do fundo partidário. Maranhão contava com os recursos, cerca de R$ 700 mil, para ajudar seus correligionários no estado nordestino. Agora Maranhão, que foi presidente estadual da legenda, pensa até em acionar a Justiça para ter acesso ao dinheiro.

O assunto já chegou ao Palácio do Planalto – e preocupa. Isso porque Maranhão deverá ser presidente interino da Câmara novamente, no começo de setembro, quando Rodrigo Maia substituir Michel Temer, que viajará para a China. Foi Maranhão quem cogitou pôr o processo de impeachment de Temer para andar na Câmara.

Procurador da República diz que Sarney, Renan e Temer ameaçam a Lava Jato

Coordenador da Força-tarefa da Lava Jato

Deltan Dallgnol é Coordenador da Força-tarefa da Lava Jato

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, disse ser “possível e até provável” que as investigações do maior escândalo de corrupção do País acabem. “Quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República”, afirmou.

Dallagnol disse que as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o ex-presidente José Sarney (AP) e o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (RR), todos da cúpula do PMDB, expuseram uma trama para “acabar com a Lava Jato”. “Esses planos seriam meras especulações se não tivessem sido tratados pelo presidente do Congresso Nacional”, disse o procurador.

Os áudios do delator Sérgio Machado tornados públicos pela imprensa mais uma vez revelam movimentos para tentar interferir nos andamentos da Operação Lava Jato. As investigações correm algum risco?

As investigações aproximaram-se de pessoas com poder econômico ou político acostumadas com a impunidade. É natural que elas reajam. Há evidências de diferentes tipos de contra-ataques do sistema corrupto: destruição de provas, criação de dossiês, agressão moral por meio de notas na imprensa ou de trechos de relatório de CPI, repetição insistente de um discurso que aponta supostos abusos jamais comprovados, tentativas de interferência no Judiciário e, mais recentemente, o oferecimento de propostas legislativas para barrar a investigação, como a MP da leniência (medida provisória que altera as regras para celebração de acordos entre empresas envolvidas em corrupção e o poder público). Tramas para abafar a Lava Jato apareceram inclusive nos áudios que vieram a público recentemente. A Lava Jato só sobreviveu até hoje porque a sociedade é seu escudo.

É possível um governo ou o Congresso pôr fim à Lava Jato?

É, sim, possível e até provável, pois quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República. À medida que as investigações avançam em direção a políticos importantes de diversos partidos, a tendência é de que os que têm culpa no cartório se unam para se proteger. É o que se percebe nos recentes áudios que vieram a público. Neles, os interlocutores dizem que alertaram diversos outros políticos quanto ao perigo do avanço da Lava Jato. É feita também a aposta num “pacto nacional” que, conforme também se extrai dos áudios, tinha como objetivo principal acabar com a Lava Jato. Não podemos compactuar com a generalização de que políticos são ladrões, porque ela pune os honestos pelos erros dos corruptos e desestimula pessoas de bem a entrarem na política. Contamos com a proteção de políticos comprometidos com o interesse público, mas não podemos menosprezar o poder das lideranças que estão sendo investigadas.

Curitiba foi comparada à “Torre de Londres” nas gravações. É justa a comparação?

A comparação é absolutamente infundada. A Torre de Londres foi usada para a prática de tortura. Na tortura, suprime-se o livre arbítrio da vítima e se extrai a verdade por meio de tratamento cruel. Na colaboração, respeita-se o livre arbítrio de quem, quando decide colaborar, recebe um prêmio. Mais de 70% dos colaboradores da Lava Jato jamais foram presos. Nos casos minoritários em que prisões antecederam as colaborações, eram estritamente necessárias e não tiveram por objetivo a colaboração, mas sim proteger a sociedade, que corria risco com a manutenção daquelas pessoas em liberdade.

O que o conteúdo dos áudios demonstra, na sua opinião?

Os áudios revelam um ajuste entre pessoas que ocupam posições-chave no cenário político nacional e, por isso, com condições reais de interferir na Lava Jato. Discutiram concretamente alterar a legislação e buscar reverter o entendimento recente do Supremo que permite prender réu após decisão de segunda instância. Eles chegam a cogitar romper a ordem jurídica com uma nova Constituinte, para a qual certamente apresentariam um bom pretexto, mas cujo objetivo principal e confesso seria diminuir os poderes do Ministério Público e do Judiciário. Esses planos seriam meras especulações se não tivessem sido tratados pelo presidente do Congresso Nacional, com amplos poderes para mandar na pauta do Senado; por um ex-presidente com influência política que dispensa maiores comentários; por um futuro ministro (do Planejamento) e na presença de outro futuro ministro, o da Transparência (Fabiano Silveira, também nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer e já fora do governo). Quando a defesa jurídica não é viável, porque os fatos e provas são muito fortes, é comum que os investigados se valham de uma defesa política. Agora, a atuação igualmente firme contra pessoas vinculadas a novos partidos, igualmente relevantes no cenário nacional, reforça mais uma vez que a atuação do Ministério Público é técnica, imparcial e apartidária. Não vemos pessoas ou partidos como inimigos. Nosso inimigo é a corrupção, onde quer que esteja, e, nessa guerra, existe apenas um lado certo, o da honestidade e da justiça.

As informações são do Jornal O Estado de São Paulo.

Política maranhense em notas

Prefeito diz que foi ameaçado

sidneypereiraanajatubaAnajatuba foi alvo de escândalo nacional e o prefeito Helder Aragão está preso em Pedrinhas. O novo prefeito da cidade, Sidney Pereira, reuniu a imprensa para falar sobre suas expectativas  e próximas ações no município. Ele disse que irá tocar o município sem medo das ameaças. Ao ser questionado se estaria sendo ameaçado, disse que já foi várias vezes, mas preferiu não entrar em detalhes. Sidney disse que já levou as demandas emergenciais do município ao secretário Márcio Jerry e tem todo o apoio do governo estadual para mudar a realidade do município.

Marcelo Tavares em casa

marcelotavaresO ex-presidente da Assembleia Legislativa e hoje secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, visitou a Assembleia Legislativa nesta terça-feira (10). Muito à vontade no ambiente que conhece bem, Tavares conversou com jornalistas e deputados, mais de oposição. Ele disse que foi apenas em uma visita de cortesia, até por saudade do ambiente e embora considere difícil uma eleição em 2018 pelo atual cenário eleitoral, não descarta uma candidatura para retornar na próxima legislatura.

Entrevista com Márcio Jerry 

20151110_093250O entrevistado desta terça-feira (10) do programa Avesso, da TV Guará, é o Secretário Estadual de Assuntos Políticos, Marcio Jerry. Ele fala sobre a atuação do governo do estado, do cenário nacional e fala da sucessão municipal, com as eleições do ano que vem. Sobre o sistema de saúde do governo passado, Márcio disparou: “A saúde pública do Maranhão viveu um grande engodo, em que se privilegiou a construção de prédios e se teve total descaso com o sistema de saúde em si. […] Um ex ministro da saúde disse que nós temos dois SUS no Brasil: um do Brasil inteiro e um que foi criado no Maranhão e que inexiste”. O programa vai ao ar às 22:30.

CCJ analisa MP do concurso 

ccjA Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Assembleia Legislativa indicou, nesta terça-feira (10), o relator para a Medida Provisória (MP) do Governo do Estado que trata da abertura de concurso para professor, em torno de 1,5 mil vagas. O relator vai ser o deputado e presidente da CCJ, Marco Aurélio (PCdoB), e o parecer vai ser analisado nos próximos dias. A CCJ também analisa projeto de autoria do Poder Executivo que altera o sistema tributário estadual. Medida que visa aumentar a arrecadação e enfrentar a crise econômica.

Mais transparência no DO

rodrigolagoA Secretaria de Estado de Transparência e Controle editou uma Instrução Normativa para regulamentar a forma de publicação de resenhas de contratações no Diário Oficial do Estado. A regulamentação se deu a partir da necessidade de padronizar as publicações. O padrão mínimo de informações necessárias alcançará os extratos de termos de contratos, convênios e outros. Assim, é possível mais controle e maior transparência a seus atos. A medida entrará em vigor no próximo dia 21 de novembro. “Seguramente, é uma forma de prevenção à corrupção, uma meta exigida pelo governador Flávio Dino”, frisou o secretário Rodrigo Lago.

Almeida acusa Leitoa de superfaturamento

alexandreO deputado Alexandre Almeida acusou seu desafeto, o prefeito de Timon, Luciano Leitoa, de superfaturamento produtos fornecidos pela Norte e Sul Alimentos para uso da merenda escolar. De acordo com Almeida, os valores máximos de muitos produtos estabelecidos na licitação foram superados e os demais ficaram exatamente no máximo, quando na licitação deveria ter sido garantido o menor preço. Uma lata de milho verde teria sido comprada por R$ 11,50. O primo do prefeito, deputado Rafael Leitoa, não subiu à tribuna para defender Luciano.

CPI é protocolada na Assembleia e Andrea ameaça

A CPI da Saúde foi protocolada pelos deputados Rafael Leitoa e Fernando Furtado. A Comissão contou com mais uma assinatura antes de ser protocolada: do deputado Josimar de Maranhãozinho (PR), encerrando com 29 assinaturas.

Em tom de chantagem, a deputada Andrea Murad afirmou na tribuna que só iria se manifestar após o despacho do presidente Humberto Coutinho.

O clima deve esquentar nos próximos dias.

Assinaram a CPI:

Rafael Leitoa (PDT)

Fernando Furtado (PCdoB)

Othelino Neto (PCdoB)

Rogério Cafeteira (PSC)

Marco Aurélio (PCdoB)

Humberto Coutinho (PDT)

Eduardo Braide (PMN)

Glalbert Cutrim (PRB)

Ana do Gás (PRB)

Edson Araújo (PSL)

Carlinhos Florêncio (PHS)

Stênio Rezende (PRTB)

Rigo Telles (PV)

Zé Inácio (PT)

Ricardo Rios (PEN)

Fábio Macedo (PDT)

Paulo Neto (PSDC)

Raimundo Cutrim (PCdoB)

Valéria Macedo (PDT)

Vinicius Louro (PR)

Junior Verde (PRB)

Edvaldo Holanda (PTC)

Sérgio Frota (PSDB)

Fábio Braga (PT do B)

Francisca Primo (PT)

Welington do Curso (PPS)

Levi Pontes (SD)

Cabo Campos (PP)

Josimar de Maranhãozinho (PR)

Bira pede Audiência Públicapara discutir situação da Comunidade do Cajueiro

Bira-do-pindareNa tarde desta quarta-feira (29) a Associação de moradores da comunidade do Cajueiro, na zona rural de São Luís, promoveu uma grande audiência pública e o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) mais uma vez esteve presente, garantido total apoio a luta dos moradores da localidade.

 

Na oportunidade, a população local mais uma vez relatou os conflitos causados devido à construção de um terminal portuário da empresa WPR na localidade. A Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMA) conduz um processo para emissão da concessão de licença ambiental que a empresa ainda não possui.

 

De acordo com Bira, a SEMA, de maneira muito estranha, levou uma audiência pública para dentro do Comando da Polícia Militar. Distante da comunidade, dificultando o acesso da comunidade. O parlamentar entente a atitude como uma ação clara de intimidação.

 

“E não consigo entender por que essa pressa toda da SEMA em querer conceder essa licença ambiental, exatamente agora no apagar das luzes de um governo. Nós temos outro governo que assume a partir do dia 1º de janeiro. Não tem por que ter essa pressa toda”, protestou Bira.

 

O Porto está orçado em R$ 800 milhões e para o parlamentar, uma obra desta envergadura, precisa ter transparência, fundamentação e tem que ser motivo de debate entre a empresa, o poder público e a comunidade. As placas de propriedade particular e a vigilância particular que foram colocadas dentro da comunidade estão coagindo os moradores a aceitar indenizações oferecidas pela WPR.

 

O socialista apelou à Governadora para que se suspenda o processo e para que a comunidade seja ouvida na Assembleia Legislativa em uma Audiência Pública, no dia 19 de setembro, às 14h30. Bira afirmou que convidará para a audiência o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Secretaria de Patrimônio da União, o ITERMA que concedeu o título de posse para essas comunidades, desde 1998, assinado pela governadora Roseana Sarney.

 

“Como é que este mesmo governo que deu o título de posse, o título de propriedade para comunidade do Cajueiro agora resolve retirar. Não tem sentido; é preciso que se discuta. Inclusive, nós temos que discutir a forma de aquisição desse terreno, porque há uma dúvida na comunidade se a aquisição se deu em bases legais”, afirmou Bira.

Astro de Ogum diz ter sido ameaçado por funcionários fantasmas

astrodeogumAo fazer abertura da sessão ordinária desta quarta-feira, (27), na Câmara Municipal de São Luís, o presidente em exercício Astro de Ogum (PMN), disse que recebeu ameaças em seu telefone celular, assim como também teria recebido o presidente Isaias Pereirinha (PSL) e alguns diretores da Casa. “Não tenho medo de qualquer tipo de ameaça, e adianto que já estamos tomando as providências que cabem ao caso”, afirma ele.

As ameaças seriam em virtude do enxugamento que a Câmara está realizando, segundo Astro, detectando funcionários que recebem sem trabalhar. Astro disse que os servidores estatutários já receberam seus vencimentos e que os comissionados e funcionários de gabinetes recebem nesta quarta-feira (27). “Nossa preocupação é com o servidor que efetivamente trabalha, pois nós sabemos exatamente quem está aqui todo dia, e, no momento, a nossa principal preocupação é com o pagamento do 13º salário de quem realmente trabalha”.

Astro deu a entender que existem funcionários que não trabalham na folha de pagamento, garantindo que estes estão sendo excluídos, por isso a ameaça. “Nós sempre estivemos trabalhando com honestidade e seriedade, e tendo como preocupação permanente aquele que trabalha. Nós vamos adotar medidas sim sempre para valorizar quem trabalha”.