Março de 2014. Toque de recolher fechava o comércio da cidade ainda sob a luz do dia. Ônibus fora de circulação. Cenas dantescas de decapitação em Pedrinhas tomando o mundo. E o líder do clã Sarney arranjou tempo para dar uma entrevista para sua emissora, a Rádio Mirante, para acalmar os cidadãos. “Aqui no Maranhão, nós conseguimos que a violência não saísse dos presídios para a rua”, disse.
A crítica dos então oposicionistas, liderados pelo então pré-candidato e hoje governador Flávio Dino, eram exageros, na visão de Sarney. A “festa” de Sarney foi ridicularizada pela imprensa nacional.
Mais de dois anos depois, vem a comprovação de seu escárnio em dados. Não só a violência havia ultrapassado os limites das celas, como São Luís era, naquele ano, a capital mais violenta do país.
O mapa da violência usou dados do IBGE e do Ministério da Saúde de 2014 para mostrar a evolução da violência em estados e municípios brasileiros.