Porto do Itaqui e turismo nos Lençóis são destaques na imprensa nacional

O Maranhão é destaque hoje em dois dos principais jornais do país, a ‘Folha de S.Paulo’ e ‘O Estado de S. Paulo’, que abordam os investimentos no Porto de Itaqui e o potencial turístico do estado.

A Folha publica que o porto vai receber R$ 1,3 bilhão em aportes nos próximos dois anos, segundo estimativa da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). A informação é o destaque do ‘Mercado Aberto’, principal coluna de economia do jornal paulista.

A coluna conta que a maioria dos investimentos (75%) será da iniciativa privada, que gerencia cinco terminais no porto. A Folha diz ainda que vai haver licitação para reformas de modernização geral, ampliação de docas e novos radares, no valor de R$ 300 milhões.

O Porto de Itaqui vai ser destaque hoje na edição 2017 da ‘Intermodal South America’, a maior feira de logística, transporte e comércio exterior da América Latina. O Governo do Maranhão vai apresentar a executivos, empresários, imprensa e público especializado as vantagens e diferenciais do porto.

Turismo

O Estadão dá a capa do caderno de turismo para os Lençóis Maranhenses. São várias dicas e sugestões para aproveitar as dunas, as lagoas e diversas outras atrações.

O jornal conta que é possível aproveitar as belezas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses até na baixa temporada: “Fato é que, mesmo em menor quantidade e com níveis mais baixos, os oásis de tons esverdeados, azuis ou amarronzados cristalinos estão lá, cavando seus espaços em meio a uma paisagem predominantemente bege. Além disso, algumas lagoas nunca chegam a secar, caso da Espigão e do Peixe”.

Rogério dá aula de liberdade de imprensa a Eduardo Braide: “somos pessoas públicas”

rogeriocafeteiraO deputado estadual e líder do governo Rogério Cafeteira (PSB) rebateu o deputado e candidato derrotado em São Luís, Eduardo Braide (PMN). Braide voltou a atribuir sua derrota ao que chamou de “perseguição” da imprensa, quando sua vida pregressa foi exposta. Também atacou o governador Flávio Dino por suposto uso da “máquina” para a vitória de Edivaldo.

Cafeteira afirmou que Braide deve saber receber críticas, por ter uma vida pública. “Temos que ter humildade de receber a crítica daqueles que estão ali, de blogueiros e de jornalistas. Nós somos pessoas públicas e por isso temos que responder por nossa história de vida. A nossa história de vida não começou hoje e se você quer ocupar um cargo público você tem obrigação de dar esclarecimento sobre sua história, essa é a verdade. O que não podemos nunca aceitar, deputado Othelino, é tentar calar a imprensa, tentar pedir cabeças de jornalistas e de blogueiros quando falam mal de nós”, afirmou.

Sobre “máquina”

Rogério também falou sobre a acusação de Briade de uso de máquinas. Ele lembrou que a maioria dos prefeitos que tentaram a reeleição perdeu. Rogério afirmou que em Caxias, mesmo com as parcerias e obras do governo na cidade, o prefeito não se reelegeu. “A grande maioria dos prefeitos que concorreu à reeleição perdeu. Criticar parcerias, eu acho que é direito de estrebuchar, mas isso aí ninguém pode tirar. Eu vi deputado Humberto, Presidente, tendo seu sobrinho concorrendo em Caxias, será que para o deputado Eduardo Braide vale a mesma máxima? E lá mesmo assim não deu certo. Será que lá a máquina também trabalhou? Nós temos que ter humildade de receber o resultado das urnas”.

Lula diz que condução foi show de pirotecnia: “Não vou baixar a cabeça”

G1 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na tarde desta sexta-feira (4) que se sentiu “prisioneiro” por ter sido levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal. Ele depôs no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo e, em seguida, foi à sede nacional do PT, no Centro da capital paulista, onde fez um pronunciamento.

O presidente afirmou ainda que “acertaram o rabo da jararaca”, mas “não mataram”. E também falou sobre a presidente Dilma Rousseff: “Não permitem que a Dilma governe esse país”.

Lula é alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, que foi deflagrada nesta sexta. Além do depoimento, foi realizada busca a apreensão em sua casa, na sede do Instituto Lula e outros locais ligados ao petista. Investigadores suspeitam que o ex-presidente tenha recebido vantagens indevidas de empreiteiras suspeitas de desvios na Petrobras.

Depoimento na PF
“Me senti prisioneiro hoje de manhã”, afirmou diante de militantes. “Já passei por muita coisa na minha vida. Não sou homem de guardar mágoa, mas nosso país não pode continuar assim. Nosso país não pode continuar amedrontado.”

Ele disse que “jamais se recusaria a prestar depoimento. Não precisaria ter mandado uma coerção”. “Era só ter convidado. Antes deles, nós já éramos democratas.” “Se o juiz [Sérgio] Moro e o Ministério Público quisessem me ouvir, era só ter me mandado um ofício e eu ia como sempre fui porque não devo e não temo”, declarou.

Lula faz pronunciamento na sede do PT em São Paulo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)Lula faz pronunciamento na sede do PT em São Paulo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

‘Cabeça erguida’
O ex-presidente voltou a dizer que é inocente e que está de “cabeça erguida”. “Fiquei indignado com esse processo de suspeição. Se a PF encontrar um real de desvio na minha conduta, eu não mereço ser desse partido”.

Ele afirmou que “não vai baixar a cabeça” e que, a partir da semana que vem, está disposto a discursar pelo país. “O que fizeram com esse ato hoje foi fazer com que, a partir da semana que vem, me convidem, que eu estarei disposto a andar esse país.”

Lula disse que “nem tudo está perdido” e ele e o partido vão “recomeçar”. “O que aconteceu hoje é o que precisava acontecer para o PT levantar a cabeça. […] O que aconteceu hoje, embora tenha me ofendido, me magoado… Eu me senti ultrajado. Se quiseram matar a jararaca, não mataram a jararaca, pois bateram no rabo, não na cabeça. Quero dizer que a jararaca tá viva.”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala durante coletiva de imprensa na sede do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo (Foto: André Penner/AP)O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala durante coletiva de imprensa na sede do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo (Foto: André Penner/AP)

Críticas à Justiça

Ele criticou parte da Justiça e disse que, por “prepotência e arrogância”, fizeram um show de “pirotecnia” com a deflagração da operação da Lava Jato (veja o vídeo abaixo).

“Enquanto os advogados não sabiam nada, alguns meios de comunicação já sabiam. É lamentável que uma parcela do Poder Judiciário brasileiro esteja trabalhando em associação com a imprensa.” E acrescentou: “Antigamente, você tinha a denúncia de um crime, ia investigar se existia e prender o criminoso. Hoje a primeira coisa que se faz é determinar quem é o criminoso”.

O ex-presidente Lula disse que a democracia precisa de “instituições fortes”. “É importante que os procuradores saibam que uma instituição forte tem que ter profissionais responsáveis.”

Cartunista maranhense tem charge premiada pela ONU

Aliny Gama, para UOL

Charge premiada na ONU

Charge premiada na ONU: Crítica ao sensacionalismo de grande parte da imprensa

Uma charge desenhada pelo cartunista maranhense Raimundo Rucke, 44, publicada no jornal “O Dia”, do Piauí, obteve o segundo lugar no prêmio Ranan Lurie Political Cartoon Awards, da ONU (Organização das Nações Unidas).

O resultado saiu no último dia 15. A imagem faz uma crítica à forma sensacionalista que a imprensa divulga as notícias.

No desenho, o dono de um cachorro manda o animal ir buscar o jornal. Porém, ao olhar a capa, o cão volta chorando sem trazer o pacote. Rucke disse que desenhou a imagem sugerindo a reação do animal ao ver uma notícia sobre violência.

“Pensei em desenhar algo ligado às notícias. Depois, cheguei a uma situação que expressasse bem a ideia da violência estampada na mídia. Foi aí que me veio a imagem do cachorrinho. Então, pensei como ele reagiria ao se deparar com uma notícia ou uma imagem muito chocante”, diz.

O cartunista avalia que sua charge é um desenho atual e atemporal ao mesmo tempo. “Ela serve para qualquer situação e qualquer época.”

A imagem foi publicada em setembro do ano passado, mas já havia sido premiada, em 2014, no Salão Internacional de Humor de Piracicaba (SP), na categoria “tiras”.

Os traços do cartunista são feitos com lápis e caneta em folhas de papel sulfite. Depois, os desenhos são digitalizados, coloridos e finalizados no Photoshop.

O cartunista maranhense Raimundo Rucke

Rucke nasceu em Coelho Neto (MA) e mora há 20 anos em Itu (interior de São Paulo). Ele desenha desde os oitos anos de idade, mas somente aos 17 anos, ao descobrir os trabalhos de Ziraldo, Henfil e Angeli, decidiu ser cartunista.

Já publicou diversos trabalhos em “O Pasquim 21”, criado por Ziraldo e Zélio Alves Pinto. Atualmente, o ele faz caricaturas para o jornal “A Federação”, de Itu. Além disso, colabora com o jornal “O Dia”.

Esta é a quarta vez que Rucke participa do concurso da ONU, mas a primeira que ele fica entre os três colocados. O cubano Aristides Hernandez Guerreiro levou o primeiro lugar e o americano Mike Luckovich, o terceiro lugar. Rucke receberá US$ 5.000 (R$ 20 mil).

O famoso cartunista americano Ranan Lurie dá o nome ao prêmio. Lurie participa da escolha dos ganhadores como presidente do júri junto do ator Jeff Bridges, conhecido pela atuação em trabalhos sociais, e de três ganhadores do Nobel da Paz: Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, Mikhail Gorbachev, ex-secretário geral do Partido Comunista da União Soviética, e Oscar Arias Sanchez, ex-presidente da Costa Rica.

EMA chama calúnia de crítica e mistura Ação do ano passado com críticas deste ano

Foto de manifestação de servidores do Judiciário casada com manchete de decisão contra calúnias: informação deturpada

Foto de manifestação de servidores do Judiciário casada com manchete de decisão contra calúnias: informação deturpada

Matéria do jornal O Estado do Maranhão sobre a decisão judicial em favor de Flávio Dino misturou “alhos com bugalhos”. Já na manchete do Jornal, o EMA cita que Flávio Dino barra na Justiça “quem o critica na Web”.

Ora, o governador é criticado diariamente na Web e, pelo cargo que ocupa, certamente será criticado diariamente até o final do mandato. Mas crítica é diferente de difamação e calúnia. Jamais a Justiça iria retirar do ar perfis das redes sociais simplesmente por crítica.

O EMA também misturou a Ação do ano passado, cuja decisão saiu este ano, com críticas que o governador recebe de servidores do Poder Judiciário. A Ação da qual Flávio saiu vitorioso diz respeito aos perfis fakes que o ridicularizavam e o satirizavam com inverdades, inclusive relacionadas à família do governador. O juiz Luiz de França Belchior foi taxativo ao afirmar na decisão que o nome de Flávio “permanece atrelado a vários perfiz falsos no Facebook, com todo tipo de notícia, não condizentes com a realidade dos fatos”.

Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. As críticas dos servidores do Judiciário estão na internet, o perfil criado para criticar o governador está lá, todos com seu direito de crítica e reclamação preservado, dentro dos limites Constitucionais da liberdade de expressão.

Jefferson Portela: “estão mandando me bater por prevenção”

Por Clodoaldo Corrêa e Leandro Miranda

Portela diz que R$ 300 milhões do BNDES para investimento na SSP sumiram

Portela diz que R$ 300 milhões do BNDES para investimento na SSP sumiram

A segurança pública foi o principal debate da sociedade maranhense na última semana. Com a problemática no centro da discussão, o secretário estadual de segurança, Jefferson Portela, concedeu entrevista com exclusividade aos Blogs Marrapá e Clodoaldo Corrêa e falou de todas as polêmicas envolvendo a pasta.

Portela admite que a segurança pública é o maior problema do Maranhão mas afirma que não se modifica a realidade de imediato, como ato de vontade do novo governo, mas que está sendo modificada pelas ações. Ele elencou as ações da pasta e lembrou que os números estão melhorando. O secretário atribui as críticas, em parte, à justa necessidade de segurança das pessoas, e por outro lado, “tem gente sofrendo por antecipação”, mandando “bater” por prevenção para tentar desanimá-lo na investigação da agiotagem.

O secretário fez uma grave revelação. R$ 300 milhões do empréstimo do BNDES destinados à segurança pública, não foram aplicados mesmo tendo sido liberados. Ele prometeu auditoria em todos os possíveis casos de desvio na pasta para que os responsáveis sejam punidos.

Sobre a possível reabertura do Caso Décio Sá, Portela disse não existir a possibilidade por parte da secretaria, pois foi concluído no âmbito da SSP ainda no governo anterior e já está no Judiciário. Mas qualquer cidadão que tenha algum fato novo, pode solicitar a reabertura ao Ministério Público.

O titular da SSP anunciou em primeira mão o investimento de R$ 3 milhões para comprar novas armas para as polícias do Maranhão e a descentralização das delegacias de São Luís. 

A segurança pública foi o ‘calcanhar de Aquiles’ do governo passado. Quais as principais dificuldades que o senhor encontrou ao assumir a pasta?

A primeira de ordem financeira, que interfere no conjunto de atividades que a gente desenvolve na política de segurança. A nossa gestão foi iniciada em 2 de janeiro e nós tivemos que pagar diárias atrasadas desde maio de 2014, atrasos no aluguel de helicópteros, dívidas do combustível das aeronaves, combustíveis das viaturas comuns, meses de atrasos no pagamento do telefone etc. É um passivo muito ruim, pois a gente já começa a fazer pagamentos no dia seguinte à posse, referentes ao exercício de 2014. Eram mais de R$ 12 milhões em débitos na Polícia Militar, R$ 28 milhões na SSP, R$ 4 milhões na Polícia Civil, além dos débitos no Corpo de Bombeiros. Um outro aspecto é que nós já no deparamos no início da gestão com um problema de pessoal. Um concurso em andamento em que não houve um chamamento. Nós tivemos que correr para fazer a convocação de um edital de 2012, sendo que a cada quatro convocados que fazem os testes de aptidão, três ficam reprovados. Nós queríamos formar 1000 pessoas para a academia de polícia, mas ainda não foi possível. A sociedade tem que saber que houve algo grave no Maranhão: pegaram um número de policiais, fizeram uma solenidade de incorporação à tropa, as pessoas foram fardadas e armadas, e colocadas nas ruas da capital para prestar serviço policial. Depois de alguns meses, essas pessoas foram mandadas embora, porque não foram nomeadas. É um fato grave que vou comunicar à Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão. Colocaram fardas em pessoas que não eram policiais.

A segurança pública tem sido muito criticada nos últimos dias. Este é o maior problema do governo Flávio?

JeffersonOlho1Esse é o maior problema do Maranhão. Alguns críticos ‘esquecem’ de alguns números. Em novembro de 2014, a região metropolitana de São Luís bateu o recorde nacional de homicídios, com mais de 150 mortes. Não acontecia isso há 20 anos. A realidade dos anos passados não poderia ser suprimida em um mês, como ato de vontade do novo governo. Essa realidade será mudada com trabalho. Hoje se fala em crise na segurança, mas as facções criminosas que executam pessoas e realizam assaltos não chegaram ao Maranhão em janeiro de 2015. Temos problemas, mas não são de hoje. Está sendo feito um grande esforço para ajustar a política de segurança. O governo Roseana contraiu um empréstimo de R$ 3,2 bilhões do BNDES para obras em 217 municípios. A SSP dispensou a equipe técnica encarregada de acompanhar as obras com estes recursos. A informação é que não se sabe onde foram aplicados R$ 300 milhões destinados a investimentos na Secretaria de Segurança. Eles foram destinados, mas não foram investidos na execução de obras. Contrataram um projeto para a construção da nova sede do IML por R$ 300 mil, que seria construída em cima de duas pistas da Universidade Federal do Maranhão. Como nós vamos dar andamento a uma obra que vai interditar a UFMA?! Existem obras de quarteis do interior que foram prorrogadas por quase 35 vezes, embora pagas quase que integralmente e os prédios ainda estejam no chão. Nós vamos auditar todos esses casos pela Secretaria de Transparência do Estado. Alguém tem que responder por isso.

Ao que o senhor atribui, então, as críticas e a sensação de insegurança que tem tomado os noticiários locais?

As críticas eu atribuo à democracia. As críticas das pessoas que estão em risco são legítimas e tem que ser atendidas pelo Estado. Trabalho três turnos por dia para atendê-las. Agora, uma crítica não tem credibilidade alguma: a daqueles que servem ao modelo anterior, que querem atacar a gente a qualquer custo. Coisa absurdas. Digo uma coisa e eles divulgam outra. Um determinado repórter me perguntou sobre o caso do Panaquatira. Depois, ele muda o conteúdo para o caso de confronto entre policiais e bandidos. Dei uma explicação técnica da doutrina polícia, não me referindo à situação do Panaquatira. Pegaram um trecho e disseram que a gente estava criticando o policial assassinado, criando uma onda de revolta na sociedade, injusta. Isso é desonestidade! Outra crítica injusta é não reconhecer o nosso trabalho dentro das condições que temos. Desde janeiro de 2015 apreendemos uma grande quantidade de drogas. Isso enfraquece financeiramente a marginalidade, que migra suas ações para adquirir recursos. Então, houve uma migração para os assaltos à ônibus, pois que ganhava dinheiro com drogas está tendo prejuízos.

Qual sua avaliação do pedido de intervenção federal proposto pelo deputado estadual Adriano Sarney?

Uma aberração jurídica. Isso é inexistente. Qual o fundamento jurídico da intervenção? É uma questão de certeza jurídica ou tem motivação política? É para tirar o governador do cargo? Agora é outra cassação no estado do Maranhão, com vestimentas de intervenção federal? A onda de crimes justifica? As estatísticas abertas na Secretaria de Segurança apontam para uma redução de muitos crimes no nosso estado. Claro que aconteceu um acirramento em outros aspectos que nós temos que analisar e combater. Já sabemos onde devemos focar o olhar, e vamos intervir. Há um império de comunicação que nos ataca diariamente de modo radical.

E qual a sua avaliação sobre as críticas relacionadas às operações de combate à agiotagem?

JeffersonOlho2 Nós prendemos uma quadrilha que desviou R$ 34 milhões do cofre da Universidade Virtual do Maranhão e a indagação é porque não prendemos todos os outros. Ora, apresentamos uma quadrilha que lesou o estado do Maranhão de forma muito grave. O montante de recursos desviados corresponde a um terço do valor destinado à formação através da Univima. Sabe o impacto social de uma ação dessa?! Não se vai dar importância à prisão destes bandido?! Na agiotagem, nós apresentamos os criminosos que agiram em determinadas cidades. Ao invés de perguntarem sobre os danos, querem saber por que todos os demais não estão presos. Cada pessoa é presa dentro de um determinado procedimento. Se é apurada a agiotagem em Dom Pedro, claro que nós vamos atuar sobre os envolvidos na cidade. Fazem de tudo para desviar a atenção da população e fazer parecer que tais ações não são importantes. Nós sabemos da importância de tirar das ruas os marginais que desviam recursos da merenda escolar, dos medicamentos, da moradia, surrupiando a qualidade de vida das pessoas do interior do estado.

Na semana passada, o ex-secretário Ricardo Murad acusou o senhor de “tocar o terror” nos vereadores de São Luís a mando do governador Flávio Dino. Como está o andamento do inquérito que investiga as suspeitas de agiotagem na câmara da capital?

Esse inquérito foi distribuído para uma vara do Poder Judiciário com um pedido de diligências. O procedimento está lá. Não sei como um cidadão desse pode dizer que a gente está ‘tocando terror’, pois não existe uma manifestação minha sobre isso. Tudo que for crime e estiver na esfera de conhecimento policial será investigado. Autoridade pública não ‘toca terror’ e nem têm medo de terrorista. Sou imune a tentativas de fazer medo. Quem não cometeu crime não vai ter medo de terror. Quem não cometeu crime na Câmara de São Luís, ou em qualquer lugar, certamente não teme. Se alguém cometeu, é acusado pela própria consciência.

E as contradições do caso que investiga a execução do jornalista Décio Sá? Há a possibilidade de reabertura do caso, como defende o ex-secretário de Segurança Raimundo Cutrim?

O caso Décio foi dado por encerrado na gestão anterior. O inquérito policial foi concluído antes da nossa chegada ao sistema. Não há elementos para reabrir um processo que já está no Judiciário. Qual o fundamento para isso? Qualquer um pode solicitar ao Ministério Público, comunicando fato novo que justifique a reabertura do caso. Qualquer um pode falar, mas oficialmente não recebi pedidos de reabertura do caso Décio.

Um dos grandes problemas de Pedrinhas no ano passado eram as facções criminosas que mandavam no sistema prisional do estado. Nunca mais se ouviu falar a respeito delas. Que medidas foram tomadas para conter a ação desses grupos?

Houve uma correção muito forte. Muitos presos estavam nos pátios da penitenciária, com celas sem grades. Os presos estavam presos e soltos ao mesmo tempo. Isso contraria a lógica do sistema prisional. Hoje estão todos nas celas. Isso foi importante para a contenção da violência interna e externa. A sociedade tem sentido isso.

Em sua opinião, as investigações sobre os inquéritos de agiotagem não andavam no governo passado?

JeffersonOlho3Tem gente sofrendo por antecipação. Mandando me bater por prevenção para tentar me desanimar. Estes processos são de 2012, vinculados à morte do Décio Sá. Então, a pergunta é: eles andaram ou não andaram? Foram retomados neste governo e nós temos o objetivo de finalizar todos estes procedimentos. Há algo grave por trás disso. Nós tínhamos a eleição de 2012, não é isso?! Grande parte dos cheques apreendidos com agiotas eram de prefeituras. Na ocasião, seria interessante que as pessoas daqueles municípios tomassem conhecimento que o seu gestor estava dando cheques para agiotas antes da eleição, para que a população pudesse fazer juízo eleitoral e decidir quem deveria ou não permanecer no cargo por conta desse desvio de recursos. Mas não deram andamento aos inquéritos. Por quê? Agora sou eu quem faço a pergunta.

Haveria a proposta de desarmar todos os policiais no período de folga?

Fiquei sabendo dessa informação por meio do que foi divulgado. É interessante como esses telepatas atribuíram isso à minha pessoa. Nunca ninguém falou disso comigo e eu nunca falei disso com ninguém. Tem até uma nota de repúdio me condenando por mandar desarmar os policiais, ao mesmo tempo em que eu estou comprando R$ 3 milhões em novas armas para as polícias do Maranhão. Esta foi a minha determinação. Como eu poderia, então, mandar desarmar a polícia? É uma crítica risível.

Quais as suas metas e investimentos previstos para a segurança pública?

JeffersonOlho4Não podemos ter policiais trabalhando em prédios indignos. Aqui no Maranhão corrigiram isso do modo mais estranho possível. Fecharam várias delegacias que funcionavam em prédios públicos. Ao invés de se gastar o recurso mantendo a qualidade do prédio público, deixavam o prédio público cair para tirar a delegacia de dentro. Hoje existem casas alugadas por preços exorbitantes onde funcionam três delegacias ao mesmo tempo. Vamos descentralizar as delegacias. Vamos modernizar a nossa frota, com viaturas compatíveis às nossas necessidades. Precisamos de carros fortes, não de carros de passeios pintados de viaturas. Vamos modernizar nossos equipamentos, revolucionando a comunicação policial do estado. Estamos implantando a comunicação digital, com controle em tempo real da localização da viatura. Em agosto, toda a região metropolitana de São Luís será coberta pela comunicação digital. Queremos criar um condomínio projetado para os nossos policiais, tirando estes das áreas de risco. Logo também teremos uma lei de promoções na Polícia Militar do Maranhão. São medidas para ajustar o sistema.

O perigoso clima de cerceamento à liberdade de imprensa na Assembleia

“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las”. O titular deste Blog segue como lema de vida o pensamento de Voltarie*. E é extremamente incômoda a situação atual da cobertura jornalística na Casa do Povo.

Nunca na história da Assembleia Legislativa do Maranhão se viu um clima tão tenso de cerceamento à liberdade de imprensa como o que está se criando por alguns deputados que não suportam críticas e procuram atacar quem lhe faz as críticas. Se o jornalista, blogueiro ou radialista ocupa algum cargo na Assembleia Legislativa, o deputado questionado pede “a cabeça” do jornalista, se ocupa cargo no governo, a tentativa de cerceamento é junto ao Executivo.

Rigo Teles, Wellington do Curso e até Andrea Murad, que defendeu a imprensa em discurso, já usaram do expediente para cercear o direito sagrado do jornalista se posicionar e criticar quando tem que criticar o agente público. Quem sentiu que sua honra foi atingida para além do fato jornalístico deve exigir retratação e buscar na Justiça seus direitos. Jamais pedir a “cabeça” de quem quer que seja.

É fato que a deputada Andrea Murad teve sua honra atacada por um blogueiro de forma que ultrapassa o limite do jornalismo e do que é de interesse público. Mas o caminho para a reparação é a Justiça e não a perseguição no ambiente de trabalho, inclusive pedindo a credencial do comitê de imprensa do blogueiro. O próprio titular deste Blog já foi atacado por este blogueiro, mas é parte do jogo democrático.

E o grupo do Whatsapp dos deputados está servindo muito mais pra questionar a atuação jornalística do que discutir as atuações na Casa. Como disse Paul Valéry, “Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador”.

*Alguns autores negam que a frase que inicia este texto tenha sido proferida pelo escritor francês. 

Mais um acinte à liberdade de imprensa no Maranhão

camaraportofrancoDepois da Câmara Municipal de Araioses tentar decretar a proibição da entrada de jornalistas no parlamento (decisão derrubada pelo Tribunal de Justiça), agora foi a Câmara Municipal de Porto Franco que resolveu por Decreto proibir a gravação das sessões plenárias do parlamento.

Leia também: Justiça declara ilegal proibição da entrada de jornalistas na Câmara de Araioses

Os vereadores de Porto Franco não querem o registro das sessões de Câmara, que constitucionalmente devem ser públicas. É mais um caso que merece a intervenção do Judiciário para garantir a transparência e o direito da imprensa de acompanhar e gravar as sessões dos “representantes do povo”, que não podem querer votar nada sem a fiscalização e o registro dos representados.

Todos os parlamentos estaduais e o Congresso nacional caminham para a não existência mais de nenhuma sessão secreta. Na Assembleia Legislativa do Maranhão, já são proibidas as sessões secretas para qualquer tema.

A Mesa diretora da Câmara de Porto Franco assinou o ato dia 1º de abril. Espera-se que seja brincadeira do dia da mentira do presidente Josivan Júnior, e ele revogue o ato sem ser necessária a intervenção da Justiça.

camaraproibeimprensa

Imagem de homem com sapato na cabeça é dos Estados Unidos

Imagem do sapato na cabeça mais aberta publicada há três dias nos EUA

Imagem do sapato na cabeça mais aberta publicada há três dias nos EUA

O Portal Imirante publicou matéria ontem (17) onde apresenta uma imagem de um homem em um hospital com um sapato enfincado na cabeça. O site diz que o homem está no hospital Socorrão I e que a ex-mulher teria cravado o sapado ainda ontem (17). “Barrigada”.

A imagem circula nas redes sociais nos Estados Unidos pelo menos há 3 dias no perfil de Rick Navarro, no Google Plus. Na imagem mais aberta, fica claro que não é o Socorrão. O Blog entrou em contato com a secretaria municipal de Saúde, que confirmou que não existe paciente com esta característica na rede municipal de saúde.

A Barrigada é até aceitável, são coisas que acontecem com a geração do jornalismo de Whatsapp (publica o que chega no aplicativo de celular sem checar). Mas é estranho que o site do sistema Mirante tenha afirmado que conversou com médicos ouviu médicos plantonistas. Claro, como o caso não é verídico, não existe nenhum nome de médico e nem das pessoas envolvidas.

Notícia do Imirante: falsa!

Notícia do Imirante: falsa!

Justiça declara ilegal proibição da entrada de jornalistas na Câmara de Araioses

Presidente da Câmara de Araioses, júlio César, ignora liberdade de imprensa e proibiu entrada de jornalistas no parlamento

Presidente da Câmara de Araioses, júlio César, ignora liberdade de imprensa e proibiu entrada de jornalistas no parlamento

A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) entendeu que é ilegal a medida que proíbe a entrada de jornalistas na Câmara Municipal de Araioses, cujo presidente Júlio César (PT) fugiu da razoabilidade ao solicitar força policial para impedir o acesso da imprensa às dependências daquela casa legislativa.

Para o desembargador Lourival Serejo – relator do processo no colegiado – não foram apresentadas provas consistentes que justifiquem o posicionamento da Câmara Municipal em proibir, de forma impositiva, a atuação dos profissionais de jornalismo naquela casa legislativa, que sequer comprovou a existência de qualquer votação para deliberar acerca do fechamento das sessões à imprensa.
Para o magistrado, a medida não tem respaldo legal no ordenamento jurídico, tendo em vista que, em regra, as sessões da Câmara Municipal devem ser abertas ao público, considerando que o fechamento só deve ocorrer de forma excepcional, apenas na hipótese de existência de motivo relevante de preservação da corporação parlamentar.
E que a decisão sirva de lição para que nenhum presidente de poder volte a violar a liberdade de imprensa. E fica a pergunta: o que a Câmara queria aprovar escondido da imprensa?