Presidente eleito Lula é diplomado pelo TSE

O presidente e o vice-presidente eleitos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) foram diplomados nesta segunda-feira (12) no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A diplomação oficializa o resultado das urnas e o fim do processo eleitoral. Além disso, os diplomas habilitam o presidente e o vice eleitos a tomarem posse no dia 1º de janeiro de 2023.

A cerimônia foi aberta pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. Segundo o TSE, “por meio da diplomação, a Justiça Eleitoral declara que o candidato eleito está apto para a posse, que, por sua vez, é o ato público pelo qual ele assume oficialmente o mandato”.

A entrega dos diplomas “ocorre depois de terminado o pleito, apurados os votos e passados os prazos de questionamento e de processamento do resultado das eleições”, também de acordo com o TSE.

Lula é aconselhado a não interferir em disputas locais

Em conversa com aliados, o ex-presidente Lula tem sido aconselhado a não interferir nas disputas locais entre o PT e o PSB.

Apesar de fazerem parte de um mesmo palanque nacional, os dois partidos enfrentam dissidências em estados-chave como São Paulo. No maior colégio eleitoral do país, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) ainda não chegaram a um acordo para um palanque único da esquerda.

Nas conversas, os correligionários do petista reafirmaram que uma interferência de Lula nas disputas regionais pode comprometer tanto a eleição de aliados quanto a formação de bancadas federais dos partidos de esquerda. (O Antagonista)

Presidente do PSB descarta federação com PT

Na véspera da reunião com o PT, prevista para esta quarta-feira (9/3), o presidente do PSB, Carlos Siqueira, garantiu que não haverá federação com o PT. Siqueira compartilhou a avaliação na terça-feira (8/3), em conversa com o deputado estadual Bernardo Mucida, de Minas Gerais.

Segundo relatos, nesse encontro com Siqueira, Mucida disse que cogita sair do partido caso não ocorra a federação. Siqueira respondeu, então, que a federação já estava descartada.

A situação do PSB em Minas Gerais é delicada. Brigas internas podem levar a uma debandada da sigla no estado, que conta com três deputados federais.

Apesar de a federação com o PT estar descartada pelo presidente do PSB, os dois partidos devem estar juntos na forma de uma coligação, na chapa presidencial. Por esse desenho, Geraldo Alckmin se filiará em breve ao PSB e será vice na chapa de Lula.

Com isso, o PSB e o PT estarão juntos já no primeiro turno em parte dos estados. Em São Paulo, por exemplo, o impasse continua: o pessebista Márcio França cogita concorrer contra o petista Fernando Haddad pelo governo do estado.

PT, PSB, PV e PCdoB se reúnem nesta quarta-feira (9/3), para discutir uma federação entre essas siglas. As duas legendas menores, PV e PCdoB, devem se juntar ao PT na esperança de que a presença de Lula na campanha ajude os partidos a aumentar a bancada parlamentar e, assim, superar a cláusula de barreira.

Lula dá recado claro a Flávio Dino: no Maranhão, seu candidato é Weverton

Nesta quarta-feira, 19, durante entrevista para sites independentes, o ex-presidente Lula (PT) deu um recado claro ao governador Flávio Dino e descartou a possibilidade de apoiar Carlos Brandão (PSDB) para sucede-lo no Palácio dos Leões.

O PT e PSDB são rivais históricos e dificilmente dividirão o mesmo palanque.

“O Flávio Dino tem o candidato dele, que é o vice, que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB. Nós temos a candidatura do Weverton, então eles vão ter que se acertar lá para facilitar a nossa vida”, disse Lula.

Lula se irrita com anúncio de Flávio Dino pró-Brandão

O ex-presidente Lula ficou desapontado com o atual governador Flávio Dino por ter anunciado o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB) como sua preferência à sucessão.

Lula soube que Flávio faria o anúncio algumas horas antes da reunião e mostrou irritação com a definição.

O petista esperava que Dino anunciasse apoio ao senador e pré-candidato Weverton, que sempre foi aliado de Lula e esteve com ele nos piores e melhores momentos. Inclusive Lula contava que já estava acertado o acordo com o PDT porque já tinha avisado Flávio de sua preferência quando o governador falou do projeto Felipe Camarão.

Flávio, ainda, tenta filiar Brandão ao PSB, sigla que, nacionalmente, tenta uma federação com o PT. O governador vê a aliança como salvação para aliar o PT ao projeto Brandão. Mas pelo humor da direção nacional do PT ontem, a aliança não deve acontecer nem com a filiação do tucano ao PSB.

Lula deixa clara sua predileção por Weverton durante passagem pelo Maranhão

Nas agendas do ex-presidente Lula no Maranhão até o momento, ficou muito clara a forma como ele trata o senador Weverton Rocha, com carinho e preocupação de ele tenha posição de destaque nos eventos. Bem diferente da forma como trata o vice-governador Carlos Brandão com frieza e distanciamento.

Na direção nacional do PT, está claro que o partido irá com o Weverton. Mas Lula deixa para oficializar a decisão mais próximo do pleito, até em respeito a Flávio Dino.

Mas o presidente fez questão de dar todos os sinais ao governador. Ontem, durante o jantar no Palácio dos Leões, Weverton estava mais para um canto quando Lula foi até lá e levou para perto, fez questão de que o senador pedetista jantasse ao lado dele e do governador Flávio Dino, posou pra foto com o punho em riste com Weverton e Flávio em um sinal de que esta seria a chapa ideal.

Com Brandão, Lula tirou uma foto fria e constrangida.

Hoje, durante visita a obra do hospital da Ilha, novamente Lula foi ladeado por Weverton e Flávio e Brandão ficou de lado.

Lula vai deixando todos os sinais bem claros do que espera da eleição do Maranhão.

Lula chega amanhã ao Maranhão com intensa agenda política

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumprirá agenda no Maranhão. O que se sabe é que no dia 18, em São Luís (MA), Lula será recepcionado por Flávio Dino (PSB).

Espera-se também que ele se reúna com o senador Weverton (PDT), pré-candidato a governador. O PT local deve ir com Weverton com o aval do ex-presidente Lula.

Lula volta a percorrer o Brasil após 580 dias preso sem provas pela operação Lava Jato. O primeiro destino é o Nordeste, região onde o petista nasceu e onde seu partido obteve a maior proporção de votos nas últimas eleições.

Durante onze dias, Lula e sua equipe percorrerão seis estados: Pernambuco, Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia.

A programação inclui encontros com deputados e governadores de cada estado, além de movimentos populares e sindicais.

Diferentemente dos giros anteriores, não está previsto nenhum ato aberto ao público. É a primeira vez que o ex-presidente viajará ao Nordeste para compromissos políticos após recuperar sua elegibilidade.

Lula realiza caravanas de ônibus pelo Brasil desde os anos 1990. O objetivo, segundo os organizadores, é conhecer as demandas dos trabalhadores brasileiros e transmitir esperança.

A última edição ocorreu em 2018, pelos três estados da região Sul.

Pesquisa: Eleição polarizada entre Weverton/Lula X Roberto Rocha/Bolsonaro

Ontem, 29, foi divulgada uma nova pesquisa realizada pelo instituto Econométrica, onde mostra a polarização do senador Weverton e do senador Roberto Rocha.

No cenário estimulado com Roseana Sarney, a pesquisa mostra a ex-governadora liderando com 24,6%, mas a mesma já disse que não é candidata a governadora e disputará uma vaga de deputada federal.

Nos cenários sem Roseana, a situação se repete: o senador Weverton Rocha lidera e é seguido do senador Roberto Rocha, reproduzindo no Maranhão a polarização nacional.

Weverton é líder do PDT e tem uma relação próxima com PT Nacional e o ex-presidente Lula.

Roberto Rocha, que aparece em segundo, cerca de 10 pontos atrás do pedetista, tem o apoio do atual presidente Jair Bolsonaro, que deve investir na sua pré-candidatura para garantir palanque no estado.

O ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior aparece em terceiro como possível candidato a terceira via.

Já o vice-governador Carlos Brandão ficou mesmo pelo caminho. Com toda a estrutura à disposição de sua pré-candidatura, não conseguiu deslanchar. Parece mesmo que você candidatura ficou no meio do caminho.

Em todo esse cenário, A polarização nacional deverá dar o tom da eleição no Maranhão, com Weverton representando a esquerda, com apoio do ex-presidente Lula e Roberto Rocha, representando a direita do bolsonarismo.

Sem Roseana, Escutec aponta liderança de Weverton em 2022

Uma nova pesquisa Escutec foi divulgada neste sábado (03), pelo jornal O Estado do Maranhão, e apontou as lideranças de Roseana Sarney, Weverton, Flávio Dino e Lula, para a disputa eleitoral em 2022.

Como a ex-governadora tem dito que, neste momento, deve disputar uma vaga para a Câmara Federal, a pesquisa apresentou um cenário sem o nome de Roseana.

Neste cenário, o senador Weverton lideraria com 22%, seguido de Edivaldo com 18% e Brandão que teria 14%. Os demais não alcançariam dois dígitos. Nenhum dos candidatos foi respondido por 23%, enquanto que 16% não sabem em quem votar.

Senado – Para o Senado a liderança é do governador Flávio Dino (PSB). O socialista aparece com 50%, seguido de longe pelo senador Roberto Rocha com 21% e Josimar de Maranhãozinho (PL) surge com 5%. Já 15% afirmam não votar em nenhum candidato, enquanto que 9% não sabem em quem votar.

Presidente da República – Para a disputa da Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue sendo o preferido dos maranhenses. O petista teria 57%, contra 20% do atual presidente Jair Bolsonaro. Os demais não alcançaram dois dígitos. Cerca de 5% disseram que não votaria em nenhum, enquanto que 4% não decidiu o voto.

A pesquisa Escutec ouviu 2.400 eleitores, entre os dias 24 de junho e 01 de julho e margem de erro de 2 pontos percentuais.

Flávio Dino pode se filiar ao PSB em junho; PCdoB defende criação da “federação partidária”

Ainda sem bater o martelo sobre a eleição presidencial de 2022, o PSB prepara a filiação de lideranças do PCdoB, como o governador do Maranhão, Flávio Dino, o deputado federal Orlando Silva (SP) e a ex-deputada Manuela D’Ávila (RS). Todos têm se manifestado favoravelmente a uma chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim como o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), outro nome que costura seu embarque no PSB.

Previstas para começar em junho, as filiações aguardam o afunilamento de propostas de reforma eleitoral na Câmara. A direção do PCdoB defende a criação da “federação partidária”, modelo em que partidos podem se unir nas eleições sem que deixem de existir de forma autônoma. Embora agrade ao PCdoB, a ideia encontra resistência no PSB, que considera o modelo antagônico à “autorreforma” feita pela sigla em 2019. Nesta quarta-feira, ao debater aspectos gerais desta autorreforma numa live com Dino, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que o governador tem uma “coincidência de pontos de vista” e “poderia perfeitamente estar filiado ao partido, se quiser”.

— Vemos com simpatia as filiações de todos esses nomes (Dino, Freixo, Manuela e Orlando), serão muito bem-vindos. Mas respeitando os trâmites internos de seus partidos. O PCdoB colocou a necessidade de aguardar a reforma eleitoral. Há alternativas à federação, como a possibilidade de incorporação pelo PSB — afirmou o deputado Julio Delgado (PSB-MG), vice-presidente de relações interpartidárias da sigla.

O modelo de federação é o plano prioritário do PCdoB para tentar superar a cláusula de barreira, que exigirá dos partidos no mínimo 2% dos votos em âmbito nacional para que tenham acesso a verba pública e ao tempo de TV. O partido já não atingiu a barreira em 2018, com parâmetros mais brandos. Na federação, os partidos precisariam atuar conjuntamente no Legislativo, numa espécie de coligação mais rígida. Um projeto de lei sobre o tema foi aprovado no Senado em 2015, mas está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A expectativa do PCdoB é que ele seja votado ainda em junho.

Outra aposta é que o tema entre no relatório da reforma eleitoral, da deputada Margarete Coelho (PP-PI), que será apresentado às comissões da Casa no próximo mês. Para valer em 2022, as alterações precisam ocorrer até outubro.

Em nota no dia 15, o comitê central do PCdoB disse que, sem a federação, o partido “irá procurar alternativas de frentes políticas”, sem detalhar quais. O partido estipulou o começo de junho como prazo máximo para avaliar se há viabilidade da federação para 2022. As alternativas, segundo apurou o GLOBO, são a fusão ou incorporação ao PSB.

Na fusão, os dois partidos se juntam para elaborar um novo estatuto, num processo mais demorado. Na incorporação, uma das legendas decide se adota trechos do programa da sigla incorporada. Reservadamente, lideranças do PCdoB admitem retomar conversas por uma fusão com o PSB, pausadas antes das eleições municipais, mas não falam por ora em negociar uma incorporação. Nesse cenário, a migração em bloco de nomes do PCdoB antes de 2022 passou a ser cogitada como sinalização de boa-fé entre as duas legendas, além de permitir a nomes como Dino e Manuela maior estrutura e recursos para disputar cargos majoritários nos seus estados no próximo ano. No PSB, mudanças de nome ou de programa não são cogitadas por ora.

— Há um diálogo entre PSB e PCdoB que pode trazer convergências, mas é preciso antes vencer a etapa de mudanças na lei eleitoral. Nossa posição é lutar pela federação. O que entendemos por fusão é que dois se juntam para formar uma terceira coisa — disse o deputado Orlando Silva.

Início de junho
Dino, que tem conversas mais avançadas, pode fazer a mudança de partido já no início de junho. O governador do Maranhão já alinhou com o PSB que concorrerá ao Senado. O PSB não descarta se coligar ao PT, seja na chapa presidencial ou em palanques locais, mas seguirá mantendo por ora o apoio à construção de uma terceira via nacional, tese mais forte em diretórios de estados como Minas e São Paulo, mas presente também em alas de estados mais “lulistas”, como Pernambuco.

A filiação de Orlando Silva, ex-ministro do governo Lula, é tida como importante para consolidar um apoio petista à candidatura de Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo — Fernando Haddad (PT) também é cotado para concorrer ao cargo. No caso de outros nomes do PCdoB, a migração ao PSB serviria para reforçar as estruturas partidárias em estados importantes para ambos, como Pernambuco e Maranhão.

Assim como Dino, a filiação de Freixo é tida como bem encaminhada no PSB, mas, segundo Delgado, houve uma “trava” devido a uma tentativa recente da cúpula do PSOL de pactuar a permanência do deputado, pré-candidato ao governo do Rio. Embora dirigentes do PSOL defendam um “meio-termo” com Freixo, o partido não modificou seu veto a alianças fora da esquerda. Freixo se isolou no PSOL fluminense ao defender uma chapa com nomes do chamado “centro político”, classificado no partido como “direita liberal”, e abrir conversas com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM).

Procurados, os presidentes do PSB, Carlos Siqueira, e do PSOL, Juliano Medeiros, não quiseram comentar. O GLOBO não conseguiu contato com a presidente do PCdoB, Luciana Santos.

O Globo