Wellington do Curso dialoga com mulheres de membros do Bonde dos 40

mulherespresosO candidato a prefeito de São Luís, Wellington do Curso (PP), foi visto, na manhã desta quinta-feira (29), circulando pela praça Dom Pedro II, nas proximidades do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Wellington, que anda desesperado por votos, numa tentativa de enfrentar um segundo turno com o candidato Edivaldo Holanda, aproveitou uma manifestação que acontecia no local para tentar se promover.

A manifestação foi organizada por prováveis esposas dos integrantes do Bonde dos 40, que na ocasião reivindicavam uma série de benefícios para os presidiários.

A cena foi registrada no momento em que Wellington do Curso, com uma mão no peito, aparece dialogando e, quem sabe, prometendo “mundos e fundos” que não vai conseguir cumprir (já virou marca da campanha).

O que a candidatura a Prefeito de São Luís tem a ver com esse tema? Parece que Wellington quer é coro, quer é voto, venha de onde vier.

Outro lado

A assessoria do candidato Wellington do Curso informou que o candidato estava gravando seu programa eleitoral na Praça Pedro II e as mulheres o abordaram lhe manifestando apoio. Ele também teria concedeu entrevista à TV Mirante no local.

Caxias: Mulheres vão às ruas em apoio a Leo Coutinho

mulheresleoUsando roupas nas cores branco e rosa, faixas e bandeiras, milhares de mulheres foram às ruas na manhã deste sábado (24) declarar apoio à candidatura à reeleição de Léo Coutinho (PSB).

A caminhada teve início na Praça Vespasiano Ramos. De lá, a multidão seguiu pelas principais ruas do centro, terminando na Praça do Pantheon.

Liana Coutinho, esposa do candidato Léo Coutinho, e Danielle Ramos, esposa do vice Júnior Martins, participaram do evento político. “Essa foi uma caminhada pela paz, pelo fim da violência da mulher, mas também foi uma oportunidade de mostrar a nossa força na política”, frisou Liana.

Todos juntos

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Segundo Júnior Martins, “as mulheres mostraram que sabem e que podem fazer a diferença na política, sua importância quanto ao papel na sociedade e também nas questões políticas e partidárias da cidade”.

Léo Coutinho reafirmou seu compromisso com as mulheres. “Em nossa gestão, foram inúmeras ações pelas políticas públicas para as caxienses. E a participação da mulher na política é primordial, para que todos nós, juntos, possamos dar continuidade por uma cidade melhor”, disse.

Política maranhense em notas

Democracia, Constituição e mulheres

atodemocraciaFoi um grande ato em defesa da democracia e uma homenagem aos deputados federais que votaram contra o impeachment da presidente Dilma na Assembleia Legislativa na noite desta quarta-feira (20). Mas uma das grandes marcas foi a homenagem às mulheres. O governador Flávio Dino identificou componentes de machismo no golpe contra a presidente Dilma. Um grupo de mulheres levou flores à presidente ontem (19). “Se tem um segmento brasileiro que pode mudar o curso dessa história é o das mulheres”. Vale lembrar a matéria infeliz da Revista Veja “Bela, recatada e do lar“, sobre a mulher de Michel Temer, Marcela Temer. A matéria foi duramente criticada nas redes sociais e gerou muitos memes.

Weverton rechaça acordo com Temer

wevertonO deputado Weverton Rocha (PDT) reforçou a continuidade da luta do PDT, que foi um dos principais defensores do governo Dilma na Câmara. Ele rechaçou acordo com um possível governo Temer, nascido de um golpe de estado. “É loucura imaginar que é possível um acordo com um futuro governo que surja desse golpe”. Weverton se emocionou e pediu desculpas ao povo maranhense e brasileiro por não ter conseguido barrar o golpe na Câmara.

E pede desculpas a Clay Lago

weverton2A viúva do ex-governador Jackson Lago, Clay Lago, havia criticado Weverton nas redes sociais por ter dito que Jackson estaria deste lado se estivesse vivo durante seu voto contra o impeachment. Weverton pediu desculpas “a qualquer um que se sentiu ofendido”, mas reforçou as características de Jackson e as razões da homenagem no voto. “Seu espírito rebelde, suas posturas políticas são um legado que cada um de nós do PDT tomou para si. E temos a missão de compartilhar com todos. Assim sempre o manteremos vivo”, afirmou.

Waldir mais engajado do que nunca

waldirO deputado Waldir Maranhão (PP), que foi a maior surpresa em favor de Dilma da bancada maranhense, mostrou que mesmo com a represália da direção nacional do PP não arredou o pé. O progressista até engrossou mais o tom e afirmou que agora é que o povo não pode mais desocupar as ruas. Waldir lembrou a cobertura da imprensa internacional ao impeachment. “O mundo está nos acompanhando, olhando a defesa que fazemos de nossa Constituição”, afirmou.

Rubens reforça o lado

rubensjratoO deputado Rubens Júnior (PCdoB) reforçou o fato de que os que defendem a Constituição e a democracia não são a minoria, como querem vender. O deputado afirmou que ficou com a consciência tranquila com o voto. “Dormi tranquilo por saber que não votei igual a Cunha, Maluf e Bolsonaro”, afirmou o comunista. Rubens Júnior deixou famosa sua frase na votação: “Conseguiu, hein, presidente”. O deputado falava ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, que conseguiu atropelar o regimento e ainda os votos necessários para aprovar o impeachment.

Feriadão de Tiradentes

A prefeitura de São Luís decretou ponto facultativo na sexta-feira (22). Ou seja, como amanhã (21) é feriado pelo Dia de Tiradentes, os órgãos públicos municipais voltam a funcionar na segunda-feira (25). Já o governo do estado anunciou que os serviços funcionam normalmente na sexta (22), obedecendo o calendário estabelecido por meio do Decreto 31.473, de 18 de janeiro de 2016. Incrivelmente, o poder Judiciário comunicou que o expediente também será normal na sexta-feira. Ou seja, os servidores da Justiça trabalham normalmente tanto na capital quanto nas comarcas do interior.

Bárbara Soeiro quer cota de 20% de mulheres na Mesa da Câmara Municipal

Bárbara Soeiro pleiteia participação feminina na Mesa Diretora da Câmara Municipal.Está em tramitação nas comissões temáticas da Câmara Municipal de São Luis uma emenda da vereadora Bárbara Soeiro (PMN), em que acrescenta ao Inciso 5º ao Artigo 16 do Projeto de Resolução nº 005/2015 do novo  Regimento Interno daquela casa parlamentar, modificando a composição de chapas para eleição da Mesa Diretora do
Legislativo Municipal.

Pela proposta  da vereadora, a partir da aprovação da matéria, torna-se obrigatório que 20% das vagas da Mesa sejam compostas por mulheres. Destaca Bárbara Soeiro, que esta é uma forma de valorização da mulher no âmbito do Legislativo de São Luis.

“Travamos uma luta desigual. Somos 52% da população brasileira. Mesmo assim, ocupamos pouco espaço em todas as esferas da política, mesmo tendo na presidência da República uma mulher”, destacou Bárbara Soeiro.

Na concepção da parlamentar, esse cenário deve ser modificado, para que as mulheres possam alcançar um maior equilíbrio de forças, tanto a nível de Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e câmaras municipais.

Bárbara Soeiro destacou que, em março, a bancada feminina no Congresso lançou a campanha “Mais Mulheres na Política”, enfatizando que  a PEC 23/2015, garante 30% de vagas no Poder Legislativo por gênero. O grupo defende a PEC 24/2015, que torna obrigatória uma vaga por gênero, quando da renovação de dois terços do Senado.

Bárbara Soeiro disse ainda que o Maranhão sempre se destacou pela força da mulher, lembrando que, em novembro de 1977, o Tribunal de Justiça elegeu sua primeira desembargadora, Judith Pacheco.

Mulheres só ocupam 13% dos cargos eletivos no país

Do Congresso em Foco

Embora representem mais da metade da população e do eleitorado nacional, as mulheres ocupam somente 13% dos cargos eletivos no Brasil. Dos 64.678 escolhidos para exercer mandato político em 2012 e 2014, apenas 8.499 são mulheres, mostra levantamento da Revista Congresso em Fococom base em dados do TSE.

Nunca tantas mulheres se candidataram como no ano passado. Um salto de 46,5% em relação a 2010. Na disputa pela Câmara, o aumento no registro de candidaturas femininas foi de expressivos 88%. Pela primeira vez, o país esteve perto de cumprir a lei eleitoral que reserva 30% das vagas a candidatas (28,6%). Mas o resultado das urnas esteve longe de refletir nova realidade: o número de eleitas foi praticamente o mesmo de quatro anos atrás. Elas ocupam apenas 51 cadeiras na Câmara e 13 no Senado.

Nem mesmo a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) é capaz de encobrir a sub-representação feminina na política brasileira. As campanhas cada vez mais caras, o financiamento privado e o acesso restrito ao dinheiro do fundo partidário, distribuído de maneira desigual pelos homens que controlam as máquinas partidárias, afastam a mulher da política. Problemas que também mantêm longe do poder outros segmentos sub-representados, como negros, índios e pardos. Essa é a opinião unânime de quatro senadoras e três deputadas reunidas pela Revista Congresso em Foco para debater por que, afinal, o filtro das urnas é tão estreito para as mulheres.

“O curral está fechado”, observa a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), para quem a principal barreira a ser superada pelas mulheres são seus próprios partidos, em geral, controlados por homens que decidem quais candidaturas devem ser priorizadas e objeto de investimento. “Pensam que nós somos um espaço decorativo”, acrescenta a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), a primeira mulher a comandar a prefeitura de Salvador, terceira maior cidade do país. Deputadas constituintes, as duas recordam que, em meados dos anos 80, sequer havia banheiro para as parlamentares no Congresso.

Algumas das poucas mulheres do Congresso. Entre elas, a deputada Eliziane Gama, única mulher da bancada maranhense

Além de Lúcia Vânia e Lídice da Mata, o debate também reuniu as senadoras Simone Tebet (PMDB-MS) e Ana Amélia (PP-RS) e as deputadas Clarissa Garotinho (PR-RJ), Christiane de Souza Yared (PTN-PR) e Eliziane Gama (PPS-MA). Clarissa foi a deputada mais votada do país no ano passado. Christiane e Eliziane tiveram a maior votação em seus estados. O Brasil fica atrás até de países do Oriente Médio em representação feminina na política.