Política maranhense em notas

13º dos servidores de São Luís

salarioA prefeitura de São Luís pagará a segunda parcela do 13º salário dos servidores municipais nesta sexta-feira (18), o que deve movimentar o comércio de São Luís no último fim de semana que antecede o Natal. A primeira parcela foi paga no último dia 1º. Os servidores que optaram pelo pagamento integral receberão agora o valor total do benefício. Os servidores municipais podem ter acesso às informações dos seus vencimentos em todos os terminais de autoatendimento do Banco do Brasil, por meio do contracheque eletrônico.

Secretaria Municipal de Cultura

Após muitas discussões na Câmara Municipal de São Luís, tudo indica que a secretaria municipal de Cultura pode ser criada ainda este ano. O projeto já está pronto para ser encaminhado ao Legislativo, de acordo com as discussões já desenvolvidas no parlamento desde o início da gestão do prefeito Edivaldo. É um anseio antigo dos movimentos culturais de que a cidade tenha uma secretaria de Cultura e não somente uma Fundação.

Novo membro da corte eleitoral

TRE-MA-posse-juiza-katiaNesta terça-feira, às 16h, a juíza Kátia Coelho toma posse como membro efetivo do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, ocupando a vaga aberta com o fim do biênio da juíza Alice de Sousa Rocha, ocorrido no dia 9 de dezembro. A magistrada foi escolhida pelo Tribunal de Justiça do Maranhão para funcionar no TRE-MA no dia 28 de outubro. Ela atuará nas eleições municipais de 2016.

Os primeiros a pular do navio I

ricardomuradMais perdida que cedo em tiroteio, a família Murad agora passou a defender o impeachment da presidente Dilma. É o sentimento do grupo Sarney no momento traduzido pelo chefe de Organização Criminosa (segundo a PF), Ricardo Murad, que junto com o grupo Sarney se aproveitou da popularidade e das benesses do governo petista durante quase uma década. Ricardo escreveu até que Flávio Dino apoiou Aécio Neves para presidente. As longas horas de depoimento à Polícia Federal não fizeram muito bem a ele.

Os primeiros a pular do navio II

andreaA deputada Andrea Murad (PMDB), disse na tribuna da Assembleia que apoiou Dilma “por obrigação e por lealdade partidária”. De repente, quando a presidente vive uma crise e o impeachment é possibilidade real, Andrea achou que a presidente não cumpriu as promessas para o Maranhão. Ué!!?? Mas agora na maior crise política do governo Dilma ela percebeu isso? Não percebeu ao longo de todos esses anos quando o governo do PT estava em alta?

Os primeiros a pular do navio III

josesarneyE muitos se perguntam: por que José Sarney e Roseana Sarney não opinam sobre o processo de impeachment? Sarney – que é político e não médico – preferiu escrever sobre microcefalia em sua coluna dominical no jornal da família. Em meio ao noticiário político mais efervescentes deste século, Sarney não opina sobre o caso em que todo o país está falando. Não fala porque torce pela queda de Dilma, mas não pode assumir. A queda seria extremamente favorável ao Oligarca, que teria livre trânsito, indicações de ministérios e muita influência em um governo Michel Temer. E por isso, aguarda na moita. Quando o navio está afundando, eles são os primeiros a pular.

Clã Sarney já discute como boicotar governo Flávio em caso de impeachment

Do Blog Marrapá

michelsarneyroseana

Não se fala em outra coisa no PMDB do Maranhão.

Apostando no impeachment da presidente Dilma Rousseff e na ascensão de Michel Temer ao Palácio do Planalto, peemedebistas já discutem como inviabilizar o governo Flávio Dino.

As estratégias seriam as mesmas usadas para sabotar a gestão do saudoso ex-governador Jackson Lago: barrar recursos federais, controlar a bancada em Brasília, aparelhar os órgãos federais no estado e montar uma espécie de “governo paralelo” ao Palácio dos Leões.

Semana passada, no cafezinho da Assembleia Legislativa, um deputado aliado do clã Sarney, empolgado com o possível afastamento de Dilma pela comissão da Câmara Federal, adiantava até qual seria a primeira medida de uma possível gestão Temer contra os interesses do Maranhão.

“Não tenha dúvida que a primeira coisa a ser feita é travar o empréstimo de R$ 1 bilhão do BNDES para acabar de vez com qualquer possibilidade de investimento do governo comunista”, afirmou o parlamentar.

Diante da perspectiva sombria de perseguição ao povo maranhense, o governador Flávio Dino está correto em lutar pela democracia e contra a tentativa de golpe impetrada pelo PMDB, com o apoio do grupo político que saqueou os cofres do estado por quase meio século.

Política maranhense em notas

Rosângela deve continuar em Brasília

rosangelacuradoA suplente de deputada federal no exercício, Rosângela Curado (PDT-MA) deverá deixar o cargo em 7 de janeiro quando o titular Weverton Rocha reassume. Há uma articulação em andamento para que Rosângela assuma o cargo de Chefe de Gabinete da bancada do PDT na Câmara. A suplente continuará tendo trânsito em Brasília e poderá tratar de sua pré-campanha à prefeitura de Imperatriz.

Madeira quer que aliados se mexam

sebastiaomadeiraO prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB) deu um ultimato para que seus dois pré-candidatos à prefeitura se mexam para que algum consiga chegar a 20% das intenções de votos para ser lançado pré-candidato do grupo. O vereador Esmeradson de Pinho e o secretário de Regularização Fundiária Daniel Sousa (ambos do PSDB) são os os escolhidos de Madeira. Ele os intimou que caso nenhum se viabilize, irá compor com o candidato do governo, que pode ser do PCdoB ou a própria Rosângela Curado.

Forte razão contra o impeachment

chiquinhoescorcioUm amigo jornalista, que era fervoroso defensor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, foi convencido do contrário no último final de semana por um simples argumento: “gente como Chiquinho Escórcio chegará ao poder”. Foi o suficiente para ele refletir mais sobre seu posicionamento. O ex-deputado e principal artífice da cassação do ex-governador Jackson Lago é assessor especial do vice-presidente Michel Temer e um dos mais fiéis ao ex-senador José Sarney.

Tucanos também deveriam ser contra

aecioA linha de raciocínio do PSDB pensando em seu projeto deveria passar longe do impeachment da presidente Dilma. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é favoritíssimo à eleição presidencial de 2018. O impeachment agora coloca o PMDB e raposas como Michel Temer, Eduardo Cunha e José Sarney no controle do país. Com o poder nas mãos, não seria difícil para o PMDB a vitória em 2018 e o adiamento do sonho tucano. Para o PSDB, o mais interessante é a manutenção do desgaste de Dilma e do PT – que já está em nível quase irreversível. O caminho para o PSDB em 2018 será muito melhor com Dilma no cargo e desgastada do que com o PMDB.

Justificativa pífia de Rêgo

manoelregoÉ duro quando você toma uma posição e não tem coragem para assumir ou capacidade para debater com a realidade. Após as duras críticas pelos votos contra o ar condicionado nos ônibus, o vereador Manoel Rego (PTdoB) inventou que seu voto contra foi porque a emenda do vereador Honorato Fernandes (PT) previa apenas 50% dos ônibus com ar condicionado e não 100%. Caso a emenda fosse de 100%, ele votaria a favor.Teve que ler mais uma série de críticas. “Melhor metade do que nenhum”!

Os pingos nos “is”

onibusO fato, que alguns vereadores como Roberto Júnior e Pedro Lucas tiveram coragem de debater, é que o ar condicionado aumentaria os custo e não se pode ser inocente nessas horas: os empresários iriam repassar este custo para os usuários. Teríamos mais uma greve de rodoviários incentivada pelos empresários, caos e aumento da tarifa no final das contas. Seria o terceiro aumento de tarifa para os usuários em menos de três anos. É preciso analisar o impacto e que se comece a construir alternativas. O mais importante neste momento de crise é saber: o usuário quer pagar um pouco mais por ar condicionado nos ônibus? Isso é que deve ser discutido para que se chegue a um consenso. O resto é demagogia.

Rubens Jr. comenta suspensão de comissão do impeachment pelo STF

Rubens Jr.Provocado pelo PCdoB, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta terça (8) suspender a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O ministro concedeu liminar a um pedido impetrado pelo PCdoB, questionando as manobras utilizadas na eleição da comissão, que foi realizada com voto secreto e permitindo a apresentação de uma chapa avulsa, com membros não indicados pelos líderes dos partidos.

Fachin determinou que os trabalhos relacionados ao impeachment sejam interrompidos até que o plenário do tribunal analise o caso, o que deve acontecer na próxima quarta (16). O objetivo, segundo o magistrado, é evitar a realização de atos que, posteriormente, possam ser invalidados pela Suprema Corte.

Para o deputado federal e vice-líder do PCdoB, Rubens Jr., e que já questionou no Supremo em outros momento com mandados de segurança as irregularidades do rito do impeachment na Câmara, considera importante a decisão do ministro Fachin: “O processo não foi anulado, mas suspenso, ao menos por enquanto. Isso sinaliza que o STF afastará ilegalidades, saneará omisões e garantirá direitos”, comentou o parlamentar.

“Com o objetivo de evitar a prática de atos que eventualmente poderão ser invalidados pelo Supremo Tribunal Federal, obstar aumento de instabilidade jurídica com profusão de medidas judiciais posteriores e pontuais, e apresentar respostas céleres aos questionamentos suscitados, impede promover, de imediato, debate e deliberação pelo Tribunal Pleno, determinando, nesse curto interregno, a suspensão da formação e a não instalação da Comissão Especial, bem como dos eventuais prazos, inclusive aqueles, em tese, em curso, preservando-se, ao menos até a decisão do Supremo Tribunal Federal prevista para 16/12/2015, todos os atos até este momento praticados”, decidiu o ministro.

Na ação judicial, o PCdoB questionou não apenas a possibilidade de deputados concorrerem às vagas sem indicação pelos líderes de seus partidos, mas também a votação secreta para escolha da chapa e a divisão da comissão por blocos, e não partidos. O ministro antecipou que não vê previsão legal para a votação secreta.

“Em relação ao pedido cautelar incidental que requereu a suspensão da formação da comissão especial em decorrência da decisão da Presidência da Câmara dos Deputados de constituí-la por meio de votação secreta, verifica-se, na ausência de previsão constitucional ou legal (…), a plausibilidade jurídica do pedido, bem como ante a iminência da instauração da comissão especial, o perigo de dano pela demora da concessão da liminar requerida”, escreveu Fachin na decisão.

Fachin solicitou ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, preste informações no prazo de 24 horas sobre a eleição da comissão especial.

Ministro do STF suspende comissão e para processo de impeachment

Do G1

CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e CidadaniaO ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta terça-feira (8) suspender a formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Fachin determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso, votação que está marcada para a próxima quarta (16).

Segundo o magistrado, ele suspendeu todo o processo do impeachment para evitar novos atos que, posteriormente, possam ser invalidados pelo Supremo, inclusive prazos.

A decisão liminar (provisória) de Fachin foi tomada no mesmo dia em que a Câmara elegeu, por 272 votos a 199, a chapa alternativa de deputados de oposição e dissidentes da base aliada para a comissão especial que vai analisar o prosseguimento do processo de afastamento da chefe do Executivo federal.

Chapa oposicionista vence e cuidará do impeachment; André Fufuca na comissão

confusaocamaraApós muita confusão e votação secreta na Câmara Federal, a chapa encabeçada pelo PSDB vence a eleição e para a comissão especial que tomará conta do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por 272 votos a 199.

A manobra do presidente da Casa, Eduardo Cunha, adiando a votação e permitindo votação secreta deu certo. Deputados governistas quebraram urnas eletrônicas instaladas no plenário para escolher os integrantes do colegiado, houve muito bate-boca e discussão.

Na chapa vencedora, apenas André Fufuca (PEN) do Maranhão. Ficaram fora Hildo Rocha (PMDB) e Sarney Filho (PV) indicados na primeira chapa, que perdeu. Os partidos da base governista ainda deverão indicar seus representantes.

Fufuquinha ainda fez um discurso defendendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Vale lembrar que Cunha é acusado de corrupção e denunciado por receber propina no valor de pelo menos 5 milhões de dólares para viabilizar a construção de dois navios-sondas da Petrobrás.

Weverton: “PDT do Maranhão será protagonista em defesa da Constituição”

weverton

O presidente estadual do PDT, deputado federal licenciado Weverton Rocha, afirmou em conversa com o titular do Blog que conduzirá diretamente a luta em defesa da Constituição Federal e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso.

Weverton retorna ao mandato a partir de 7 de janeiro de 2016 e, de cara, assume a liderança da bancada do PDT na Câmara. Ele afirmou que como é tradição do partido, os trabalhistas estarão à frente das grandes discussões do país. “A partir do meu retorno e quando assumir a liderança da bancada, iremos conduzir diretamente o processo e o debate dentro do parlamento. O Maranhão e o PDT sempre estiveram na linha de frente das grandes lutas do país e não poderíamos nos furtar neste momento. O PDT do Maranhão será protagonista em defesa da Constituição na Câmara Federal. “, afirmou.

Ainda em outubro deste ano, o maranhense foi eleito por unanimidade como líder da bancada, mas como já estava licenciado deixou para assumir em 2016. A suplente Rosângela Curado está no exercício do mandato.

Candidatura de Ciro Gomes

O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, foi lançado pré-candidato à presidência da República durante ato no Maranhão. Mesmo com a defesa do mandato da presidente Dilma, Weverton vê com naturalidade a proposta de candidatura própria. Para o líder do PDT no Maranhão, quanto mais opções na disputa majoritária e fuga da polarização PT-PSDB, melhor para o país.

“Nós estamos dando uma oportunidade para o país sair dessa polarização que prejudica o Brasil: o debate PT-PSDB. Os dois partidos são do campo que ajudou a fazer a libertação do Maranhão e a vencer as eleições estaduais. Mas é importante lembrar que quanto mais ideias, quanto mais partidos oferecerem o que tem de melhor para um projeto nacional é bom. O PDT, então, oferece ao país uma opção. Um brasileiro que tem uma competência reconhecida. O Ciro Gomes é um homem lúcido para o momento que o país está vivendo. Então, vemos com naturalidade até porque fomos parceiros de primeira hora do PT e poderemos ter até o PT como aliado na próxima eleição”, finalizou.

Temer envia carta desabafo a Dilma e relação PT-PMDB estremece de vez

Governo faz virada gradual e realista de página, diz Dilma

A relação PT e PMDB azedou de vez com a carta desabafo do vice-presidente Michel Temer afirmando que a presidente Dilma não confia nem nele nem no partido. Com termos duros, Temer afirma que sempre teve “ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB”.

Ele diz que passou os primeiros quatros anos de governo como “vice decorativo”. Temer começa dizendo que a palavra voa, mas o escrito fica. Por isso, diz, preferiu escrever. Avisa então que está fazendo um “desabafo” que deveria ter feito “há muito tempo”. Na avaliação de amigos do vice, a carta representa o rompimento com a presidente Dilma, apesar de o peemedebista não querer dar esta conotação ao documento.

As declarações de Dilma afirmando confiar em Temer gerou o grande incômodo “Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo”, sustenta Temer. Ele ilustrou uma série de episódios em que demonstraria ser confiável.

A saída do ministro Padilha – homem muito ligado a Temer – do governo foi o ponto alto do desgaste da relação. Ele chefiava a Aviação Civil até a semana passada. Depois de reconhecer que o PMDB está “literalmente dividido” sobre o afastamento de Dilma, Padilha disse que Temer está consultando deputados, senadores e os 27 dirigentes estaduais.

Leia abaixo a íntegra da carta do vice-presidente Michel Temer a Dilma:

*

São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.

Senhora Presidente,

“Verba volant, scripta manent”.

Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.

Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.

Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.

Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.

Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.

Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança.

E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.

Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido.

Isso tudo não gerou confiança em mim, Gera desconfiança e menosprezo do governo.

Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.

1. passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. a senhora sabe disso. perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. só era chamado para resolver as votações do pmdb e as crises políticas.

2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.

3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.

4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas “desfeitas”, culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC.

Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta “conspiração”.

5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal.

Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários.

Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequencia no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.

6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido.

Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.

7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento.

Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar.

8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden – com quem construí boa amizade – sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da “espionagem” americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança.

9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa.

10. Até o programa “Uma Ponte para o Futuro”, aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal.

11. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso.

A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.

Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.

Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã.

Lamento, mas esta é a minha convicção.

Respeitosamente, \ L TEMER

A Sua Excelência a Senhora

Doutora DILMA ROUSSEFF

DO. Presidente da República do Brasil

Palácio do Planalto

Brasília, D.F.

Hildo Rocha e Sarney Filho indicados para a Comissão do Impeachment

Hildo Rocha é incógnita na comissão do impeachment: flerta entre a aliança com Cunha e o receio das acusações de corrupção do presidente da Câmara

Hildo Rocha é incógnita na comissão do impeachment: flerta entre a aliança com Cunha e o receio das acusações de corrupção do presidente da Câmara

A eleição dos integrantes da Comissão do Impeachment foi adiada para esta terça-feira (8) pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre os indicados do PMDB está o maranhense Hildo Rocha, aliado de primeira hora do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O único indicado do PV é o deputado Sarney Filho.

Com um discurso ameno, muito se comenta nos bastidores da Câmara que Hildo tem se afastado de Cunha vendo o barco afundar para o lado do presidente da Casa. O mesmo está fazendo André Fufuca (PEN), outro que era grande aliado do deputado acusado de corrupção e denunciado por receber propina no valor de pelo menos 5 milhões de dólares para viabilizar a construção de dois navios-sondas da Petrobrás.

A sessão está prevista para as 14 horas, mas, na previsão de Cunha, a Ordem do Dia só deve começar por volta de 17h30.

Planalto quer Eliziane Gama fora da comissão do Impeachment

Eliziane na CPI da Petrobras -  Foto Robson GonçalvesSegundo a coluna Radar Online,d a Revista Veja, o Planalto está trabalhando para que a Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, indique o deputado Alessandro Molon, e não a maranhense Eliziane Gama, na comissão especial do impeachment.

Filiado ao PT por 18 anos, Molon deixou a sigla em setembro e é líder da Rede na Câmara. Eliziane é fervorosa crítica do governo petista e já defendeu a investigação do impeachment pelo Congresso.