Do blog do Djalma Rodrigues
A presença do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi e demais membros da executiva nacional no Maranhão, não garantiu a vaga de vice-governador na chapa de Flávio Dino (PCdoB), apesar de toda a pressão. Durante o dia de ontem, grandes eventos tentaram mostrar a força da legenda e garantir o nome do empresário Márcio Honaiser na candidatura majoritária oposicionista. Porém o pré-candidato ao governo oposicionista, mais uma vez disse que a decisão será dos partidos que compõem o bloco.
Porém Flávio Dino não deixou de enaltecer a importância do partido. “O PDT deu um grande passo na medida em que se unificou. A direção estadual e a nacional apresentam um excelente nome que é o Márcio (Honaiser), evidentemente a minha atitude é receber e acolher com muito carinho e respeito e levá-lo ao conjunto dos partidos coligados. Não é uma decisão unilateral. Na próxima reunião vamos apresentar o nome do Márcio”, revelou Dino.
O ex-ministro Carlos Lupi, em tom de pressão afirmou mais uma vez que espera que seja consolidada a aliança com a indicação do pré-candidato a vice. De acordo com Lupi essa foi uma promessa de Flávio Dino. “Aqui estamos há muito tempo com Flávio Dino para governador. Essa semana o partido indicou. A nossa chapa é essa. Não existe possibilidade de o PDT não indicar o candidato à vice. Acredito na palavra do Flávio Dino”, declarou o ex-ministro.
Márcio Honaiser, que foi indicado a pré-candidato pelo PDT, explicou que a garantia da vaga na chapa majoritária se dá diante de um acordo celebrado com o PCdoB, em troca da abstenção de candidatura própria do partido. “Existe um entendimento que não é segredo e nem é chantagem. Desde o ano passado quando o Hilton Gonçalo, ex-prefeito de Santa Rita, tinha pretensão de ser candidato foi dito a ele que o nosso projeto era junto com o Flávio. Isso foi feito abertamente. Nós dissemos a ele que caso não pudéssemos marchar unidos ele poderia sair como nosso candidato”, declarou.
Quanto à possibilidade de rompimento, Marcio Honaiser foi categórico em afirmar que espera um entendimento. O empresário também declarou que espera que a oposição tenha maturidade para enfrentar a situação. “Eu sou um militante de mais de 30 anos do PDT nunca tive uma vaidade de querer ocupar algum cargo e as condições foram sendo criadas. Esperamos apenas essa discussão interna entre os partidos que apoiam o Flávio e o próprio PCdoB, se estão de acordo com a indicação. O rompimento ninguém sabe, estamos aguardando o entendimento. A gente espera ter maturidade de construir a unidade”, afirmou.
O secretário Nacional do PDT, ministro Manoel Dias, declarou que os estados têm autonomia para decidirem seus próprios rumos. No caso do Maranhão, o ministro afirmou que caso a aliança não se concretize e PDT maranhense tenha pretensão de concorrer com candidatura própria, ele terá todo o suporte do partido. “A nacional conta com o cumprimento do acordo feito em 2012, de indicação do vice. Acreditamos que o Marcio será o pré-candidato a governador. Se o partido entender que se não houver essa indicação deverá sair com candidatura própria, ele terá todo o apoio da nacional”, disse Manoel Dias.
O deputado federal Weverton Rocha acredita que o objetivo comum deve unir toda a oposição. Weverton também comentou que até o momento prevalece o acordo. “O PDT entende que devemos fazer uma grande coalizão de forças, unidas em um único objetivo. O PDT foi o primeiro partido a propor isso. Tanto que estamos levando o Flávio em todas as plenárias do partido, em todo o Maranhão. Entendemos que o partido tem todas as condições de estar na chapa majoritária. Até o momento nós estamos, quem vai dizer que a gente não vai estar é quem está querendo nos tirar e eu não sei se tem alguém querendo nos tirar. PPS e o PSDB ainda não vieram para a mesa de diálogo, mas se vierem serão muito bem-vindos”, defendeu o deputado.