Quase 60% dos senadores que julgam Dilma são alvo da Justiça

Do Portal Terra

Aécio Neves responde por crimes eleitorais e paira sobre ele suspeita de ter ocultado informações sobre um suposto esquema de compra de votos em Minas Gerais, em 2005. Um pedido de Janot para investigar o senador na Lava Jato está à espera de decisão no STF.

Aécio Neves responde por crimes eleitorais e paira sobre ele suspeita de ter ocultado informações sobre um suposto esquema de compra de votos em Minas Gerais, em 2005. Um pedido de Janot para investigar o senador na Lava Jato está à espera de decisão no STF.

Do total de 80 senadores que participarão da votação (Delcídio Amaral foi cassado nesta terça-feira, 10), 47 são suspeitos ou acusados de crimes que vão desde falsidade ideológica até abuso de poder econômico – o que equivale a quase 60%. Treze deles podem ter ligação com casos de corrupção investigados na Operação Lava Jato. E entre os 68 oradores que vão debater o tema no Senado nesta quarta-feira, 40 são suspeitos ou acusados de crimes.

O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), está sob suspeita de crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta de denúncias feitas por um dos delatores da Lava Jato. A apuração já foi autorizada pela Justiça.

Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário derrotado na última eleição presidencial, responde por crimes eleitorais. Também paira sobre ele suspeita de ter ocultado informações sobre um suposto esquema de compra de votos em Minas Gerais, em 2005. Um pedido do procurador-geral da República para investigar o senador no âmbito da Lava Jato está à espera de decisão no STF.

Entre os 13 políticos alvos de inquérito no STF devido à Lava Jato, suspeitos de ligação com o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, estão: quatro senadores do PMDB (Edison Lobão, Renan Calheiros, Romero Jucá e Valdir Raupp); três do PT (Gleisi Hoffmann, Humberto Costa e Lindbergh Farias); três do PP (Benedito de Lira, Ciro Nogueira e Gladson Cameli); um do PSDB (Aécio Neves); um do PTC (Fernando Collor) e um do PSB (Fernando Bezerra Colelho).

Andamento da sessão

Antes da votação nesta quarta-feira, os 68 senadores inscritos para debater terão até 15 minutos para discutir o texto do relator da comissão especial do impeachment, Antônio Anastasia (PSDB-MG). Em seguida, o próprio relator vai se manifestar, o qual também foi investigado pela Lava Jato, mas teve a acusação contra ele arquivada por falta de provas.

O último a falar será o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa da presidente. Ele foi ministro da Justiça por seis anos, desde o primeiro governo Dilma. Sob sua gestão, o escândalo na Petrobras começou a ser investigado pela Polícia Federal. O próximo passo é a votação eletrônica.

Ficha suja

A lei brasileira determina que condenados pela Justiça não podem se candidatar a cargos públicos. Nesse sentido, a lentidão no julgamento de políticos suspeitos de envolvimento em irregularidades conta a favor da impunidade.

A acusação mais recorrente entre os senadores é de improbidade administrativa, quando um agente público comete ato desonesto que vai contra a administração pública. É o caso da acusação feita contra o senador Blairo Maggi (PR-MT), apontado por favorecer o desmatamento irregular em seu estado. Os números são do projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil.

Quem compõe o Senado brasileiro

O Senado brasileiro é composto principalmente por empresários de diferentes setores. De acordo com estudo da Transparência Brasil, quase um terço deles são ligados ao agronegócio, e um quarto dos senadores possui concessões de rádio e televisão. Há apenas 11 mulheres entre o total de 81 senadores, enquanto elas são 51,4% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em cada um dos 26 Estados e no Distrito Federal, são eleitos três senadores para mandatos de oito anos. O salário de cada senador é de 33,7 mil reais, e todos têm direito a alguns milhares de reais por ano para administrar a estrutura do mandato. O valor varia com a localização do Estado de origem do senador.

Política maranhense em notas

Grampos de Youssef contra Roseana

roseanaSegundo O Estadão, a força-tarefa da Operação Lava-Jato deu parecer favorável ao compartilhamento de provas, em especial um grampo do doleiro Alberto Youssef, com a Corregedora-Geral do Estado do Maranhão para investigação interna sobre fraudes em um precatório no governo estadual durante o governo Roseana Sarney (PMDB). O esquema teria beneficiado a construtora Constran/UTC – do delator Ricardo Pessoa. O doleiro teria pago propina para que Roseana agilizasse o pagamento dos precatórios da Constran.

E crimes na Saúde

roseanaricardomuradO dia não foi favorável mesmo para Roseana. Ela foi denunciada pelo Ministério Público estadual por inúmeras irregularidades na construção de 64 hospitais do programa Saúde é Vida, que custaram aos cofres públicos ao menos 151 milhões de reais.A denúncia aponta os crimes de dispensa ilegal de licitação, fraude a licitação, peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. O promotor aponta que R$ 1,95 milhão de reais da saúde abasteceu a campanha da ex-governadora e de seu partido. Roseana, Ricardo Murad e mais 15 pessoas são acusadas dos desvios.

Sem acordo com Ildon Marques

marciojerryMuito se fala nos bastidores que pelo fato do pré-candidato a prefeito de Imperatriz, Ildon Marques, estar no PSB, passaria à base aliada do governo Flávio Dino. Em entrevista ao programa “Ponto e vírgula”, da Rádio Difusora, o secretário estadual de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, rechaçou uma “cooptação” de Marques. “Não é porque Ildon Marques é do PSB que ele faz parte do nosso grupo político”, sentenciou Jerry. Em Imperatriz, Marco Aurélio (PCdoB) e Rosângela Curado (PDT) são os pré-candidatos governistas. O governo espera um entendimento para candidatura única contra Ildon.

Dividir e conquistar

marcoaureliorosangelaA estratégia do marqueteiro do pré-candidato Assis Ramos (PMDB) em Imperatriz é clara: dividir causando o máximo de atrito entre Rosângela Curado e Marco Aurélio. Caso consiga causar fissuras a ponto de deixar uma aliança impossível, espera crescer em meio à confusão. E ele tem usado todo tipo de artifício, como jogar “santinho” de Marco Aurélio em evento de Rosângela e espalhar um áudio distorcendo uma conversa de Marco Aurélio para que pensasse que partiu da campanha de Curado a sorrateira manobra.

Márlon Reis descarta 2016

marlonreisO ex-juiz federal Márlon Reis afirmou que irá se dedicar exclusivamente à advocacia neste momento. Mais precisamente como advogado do partido Rede. Por isso, descarta concorrer à prefeitura de Imperatriz, como vinha sendo especulado. “Não tem como ser candidato em 2016. Não terei mais um contracheque de servidor público. Estou deixando a comodidade da magistratura por uma atividade liberal. A minha subsistência depende dela e por isso, estou totalmente focado na advocacia. Em 2018, não sou candidato porque está muito longe”, afirmou, deixando uma brecha para as eleições daqui a dois anos.

Rogério sobre operação contra Ricardo: “Hoje há punição para quem comete crime”

rogerioO líder do governo na Assembleia Legislativa e deputado Rogério Cafeteira (PSC) usou a tribuna nesta segunda-feira (23), para criticar a forma como a deputada Andrea Murad (PMDB) se posicionou a respeito da operação “Sermão dos Peixes”, que investiga o ex-secretário Ricardo Murad. A deputada insinuou algum tipo de ingerência do governo do estado na operação contra o pai.

Cafeteira lembrou que as investigações tiveram início em 2010, ainda no governo anterior, não sendo coerente propor que se trata de uma questão política. O deputado disse ainda que o melhor caminho para esclarecer os fatos não é questionar a Polícia Federal, o Ministério Público e o Controladoria Geral da União que são os responsáveis pelas investigações e que a verdade é uma só. “ Não vamos usar jogo político. É ultrapassado colocar a culpa no adversário. O Governador não tem qualquer tipo de influência, disso tenho convicção. Ricardo Murad tem uma oportunidade ímpar de colocar tudo em pratos limpos”, ressaltou.

O parlamentar tratou ainda sobre a acusação sobre possíveis escutas telefônicas ocorridas este ano e disse ter a certeza que, caso o Governador pudesse influenciar, não o faria. “Os tempos mudaram. Hoje há punição para quem comete crime”, disse.

Sobre o “legado” deixado pelo ex-secretário Ricardo Murad, Rogério lembrou que pela vivência que tem pelo interior no Estado considera equivocado privilegiar o destino de recursos a hospitais menores e não priorizar os macrorregionais.

Após sumir por uma semana, Andrea reapareceu na Assembleia Legislativa tentando justificar a ação contra o pai, acusado pela Polícia Federal de ser chefe de organização criminosa.

Justiça Federal revela vários crimes do empresário Uirauchene

Filho de mestiça com não índio o empresário se infiltrou nas aldeias para fazer negócios

uirachene

A sentença que condena o empresário de transporte escolar indígena Uirauchene Alves revela que ele vem praticando crimes na região de Grajaú desde o início dos ano 2000. Em sentença do último dia 10 o juiz federal Magno Linhares condenou o empresário a 14 anos de prisão em regime fechado pela prática de sequestro (veja mais no Blog do Jeisael Marx).

O seqüestro ocorreu em Grajaú no dia 09 de junho de 2004. Ele liderou alguns caciques que abordaram dois funcionários da Funasa para cobrar pagamentos a supostos fornecedores. Com a negativa ele prendeu e conduziu a cativeiro os funcionários Paulo Roberto Borges Araújo e Hamiton Costa.

Um relatório do escritório da FUNAI identifica o empresário como responsável por promover briga entres índios, retenção de funcionários, seqüestro de veículos, criação de novas aldeias para obter benefícios. “Esclarecemos também que o senhor Uirauchene tem contribuído de forma negativa na desestrutura tribal dos índicos Guajajaras daquela região”, aponta.

No início do ano Uirauchene liderou grupo de índios cobrando do Governo do Estado pagamentos de transporte escolar indígena. Levantamentos da Secretaria de Educação e da Procuradoria Geral do Estado identificaram a existências de fraudes mediante supefaturamento do número de alunos.

Em um dos protestos Uirauchene se acorrentou nas dependências da Assembléia Legislativa, recebendo forte apoio dos deputados Sousa Neto, Andrea Murad, Welington do Curso e Adriano Sarney. Os deputados que apoiam o agora condenado ainda não se manifestaram sobre o caso.

Lobão na lista dos senadores com pendências criminais

lobAOO site Congresso em Foco revelou que 40% dos Senadores do país respondem  a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. As suspeitas vão de crimes de corrupção, contra a Lei de Licitações e eleitorais até delitos de menor gravidade, como os chamados crimes de opinião. E o Maranhão tem representante na lista suja. Edison Lobão (PMDB-MA) aparece ao lado de Renan Calheiros (PMDB-AL), Fernando Collor (PTB-AL) e outros figurões na esfera criminal.

Atual presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o ex-ministro de Minas e Energia é investigado nos inquéritos 3986, 3977 e 3989, todos da Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que mandou entregar R$ 2 milhões à ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney para campanha de 2010, a pedido de Lobão. De acordo com o ex-diretor, o dinheiro foi entregue pelo doleiro Youssef.

Segundo a defesa do senador, a acusação, feita por Paulo Roberto, foi posteriormente desmentida por Youssef. “Não se pode abrir uma investigação contraditada,” disse a defesa.

São João 2015 teve significativa redução de ocorrências criminais

Clique para obter OpçõesA presença da Polícia Militar durante todo o mês de junho nas cidadesda Região Metropolitana de São Luís resultou na redução significativa das ocorrências criminais durante os festejos juninos. Dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), apresentados nesta quarta-feira (1º), apontam redução percentual de mais de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. A contabilização dos números demonstra ainda elevação da quantidade de armas apreendidas, redução do número de homicídios e também dos assaltos a ônibus. As ações contaram ainda com o apoio da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros.

Em números absolutos, no período junino, foram registradas 1.557 ocorrências criminais na Grande Ilha, entre delitos de várias naturezas. Já no mesmo período de 2014, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) havia contabilizado 1.967 ocorrências. A redução foi de 20,8%. Vale lembrar que, de acordo com a Polícia Militar, os arraiais reuniram público de 10 e 25 mil pessoas por noite.

“Nossa avaliação é que tivemos um São João tranquilo e que asseguramos a paz e o bem estar das pessoas e das famílias, sem registrar nenhuma ocorrência, nestes arraiais, que pudesse tirar a tranquilidade de quem esteve participando dos festejos juninos este ano. Isso é reflexo dos investimentos e da estrutura que o Governo do Estado utilizou para dar suporte à cultura popular maranhense”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar.

Desde a abertura dos arraiais espalhados pela cidade, os Comandos de Policiamento de Área Metropolitano I, II e III (CPAM), responsáveis pelo patrulhamento ostensivo em toda a Grande Ilha, empregou mais 500 por noite, distribuídos entre os vários pontos de festas tanto oficiais, promovidos pelo Governo do Estado e prefeitura, como os localizados dentro dos bairros. A Polícia Militar esteve presente com todas as modalidades de policiamento a pé, motorizado por viaturas e equipes montadas. O Grupo Tático Aéreo (GTA) do Maranhão realizou o patrulhamento aéreo em toda  a cidade. As festas de São Pedro e São Marçal, esta que reuniu, de acordo com a Polícia Militar, mais de 185 mil pessoas, foram realizadas sem grandes incidentes.

Em relação aos casos pontuais, o comandante-geral da Polícia Militar, lembrou que as equipes policiais agiram de forma rápida para evitar ocorrências de grandes vultos. Um dos casos ocorreu na Fé em Deus, onde uma ocorrência foi registrada próxima ao arraial naquele bairro, mas com a ação rápida da Polícia Militar no local, as duas pessoas envolvidas na ocorrência foram detidas. Elas estavam armadas e foram encaminhadas à Delegacia de Polícia Civil.

Comparativo

De acordo com o comparativo, as ocorrências de roubo tiveram uma queda de 6,5%. Em relação aos furtos no período de 19 a 30 foram registrados 465 ocorrências do tipo. Em 2014, no mesmo período, o número foi de 633. Em números percentuais, houve redução de 26,5%. O Ciops contabilizou ainda queda nos números da violência doméstica, totalizando este ano, no período junino, queda de 42,4%.

Os dados apresentados mostram também aumento de 25% do número de prisões e apreensões de entorpecentes. De acordo com o comando da Polícia Militar, as abordagens e o trabalho do Serviço de Inteligência têm contribuído para a identificação e prisões de criminosos que comercializam e comandam o tráfico de drogas na Região Metropolitana.

Já as lesões corporais culposa no trânsito apresentaram uma queda de 73% durante o período junino.  A redução se deve as abordagens e blitz montadas em varias partes da cidade a fim de evitar que condutores embriagados pilotem carros após consumir bebidas alcoólicas. As equipes militares também buscaram apreender armas e  drogas durante as revistas nos veículos.

Apreensões

Durante a ação forte das Polícias nas ruas houve um aumento do número de apreensão de armas de fogo. Ao todo foram retiradas de circulação 89 armas de fogo, sendo que no período compreendido entre 19 a 30 de junho, de funcionamento dos arraiais, a Polícia Militar apreendeu 30 armas de fogo, o que equivale a 33% do total do mês.

“A retirada de armas das mãos de criminosos evita o aumento dos números de homicídios que desde janeiro vem apresentando queda. No balanço semestral houve uma redução de 7% em relação ao primeiro semestre do ano passado, a diminuição é maior do que prevê o Pacto Nacional de Redução de Homicídios que estipulou uma taxa anual como meta de 5% de redução para cada estado por ano”, disse o secretário de Segurança Pública, Jeferson Portela.

Assaltos a ônibus

Durante o período junino, encerrado com a tradicional festa de São Marçal, no bairro do João Paulo, a Polícia Militar intensificou as operações Catraca e Ilha Segura. As ações são coordenadas pelo Comando de Policiamento Especializado (CPE) e contaram com o emprego de equipes do Batalhão de Choque (BpChoque), Rotam e do1º, 6º, 8º, 9º, 13º e 21º BPM.

Neste período houve uma redução de 19% do número de assaltos a coletivos.Ao todo foram abordados mais de 2,5 mil ônibus. Cerca de 20 mil abordagens foram realizadas durante o mês de junho, fruto das ações das duas operações. Além dos ônibus foram vistoriados carros de passeio e motocicletas.

Durante todos os dias e em locais pontuais identificados como os vários vulneráveis, a Polícia Militar monta barreiras e blitz revistando passageiros e suspeitos à procura de armas e drogas.  O comandante-geral da Polícia Militar afirmou que as ações das Operações Catraca e Ilha Segura também ocorrerão durante o período de férias.