TSE dá mais prazo e julgamento da chapa Dilma-Temer é adiado

Folha – O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) suspendeu o julgamento do processo de cassação da chapa Dilma Roussef-Michel Temer após o plenário decidir nesta terça (4) conceder mais cinco dias de prazo para manifestação das defesas.

O relator Herman Benjamin recuou da posição dos últimos dias e durante a sessão aceitou em dar prazo, além de concordar em ouvir novas testemunhas. Com isso, a data de retomada do julgamento fica incerta.

A decisão do relator surpreendeu porque havia a expectativa de um embate, já que ele havia fixado em 48 horas o tempo para que as alegações finais das defesas fossem apresentadas – prazo esgotado na semana passada.

Os sete ministros votaram favoráveis à solicitação feita pelo advogado Flávio Caetano, que representa a ex-presidente, de aumentar o tempo de defesa.

Ele apresentou uma questão de ordem logo no primeiro minuto da sessão, antes da leitura do relatório final de Benjamin.

Com a decisão também de ouvir novas testemunhas, o processo volta à fase de instrução, podendo atrasar mais.

Haverá depoimentos do ex-ministro Guido Mantega, do marqueteiro da campanha de 2014, João Santana, de sua esposa, Mônica Moura, e de André Santana, apontado como um emissário de João Santana.

Política maranhense em notas

Visita de Dilma incerta

dilmaAinda existe uma grande incerteza sobre uma possível visita da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) a São Luís. Petistas maranhenses tentam articular a vinda de Dilma à capital do estado na próxima sexta-feira (10), mas ainda sem confirmação para ato de movimento negro e um ato contra o golpe. Até uma agenda com o governador Flávio Dino foi especulada. O Blog consultou fontes petistas e palacianas, mas nenhuma agenda ainda confirmada ainda. A visita continua incerta.

Jota Pinto tenta última cartada

jotapintoO presidente estadual do PEN, Jota Pinto, mas tentar um movimento intenso para levantar sua pré-candidatura à prefeitura de São José de Ribamar. O ex-deputado fará um movimento bairro a bairro de pré-campanha,a exemplo do que já vem realizando o pré-candidato Luís Fernando Silva (PSDB). Mas o próprio Jota admite que vai para o tudo ou nada. Caso não chegue ao final da pré-campanha com um patamar melhor nas pesquisas (os famosos dois dígitos) não deverá sair candidato.

PSB como grande incógnita

psbO próprio senador Roberto Rocha ficou em uma “sinuca de bico” com a adesão do PSDB à Eliziane Gama tendo os tucanos a garantia da vice. Imagina o enfraquecimento que Roberto colocaria o PSB encaixando na coligação de Eliziane sem ter nem a vice. Como justificar à direção nacional tamanho rebaixamento tendo um potencial pré-candidato como Bira do Pindaré? Roberto ainda estuda aliança com Fábio Câmara (PMDB) ou Wellington do Curso (PP). Continua colocando o partido no balcão de negócios. Mas os aliados de Bira no PSB se movimentaram com muita força nos últimos dias para garantir a candidatura.

O tempo de TV de Edivaldo

20160606_092519Com as novas regras de campanha, apenas o tempo dos seis maiores partidos valem na computo de tempo de televisão na campanha. Assim, mesmo com 15 partidos na coligação, o prefeito Edivaldo só tem garantido o tempo de TV dos seis maiores. Assim, contribuem com tempo de TV dos que estão com Edivaldo hoje PSD, PR, DEM, PRB, PDT e PRB. Claro que Edivaldo ainda pensa em ter mais um partido grande como PT ou PSB. Mais do que tempo de televisão, Edivaldo garantiu nesta segunda, uma força de mobilização e militância que certamente farão a diferença na campanha de tiro curto.

Chapa proporcional

A discussão da formação das chapas proporcionais na coligação de Edivaldo ainda é quase um tabu entre os pré-candidatos a vereador. Todos os partidos estão esperando mais um pouco para se definir. Como houve um período de indefinição na minirreforma eleitoral se seria permitida ou não a coligação nas eleições para vereador, os partidos fizeram melhor o “dever de casa” e montaram grupos para eleger pelo menos um vereador sem a necessidade de coligação. Até o PDT, que tem quatro vereadores de mandato e mais dois de muito peso, não vê com maus olhos a possibilidade de sair sozinho e eleger três, por exemplo. Claro, tudo também passa pela eleição do prefeito, que garantiria mais espaços.

Prestação de contas

lrfA prefeitura apresentou a prestação de contas quadrimestral na Câmara Municipal de São Luís nesta segunda-feira (6). No contexto geral, houve melhora da arrecadação em comparação com o mesmo período de 2015. IPTU, ISS e ITBI registraram crescimento. A arrecadação do IPTU, por exemplo, cresceu 41,3% – um aumento com valores correntes de R$ 12,5 milhões. Mas as transferências constitucionais continuam em preocupante queda. O Fundo de Participação do Município (FPM) registrou uma queda na ordem de 15%.

Sarney diz em gravação que Lula se arrependeu de escolher Dilma

sarneyluladilmaG1 – O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) afirma em uma conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  se arrependeu da escolha da presidente afastada Dilma Rousseff para sucedê-lo. A assessoria do Instituto Lula classificou a divulgação da conversa como “nojenta”.

A conversa foi gravada por Machado na casa do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). O ex-presidente da Transpetro, que gravou várias conversas com políticos do PMDB, teve acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No diálogo com Sarney, inédito, Machado e o ex-presidente falavam sobre a Dilma Rousseff e sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O nome de Lula não é citado diretamente, mas, para os investigadores, fica claro que a conversa é sobre ele.

SÉRGIO MACHADO – Agora, tudo por omissão da dona Dilma.
JOSÉ SARNEY – Ele chorando. O que eu ia contar era isso. Ele me disse que o único arrependimento que ele tem é ter eleito a Dilma. Único erro que ele cometeu. Foi o mais grave de todos. 

Em gravação citada pelo jornal “Folha de S.Paulo” entre Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) o assunto também é Lula. Mas a conversa é sobre o suposto envolvimento do ex-presidente no esquema do mensalão do PT.

Segundo o jornal, Renan Calheiros afirma que Lula havia saído, ou seja, não processado no mensalão porque os pagamentos ao marqueteiro Duda Mendonça no exterior não foram investigados a fundo quando vieram a público.

RENAN CALHEIROS – Por que que o Lula saiu [não foi acusado no processo do mensalão]? Porque o Duda [Mendonça, marqueteiro] fez a delação – na época nem tinha [a lei]. O Duda fez a delação e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo.

Duda Mendonça foi o marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2002. Ele acabou absolvido no julgamento do mensalão.

Neste trecho, também publicado pela “Folha”, Renan e Machado se referem ao triplex e ao sítio que os investigadores afirmam que são de propriedade do ex-presidente. Lula nega ser o dono.

Os dois  citam uma quantia em dinheiro que Lula teria, sem mencionar a origem. Reportagem da revista “Veja” mostrou que a empresa de palestras de Lula teria faturamento semelhante à quantia citada por Machado.

MACHADO – …botou na real. Aí [inaudível] umas besteiras, como a Marisa diz, besteira. Ele tem 30 milhões em caixa. Como é que não comprou um apartamento, uma p*** [inaudível]. P***, umas m***, um sítio m***, um apartamento m***.

Além de fazer as gravações, Sérgio Machado já deu vários depoimentos aos investigadores da Operação Lava Jato, que estão agora analisando todas essas informações trazidas pelo ex-presidente da Transpetro.

A delação premiada dele foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, a partir de agora, começa uma nova etapa da apuração. O ex-presidente José sarney e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá podem ser chamados a dar explicações.

Quase 60% dos senadores que julgam Dilma são alvo da Justiça

Do Portal Terra

Aécio Neves responde por crimes eleitorais e paira sobre ele suspeita de ter ocultado informações sobre um suposto esquema de compra de votos em Minas Gerais, em 2005. Um pedido de Janot para investigar o senador na Lava Jato está à espera de decisão no STF.

Aécio Neves responde por crimes eleitorais e paira sobre ele suspeita de ter ocultado informações sobre um suposto esquema de compra de votos em Minas Gerais, em 2005. Um pedido de Janot para investigar o senador na Lava Jato está à espera de decisão no STF.

Do total de 80 senadores que participarão da votação (Delcídio Amaral foi cassado nesta terça-feira, 10), 47 são suspeitos ou acusados de crimes que vão desde falsidade ideológica até abuso de poder econômico – o que equivale a quase 60%. Treze deles podem ter ligação com casos de corrupção investigados na Operação Lava Jato. E entre os 68 oradores que vão debater o tema no Senado nesta quarta-feira, 40 são suspeitos ou acusados de crimes.

O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), está sob suspeita de crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta de denúncias feitas por um dos delatores da Lava Jato. A apuração já foi autorizada pela Justiça.

Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário derrotado na última eleição presidencial, responde por crimes eleitorais. Também paira sobre ele suspeita de ter ocultado informações sobre um suposto esquema de compra de votos em Minas Gerais, em 2005. Um pedido do procurador-geral da República para investigar o senador no âmbito da Lava Jato está à espera de decisão no STF.

Entre os 13 políticos alvos de inquérito no STF devido à Lava Jato, suspeitos de ligação com o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, estão: quatro senadores do PMDB (Edison Lobão, Renan Calheiros, Romero Jucá e Valdir Raupp); três do PT (Gleisi Hoffmann, Humberto Costa e Lindbergh Farias); três do PP (Benedito de Lira, Ciro Nogueira e Gladson Cameli); um do PSDB (Aécio Neves); um do PTC (Fernando Collor) e um do PSB (Fernando Bezerra Colelho).

Andamento da sessão

Antes da votação nesta quarta-feira, os 68 senadores inscritos para debater terão até 15 minutos para discutir o texto do relator da comissão especial do impeachment, Antônio Anastasia (PSDB-MG). Em seguida, o próprio relator vai se manifestar, o qual também foi investigado pela Lava Jato, mas teve a acusação contra ele arquivada por falta de provas.

O último a falar será o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa da presidente. Ele foi ministro da Justiça por seis anos, desde o primeiro governo Dilma. Sob sua gestão, o escândalo na Petrobras começou a ser investigado pela Polícia Federal. O próximo passo é a votação eletrônica.

Ficha suja

A lei brasileira determina que condenados pela Justiça não podem se candidatar a cargos públicos. Nesse sentido, a lentidão no julgamento de políticos suspeitos de envolvimento em irregularidades conta a favor da impunidade.

A acusação mais recorrente entre os senadores é de improbidade administrativa, quando um agente público comete ato desonesto que vai contra a administração pública. É o caso da acusação feita contra o senador Blairo Maggi (PR-MT), apontado por favorecer o desmatamento irregular em seu estado. Os números são do projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil.

Quem compõe o Senado brasileiro

O Senado brasileiro é composto principalmente por empresários de diferentes setores. De acordo com estudo da Transparência Brasil, quase um terço deles são ligados ao agronegócio, e um quarto dos senadores possui concessões de rádio e televisão. Há apenas 11 mulheres entre o total de 81 senadores, enquanto elas são 51,4% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em cada um dos 26 Estados e no Distrito Federal, são eleitos três senadores para mandatos de oito anos. O salário de cada senador é de 33,7 mil reais, e todos têm direito a alguns milhares de reais por ano para administrar a estrutura do mandato. O valor varia com a localização do Estado de origem do senador.

Voto coerente: José Reinaldo finalmente faz o pacto com Sarney

Por Raimundo Garrone

Roseana feliz da vida com o voto de Zé Reinaldo favorável ao impeachment

Roseana feliz da vida com o voto de Zé Reinaldo favorável ao impeachment

O ex-governador José Reinaldo Tavares poderia ter sido mais honesto ao justificar o seu voto favorável ao impeachment da presidente Dilma, e não pedir desculpas ao governador Flávio Dino  com a conversa furada de que não poderia votar em quem perseguiu o seu governo e cassou o mandato do ex-governador Jackson Lago.

Ora, como dizer que não pode votar em quem lhe fez tanto mal, exatamente favorecendo quem realmente tudo isso lhe causou ?

Ou será que não foi Sarney que perseguiu o seu governo inviabilizando no Senado o empréstimo de US$ 30 milhões ?

Ou será que não  foi Sarney que utilizou de sua força no governo federal para impedir que ministros viessem ao Maranhão ?

Ou será que não foi Sarney que arquitetou e financiou o golpe contra Jackson Lago no TSE ?

Concordo com os que dizem que Zé Reinaldo foi coerente.

Realmente ele foi. Mas foi com sua tese apresentada em 2015 sobre a necessidade de um pacto com Sarney, que retomaria o poder com a posse de Temer e poderia prejudicar o governo Flávio Dino e a população do estado, assim como fizera com o seu.

Não era mais simples dizer que iria votar pelo Maranhão ?

O pior foi citar Jackson Lago para justificar o seu voto, quando o próprio PDT, liderado pelo maranhense Weverton Rocha,  fechou questão contra o golpe homenageando exatamente Lago, Brizola, e Neiva Moreira, os fundadores do partido.

Ou será que foi o PDT quem traiu a memória do ex-governador ao votar contra o impeachment ?

Há uma tentativa de golpe orquestrado pelo Judiciário, diz Flávio Dino

Mariana Haubert

Da Folha, de Brasília

flaviobrasiliaO governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), afirmou nesta terça-feira (22) que há, hoje em dia, uma tentativa de um golpe orquestrado por parte do Poder Judiciário para impedir que a presidente Dilma Rousseff possa concluir o seu mandato.

Ex-presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), o maranhense criticou a atuação do juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, ao, sem citar o nome do magistrado, afirmar que é preciso “conter os abusos judiciais”.

Dino afirmou ainda que o país assiste hoje ao crescimento de manifestações “fascistas” que defendem a violência como atuação política e que estão em busca de um “de um führer, de um protetor”. “Ontem foram as forças armadas, hoje é a toga supostamente imparcial e democrática”, disse.

Ele participou do ato de juristas, advogados, promotores e defensores públicos contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff realizado nesta manhã no Palácio do Planalto. Batizado de “Encontro com Juristas pela Legalidade da Democracia”, o evento temcomo tom principal críticas à atuação de Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.

Sem citar o nome do magistrado, Dino criticou a nota enviada pelo juiz a veículos de comunicação no domingo (13) logo após as manifestações pró-impeachment em que afirmou ter ficado “tocado” com o apoio à Operação Lava Jato nos atos pelo país.

“O Poder Judiciário não pode mandar carta para passeata. […] E se um juiz quiser fazer passeata, há um caminho. Basta pedir demissão. Não use a toga para fazer política. Isso acaba por destruir o Poder Judiciário”, afirmou o maranhense. “É preciso conter os abusos judiciais. Quando um juiz abusa não significa dizer que todos abusam mas esse abuso contamina a ordem jurídica”, completou.

O maranhense afirmou ainda que há no país uma luta recorrente das elites sociais pela manutenção de seus privilégios. “É uma estratégia perene da luta política do nosso país. Ela obedece a uma lógica: esconder verdadeiros problemas. A maior corrupção que pode existir é a desigualdade e injustiça social. E aqueles que querem situar apenas a corrupção do Estado, querem apenas defender seus privilégios de classe e de casta. É 1% da população que usa há várias décadas essa estratégia para defender seus interesses”, disse.

Além de Dino, outros juristas discursam neste momento no Palácio do Planalto. Ao chegar para o evento, Dilma foi bastante aplaudida pelos presentes ao ser anunciada. Enquanto a petista cumprimentava alguns convidados, a plateia entoou o grito de “não vai ter golpe”.

Na semana passada, sob o comando do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Câmara instalou a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment. O peemedebista tem realizado sessões plenárias em dias não comuns à sua realização para acelerar a tramitação do caso. A expectativa dos deputados é votar o impedimento de Dilma até o fim de abril.

Flávio, Ciro Gomes e Carlos Lupi lançam campanha “Golpe Nunca Mais”

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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), ao lado do ex-governador do Ceará e do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, lançaram campanha em favor da democracia e contra a tentativa de golpe lançado pelo presidente do Congresso Nacional, Eduardo Cunha, pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Foi lançada a página no Facebook em defesa da democracia.

Confira a página contra o Golpe aqui.

Flávio Dino demonstrou tecnicamente a impossibilidade jurídica do impeachment da presidente, que não tem contra si nenhuma acusação de ato improbo. O governador elencou que não existe nenhuma situação prevista pela Constituição que justifique o impeachment “Não imputam a ela nem um ato de corrupção. O punico motivo seria suposto descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal – as pedaladas fiscais. Mas se ocorreu foi em 2014, no governo anterior. O exercício deste ano ainda não acabou. É importante dizer à nação. Só existe um fato. Descumprir a meta fiscal mas o próprio congresso aprovou. Estamos diante de uma situação absurda, monstruosa.  Devemos obediência à Constituição.  Não podemos aceitar uma virada de mesa contra a Constituição. O impeachment é pra crime. Descumprir a LRF não é crime”.

O governador lembrou que na democracia não se pode tomar o poder do presidente simplesmente pela crítica, mas o impeachment é fruto de um fato concreto praticado pelo chefe do Executivo federal. “Eu me dirijo a quem não gosta do governo. A oposição é legítima.  As críticas são legítimas. Há o momento de manifestar que não gosta do governo, que é nas eleições. No presidencialismo não há impeachment porque não gosta do governo. Só no parlamentarismo. Em 1964 deram um golpe no congresso nacional e o país pagou. É uma tentativa de fraudar a vontade popular”.

O comunista afirmou ter certeza de que o Supremo Tribunal Federal não permitirá este acinte à carta magna da nação.

Na mesma linha, Ciro Gomes afirmou que não existe, nem do mais fervoroso adversário político da presidente, acusação de ato da própria. “O impeachment só acontece em uma única situação: o presidente, ele mesmo, cometer crime de responsabilidade. Nem o mais picareta adversário diz que Dilma é ladra”.

Impeachment: bancada maranhense tem 12 pró-Dilma e seis contra

Bancada maranhense: 2/3 a favor de Dilma

Bancada maranhense: 2/3 a favor de Dilma

O Blog apurou como está a movimentação da Bancada maranhense na Câmara federal com relação ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Dentre os 18 deputados maranhenses, a perspectiva é de 12 votos contra o impeachment da presidente da República e seis a favor. Embora, pelo menos cinco são posição de momento ainda frágeis e podem mudar durante o processo.

Contra o impeachment são Rubens Júnior (PCdoB), Zé Carlos (PT), Rosângela Curado (PDT), Sarney Filho (PV), Pedro Fernandes (PTB), Waldir Maranhão (PP), Victor Mendes (PMB), José Reinaldo (PSB), João Marcelo (PMDB), Cléber Verde (PRB), Aluísio Mendes (PMB) e Alberto Filho (PMDB).

O comunista Rubens Júnior tem puxado o coro nacionalmente contra o impeachment. E a bancada maranhense em sua maioria já foi eleita por membros da base aliada do governo Dilma, tanto dinistas quanto sarneystas. Chama atenção também o provável voto a favor de Zé Reinaldo. Mas fontes na Câmara garantem que mesmo sendo opositor ao governo Dilma, Reinaldo não é favorável ao impeachment.

A favor do impeachment estão João Castelo (PSDB), Eliziane Gama (Rede), Juscelino Filho (PMB), André Fufuca (PEN), Hildo Rocha (PMDB) e Júnior Marreca (PEN).

Chama atenção os prováveis votos de Eliziane, já que a Rede Sustentabilidade se posicionou contra o impeachment. Hildo Rocha, aliado de primeira do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, irá acompanhar o posicionamento do presidente mesmo sendo de um partido da base aliada do governo federal. Ainda é comentada nos bastidores a mudança de posicionamento de Júnior Marreca. 

Uma comissão especial, com 132 integrantes – 66 titulares e 66 suplentes – terá 90 dias para apresentar o relatório final do processo. Se decidir pelo impeachment, o texto vai a plenário e precisa ser aprovado por 342 dos 513 deputados. Nesse caso, o processo segue para o Senado.

Deputados criticam pedido de impeachment da presidente Dilma

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Os deputados Othelino Neto (PCdoB), Zé Inácio (PT) e Fernando Furtado (PCdoB) criticaram, na sessão desta quinta-feira (3), a decisão do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, de acolher o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O primeiro a abordar o assunto, na tribuna, foi o deputado Othelino Neto, que iniciou seu discurso lamentando a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por ter autorizado o início do processo de impeachment da presidente da República.

Para o deputado Othelino Neto, a atitude do presidente da Câmara dos Deputados teve o sentido de uma retaliação por ele não ter tido apoio dos deputados do PT na Comissão de Ética da Câmara Federal.

“Tratar a discussão do impeachment de uma Presidenta da República desta forma, que foi eleita pelo povo, como uma mera vingança, como uma troca por não ter feito um acordo político que pudesse salvar o deputado Eduardo Cunha diante das tão graves denúncias que ele responde foi, na realidade, um gesto de irresponsabilidade que apequenou o deputado Eduardo Cunha e que apequena a Câmara dos Deputados que em função de ser por ele representada”, afirmou Othelino Neto.

Ele acrescentou que ficou ainda mais surpreso quando o presidente da Câmara disse que deferiu o pedido de abertura de processo de impeachment ouvindo as vozes das ruas.

“Impopularidade não pode ser razão de afastamento de Presidente, de Governador ou de Prefeito. Um gestor pode estar impopular hoje e pode estar popular amanhã. A hora de medir e de resolver se um gestor deve continuar ou não é nas eleições. Então daqui a três anos o povo brasileiro terá a oportunidade de escolher um novo Presidente da República e, aí sim, vai poder escolher se quer continuar neste caminho ou se quer tomar outra direção”, afirmou Othelino, manifestando sua indignação e repúdio à decisão tomada pelo presidente da Câmara dos Deputados.

Em seu discurso, o deputado Zé Inácio criticou o pedido de impeachment, também fazendo críticas a declarações do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que deu declarações à imprensa defendendo o afastamento da presidente da República.

“Deixo aqui o meu ato de repúdio e também para mostrar que tem muitos que não se preocupam com o país. Os empresários que hoje defendem o impeachment não estão com um pingo de preocupação com o país”, afirmou Zé Inácio. Ele fez questão de citar a manifestação pública do governador Flávio Dino contra o impeachment.

“O governador Flávio Dino, que é advogado, é jurista, foi juiz federal, é professor da Universidade Federal do Maranhão, inclusive de Direito Constitucional, já se manifestou e está publicamente, no Portal Vermelho do PCdoB, a manifestação dele contra esse ato golpista. Dizendo que é inadmissível, que isso é uma violência contra a soberania popular. E, de forma muito acertada, ele disse que o impeachment, que é o que reza a Constituição, deriva de crime de responsabilidade, tipificado na Constituição, doloso e devidamente provado. Como não existe nada disso, é um verdadeiro absurdo e um ato contra o Estado Democrático de Direito”, ressaltou Zé Inácio.

Ao ocupar a tribuna, o deputado Fernando Furtado também criticou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff: “É preciso ter responsabilidade. Não podemos neste momento querer tirar a presidente Dilma, criar um golpe em que onde temos experiência do passado, do golpe que foi feito no passado onde o país não teve sossego, não teve paz, não teve crescimento”.

Aécio consegue reunir 6 mil manifestantes “em casa”

O senador e pré-candidato a presidência Aécio Neves (PSDB-MG) não teve a força que queria das manifestações contra a presidente Dilma em sua casa. A terceira manifestação do ano contra o governo em Belo Horizonte foi marcada pela tranquilidade. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 6 mil pessoas passaram na manhã deste domingo pela Praça da Liberdade, Centro-sul da capital.

A novidade no protesto de hoje foi a presença do próprio Aécio Neves, que passou pelo evento. Nas outras edições ele não havia participado. Além de pedir a saída de Dilma do Palácio do Planalto, os manifestantes usaram palavras de ordem como “fora PT” e cartazes contra a administração do governador Fernando Pimentel (PT). Algumas pessoas também defendiam a intervenção militar.