A atitude do pré-candidato da Oligarquia Sarney ao Governo do Maranhão de processar seis profissionais de imprensa foi tema do pronunciamento do deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (09).
O suplente de Senador processou Gilberto Lima, Cunha Santos, Raimundo Garrone, John Cutrim, Leandro Miranda e Ivison Lima sem alegar calúnia, injúria ou difamação. Para o deputado Bira, o filho do Ministro de Minas Energia, simplesmente quer cercear a liberdade de imprensa.
Bira entende que o pré-candidato da Oligarquia quer que os referidos profissionais de imprensa não comentem e não falem de informações que são de conhecimento público. O parlamentar destacou que o caso da condenação criminal sofrida pelo suplente de Senador na Justiça Federal, é um fato concreto.
Para o socialista, os excessos devem ser contidos, as mentiras e as calúnias devem ser coibidas pelo Judiciário, contudo, as informações são necessárias, inclusive para balizar o posicionamento da sociedade. O Deputado ressalta que processar profissionais de imprensa, sem alegação de calúnia, injúria ou difamação, remete a ditadura militar.
“Nós não podemos pisotear o direito e o princípio democrático de se levar a informação a toda comunidade. Quero trazer a minha solidariedade a todos eles, e dizer que essa luta não é apenas desse jornalista, mas é uma luta do povo do Maranhão, o Brasil precisa saber o que está acontecendo aqui, o Brasil precisa saber que a ditadura ainda existe e que estamos exatamente enfrentando isso”, destacou Bira.
O deputado citou um texto do Jornalista Cunha Santos intitulado: “O gene da ditadura inoculado no candidato a governador”, para reafirmar que os resquícios da ditadura parecem estar no DNA do pré-candidato da Oligarquia, pois, tentar cercear a liberdade de imprensa é absolutamente abominável.
O jornalista Cunha Santos foi notificado, pela segunda vez, por decisão da juíza eleitoral Maria José França Ribeiro que o obrigou a apagar dois textos: o primeiro foi “Dilma manda o PT se afastar de Edinho Lobão”, sob o argumento que o texto incorria em propaganda eleitoral antecipada negativa. A Juíza negou o pedido de multa que o suplente de Senador fez ao jornalista Cunha Santos no valor de R$ 25 mil.
Dos blogueiros Leandro Miranda e John Cutrim e do jornalista Raimundo Garrone, o pré-candidato da Oligarquia quer a retirada da matéria que trata de sua condenação por pirataria, ocorrida em 2010. Do blogueiro e radialista Gilberto Lima, o suplente quer que uma multa de R$ 37 mil. R$30 mil por ter permitido comentário de ouvintes no programa ‘Comando da Noite’ da Rádio Capital e mais R$ 7 mil por ter noticiado o caso no seu Blog.
O radialista Ivison Lima foi notificado por reproduzir, no programa ‘Bastidores da Capital’, da Rádio Capital AM, comentário da jornalista Raquel Sheherazade sobre a proposta do suplente de retirar do Regimento do Senado a palavra “ética”. Sherazade fez um comentário, quando âncora do Jornal do SBT, retransmitido no Maranhão pela TV Difusora, de propriedade do próprio filho do Ministro de Minas Energia.
“Será que ele processou essa jornalista? Será que ele processou o SBT? Não! Mas o Ivison Lima está aqui, sendo alvo de ataques por iniciativa do seu Edinho Lobão. Acho que no mínimo, merece o nosso repúdio, e no mínimo merece a repulsa de toda a sociedade maranhense”, criticou Bira.