Flávio Dino promete duro combate à agiotagem nas eleições deste ano

PC do B promove encontro de prefeitos e pre candidatos fotos Gilson Teixeira (5)O governador Flávio Dino (PCdoB) foi duro com relação ao combate à agiotagem durante as eleições deste ano. Em seu discurso na reunião com os pré-candidatos a prefeito do PCdoB falou que é preciso mudar a ideia de pleito com apoio de agiotas ou convênios eleitoreiros que está arraigada na política maranhense há décadas.

“Nós – governo do Estado – vamos agir duramente e quero contar com Ministério Público e Justiça. E não vai ter financiamiento de agiota. Isso não pode contaminar a política. Isso estava acontecendo no Maranhão e não vai acontecer se depender de nós”, afirmou.

O governador também fez questão de deixar claro que acabou o momento das farras de convênio fantasma para eleições. “O modelo tradicional de financiamento da política também deu errado no Estado. Basta olhar a quantidade de gente inelegível pelo resto da vida. Por causa de tanta conta rejeitada, tanto processo, tanta coisa. E a gente não pode repetir isso. Porque depois quem paga em primeiro lugar é a população”, disse o governador.

Flávio lembrou que em todo o país os candidatos estão se adaptando à mudança com o fim do modelo empresarial de financiamento de campanha e com a crise política pela qual o Brasil inteiro passa.

Operação El Berite encerra com nove prisões

Cúpula da segurança apresenta resultados da operação

Cúpula da segurança apresenta resultados da operação de combate à agiotagem

Em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (26), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSPMA) apresentou as duas últimas pessoas presas pela operação El Berite II, que investigou desvio de recursos públicos em Bacabal para pagamento de agiotas. O casal Charles da Silva Viegas e Maria José Viegas – proprietários da empresa El Berite, que distribuía o dinheiro desviado – foi preso em São Paulo (SP), em ação conjunta entre as Polícias Civis do Maranhão e de São Paulo. A operação foi concluída com a prisão preventiva de nove pessoas envolvidas. Durante a entrevista, os delegados também anunciaram a prisão do ex-secretário de Finanças de São Mateus, Washington de Oliveira, por tentativa de peculato no município.

O trabalho, conduzido pela Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor), foi destacado pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela. “O dinheiro público deve ser aplicado para fins públicos previamente definidos e não para pessoas enriquecerem. Não se pode ficar rico às custas da saúde pública, da merenda escolar ou da construção de moradias, de modo imoral. Essa cultura maligna tem que acabar. Por isso, o governador Flávio Dino decidiu pela criação da Seccor, que agora foi ampliada e conta com mais delegados, investigadores e escrivães, que prosseguirão e intensificarão o trabalho de combate à corrupção”, enfatizou Portela. “A ordem é investigar, prender os responsáveis e recuperar para o erário público o que foi desviado”, completou.

A prisão do casal foi articulada pela Polícia Civil do Maranhão e operacionalizada pela Polícia Civil de São Paulo. Charles e Maria José Viegas já tinham residência estabelecida na capital paulista e eram alvo da investigação, que os localizou e prendeu. Eles responderão, dentre outros crimes, por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e ocultação de bens. A investigação constatou que a empresa El Berite, que nomeia a operação desencadeada pela Seccor, desviou R$ 4,5 milhões e pulverizou o dinheiro para agiotas, servidores públicos e vereadores. A empresa recebia recursos públicos sem qualquer tipo de contrato com a Prefeitura de Bacabal.

De acordo com o presidente da Comissão de Agiotagem, delegado Roberto Fortes, a última etapa da operação conclui um dos 42 inquéritos iniciados ainda em 2012, com a Operação Detonando. Naquela ocasião, a Polícia localizou vasta documentação e cheques de prefeituras no estouro de cofre na casa do pai do agiota Gláucio Alencar, José Miranda.

Este mês, a Operação El Berite II já havia prendido mais sete pessoas: o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, e dois de seus auxiliares na gestão municipal, o ex-tesoureiro, Gilberto Ferreira, e o ex-secretário municipal Aldo Araújo de Brito, além de Josival Cavalcanti, conhecido como agiota pelo apelido de Pacovan, e sua esposa Edna Pereira; e Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP ou Imperador. O agiota Gláucio Alencar foi alvo do sétimo mandado de prisão, acusado de ter recebido dinheiro advindo do esquema, mas já estava preso por ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá. Ao todo, 17 pessoas foram indiciadas na Operação El Berite II.

 

Lisboa, Eduardo DP e Pacovan ficam presos por tempo indeterminado

Pacovan e Eduardo DP em Pedrinhas

Pacovan e Eduardo DP em Pedrinhas 

Com mandato de prisão preventiva expedido pela Justiça, os acusados de crime de agiotagem e desvio de verbas da merenda escolar ficam presos por tempo indeterminado. A operação El Berite II prendeu o ex-prefeito de Bacabal e ex-presidente da Famem, Raimundo Lisboa, e nomes conhecidos sempre relacionados à agiotagem no Maranhão. Logo depois de prestar depoimento na SSP, os sete acusados irão para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Alem de Lisboa, foram presos dois de seus auxiliares na gestão municipal, o ex-tesoureiro, Gilberto Ferreira, e o ex-secretário municipal Aldo Araújo de Brito. Também estão na cadeia Josival Cavalcanti, conhecido como agiota pelo apelido de Pacovan, e sua esposa Edna Pereira; além de Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP ou Imperador. Gláucio Alencar, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá, já preso, foi alvo do sétimo mandado de prisão, acusado de ter recebido dinheiro advindo do esquema.

Os sete envolvidos são responsáveis por desvios de R$ 4,5 milhões na Prefeitura de Bacabal e responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, fraude ao processo licitatório, peculato e organização criminosa. “Estes criminosos, em sua ânsia vampiresca de acumular patrimônio, surrupiaram o dinheiro da merenda escolar, da moradia, das estradas, da urbanização das cidades, infernizando o meio social. Bandido é bandido. Não importa quem ele seja, deve responder por seus crimes”, enfatizou o secretário Jefferson Portela.

Apesar da prisão por tempo indeterminado, os advogados dos acusados já se movimentam em busca de habeas corpus, que se concedido, será um acinte à sociedade maranhense.

Municípios como Zé Doca, Arari, Dom Pedro, Marajá do Sena e Bacuri também são alvo de investigação da Polícia Civil por movimentações suspeitas relacionadas à agiotagem.

Nome da operação

O nome da operação remete à empresa El Berite, que deveria atuar no ramo da construção civil no município de Bacabal, mas que serviu como “laranja” no desvio de verbas públicas para pagamento de agiotas. A dívida com os agiotas decorre do financiamento de campanha de reeleição do ex-prefeito Lisboa para o mandato de 2009 a 2012.

Ex-prefeito de Bacabal, Pacovan e Eduardo DP são presos novamente

Lisboa já havia sido detido para prestar esclarecimentos em maio deste ano.

Lisboa já havia sido detido para prestar esclarecimentos em maio deste ano.

A Policia Civil do Estado do Maranhão, por intermédio da Superintendência de Combate à Corrupção, deflagrou a operação El Berite II, de combate à agiotagem.

Nesta etapa, foram presos, em cumprimento a mandados de prisão preventiva, o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa; o agiota Josival Cavalcanti, conhecido por Pacovan e sua esposa Edna Pereira; o agiota Eduardo José Barros Costa, conhecido por Eduardo DP, além de Aldo Araujo de Brito, ex-secretário municipal de Bacabal e Gilberto Ferreira, ex-tesoureiro na gestão de Raimundo Lisboa.

Também teve prisão decretada o agiota Glaucio Alencar, mandante do assassinato do jornalista Décio Sá. Eles são responsáveis por desvios da monta de RS 4,5 milhões.

Política maranhense em notas

Acobertamento do Estado a agiotas

flaviodinoDurante entrevista no programa de rádio “Conversando com o governador”, Flávio Dino foi duro ao falar da acobertamento do governo passado à prática de agiotagem no Maranhão. “A agiotagem no nosso Estado sempre foi praticada com muita liberdade porque tinha a proteção do Palácio dos Leões. Quem governava o Maranhão protegia os agiotas. E os agiotas são aqueles responsáveis pela corrupção. Por isso, diferente do governo passado, nós não protegemos bandido. E a polícia vai continuar atuando com liberdade, cumprindo a Lei. Não tem nenhuma orientação política nisso. O que há é esse compromisso de cumprir a Lei”.

PCdoB pode ganhar três vereadores

plenariocamaraO PCdoB tem grande chance de reforçar muito seus quadros para as eleições de 2016 em São Luís. Três vereadores de mandato e um primeiro suplente negociam a filiação no partido do governador do Maranhão. E as negociações com os vereadores de mandato estão avançadas. O suplente está praticamente fechado. Sem medo de concorrência, o único vereador hoje do partido, Professor Lisboa, está ajudando na mediação da negociação. Caso todos sejam confirmados, o partido passará a ser a maior bancada da Casa.

César Pires também flerta com comunistas

cesarpiresQuem também andou flertando com o partido do governador foi o deputado estadual César Pires (DEM). A negociação emperrou e o próprio governador não ficou animado com a possível filiação do ex-líder do governo Roseana. E nesta segunda-feira (1º) o deputado “soltou os cachorros” contra o secretário estadual de segurança, Jefferson Portela, que é do PCdoB. O discurso parece ter afundado de vez a possibilidade de Pires se tornar comuna.

Madeira e a sucessão em Imperatriz

madeira_sebastiaoDurante conversa com jornalistas no lançamento do programa Mais Vidas no Trânsito, o prefeito Sebastião Madeira, fugiu de todas as formas das perguntas sobre sua sucessão em 2016. Não quis dizer se preferia Rosângelo Curado ou Clayton Noleto, mas afirmou que seu candidato será o candidato do Palácio dos Leões, para que Imperatriz possa continuar contando com o apoio do governo para melhorias na cidade.

Saúde em debate

saudeA Prefeitura de São Luís apresentou na manhã desta segunda-feira (1°), na Câmara Municipal, um relatório das ações relativas à saúde. A secretária Helena Duailibe fez a exposição do trabalho da pasta. A titular da Saúde mostrou a ampliação da oferta de serviços à população e na qualificação da rede assistencial. Um dos dados apresentados mostra que, apenas no período de janeiro a março deste ano, foram realizados 3.073.276 atendimentos ambulatoriais, na rede municipal de saúde. Ela mostrou as reformas de grande porte e ampliações, que estão sendo feitas nos hospitais Socorrão I e II, e no Hospital da Criança, e a construção da Maternidade da Cidade Operária.

Vistoria a recuperação de casarões

edivaldocasaroesO prefeito Edivaldo realizou nesta segunda-feira (1º) vistoria nos serviços de reestruturação de imóveis situados no Centro Histórico de São Luís. As obras, localizadas nas Ruas da Palma e do Giz, serão destinadas para habitação de interesse social e para a criação da Casa do Bairro. A requalificação dos casarões está sendo realizada pela Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), com recursos alocados do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), e faz parte das ações de revitalização que estão sendo implementadas na região. Entre as obras vistoriadas estão dois casarões que serão transformados em abrigos para famílias de baixa renda que vivem no Centro Histórico de São Luís.

Jefferson Portela: “estão mandando me bater por prevenção”

Por Clodoaldo Corrêa e Leandro Miranda

Portela diz que R$ 300 milhões do BNDES para investimento na SSP sumiram

Portela diz que R$ 300 milhões do BNDES para investimento na SSP sumiram

A segurança pública foi o principal debate da sociedade maranhense na última semana. Com a problemática no centro da discussão, o secretário estadual de segurança, Jefferson Portela, concedeu entrevista com exclusividade aos Blogs Marrapá e Clodoaldo Corrêa e falou de todas as polêmicas envolvendo a pasta.

Portela admite que a segurança pública é o maior problema do Maranhão mas afirma que não se modifica a realidade de imediato, como ato de vontade do novo governo, mas que está sendo modificada pelas ações. Ele elencou as ações da pasta e lembrou que os números estão melhorando. O secretário atribui as críticas, em parte, à justa necessidade de segurança das pessoas, e por outro lado, “tem gente sofrendo por antecipação”, mandando “bater” por prevenção para tentar desanimá-lo na investigação da agiotagem.

O secretário fez uma grave revelação. R$ 300 milhões do empréstimo do BNDES destinados à segurança pública, não foram aplicados mesmo tendo sido liberados. Ele prometeu auditoria em todos os possíveis casos de desvio na pasta para que os responsáveis sejam punidos.

Sobre a possível reabertura do Caso Décio Sá, Portela disse não existir a possibilidade por parte da secretaria, pois foi concluído no âmbito da SSP ainda no governo anterior e já está no Judiciário. Mas qualquer cidadão que tenha algum fato novo, pode solicitar a reabertura ao Ministério Público.

O titular da SSP anunciou em primeira mão o investimento de R$ 3 milhões para comprar novas armas para as polícias do Maranhão e a descentralização das delegacias de São Luís. 

A segurança pública foi o ‘calcanhar de Aquiles’ do governo passado. Quais as principais dificuldades que o senhor encontrou ao assumir a pasta?

A primeira de ordem financeira, que interfere no conjunto de atividades que a gente desenvolve na política de segurança. A nossa gestão foi iniciada em 2 de janeiro e nós tivemos que pagar diárias atrasadas desde maio de 2014, atrasos no aluguel de helicópteros, dívidas do combustível das aeronaves, combustíveis das viaturas comuns, meses de atrasos no pagamento do telefone etc. É um passivo muito ruim, pois a gente já começa a fazer pagamentos no dia seguinte à posse, referentes ao exercício de 2014. Eram mais de R$ 12 milhões em débitos na Polícia Militar, R$ 28 milhões na SSP, R$ 4 milhões na Polícia Civil, além dos débitos no Corpo de Bombeiros. Um outro aspecto é que nós já no deparamos no início da gestão com um problema de pessoal. Um concurso em andamento em que não houve um chamamento. Nós tivemos que correr para fazer a convocação de um edital de 2012, sendo que a cada quatro convocados que fazem os testes de aptidão, três ficam reprovados. Nós queríamos formar 1000 pessoas para a academia de polícia, mas ainda não foi possível. A sociedade tem que saber que houve algo grave no Maranhão: pegaram um número de policiais, fizeram uma solenidade de incorporação à tropa, as pessoas foram fardadas e armadas, e colocadas nas ruas da capital para prestar serviço policial. Depois de alguns meses, essas pessoas foram mandadas embora, porque não foram nomeadas. É um fato grave que vou comunicar à Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão. Colocaram fardas em pessoas que não eram policiais.

A segurança pública tem sido muito criticada nos últimos dias. Este é o maior problema do governo Flávio?

JeffersonOlho1Esse é o maior problema do Maranhão. Alguns críticos ‘esquecem’ de alguns números. Em novembro de 2014, a região metropolitana de São Luís bateu o recorde nacional de homicídios, com mais de 150 mortes. Não acontecia isso há 20 anos. A realidade dos anos passados não poderia ser suprimida em um mês, como ato de vontade do novo governo. Essa realidade será mudada com trabalho. Hoje se fala em crise na segurança, mas as facções criminosas que executam pessoas e realizam assaltos não chegaram ao Maranhão em janeiro de 2015. Temos problemas, mas não são de hoje. Está sendo feito um grande esforço para ajustar a política de segurança. O governo Roseana contraiu um empréstimo de R$ 3,2 bilhões do BNDES para obras em 217 municípios. A SSP dispensou a equipe técnica encarregada de acompanhar as obras com estes recursos. A informação é que não se sabe onde foram aplicados R$ 300 milhões destinados a investimentos na Secretaria de Segurança. Eles foram destinados, mas não foram investidos na execução de obras. Contrataram um projeto para a construção da nova sede do IML por R$ 300 mil, que seria construída em cima de duas pistas da Universidade Federal do Maranhão. Como nós vamos dar andamento a uma obra que vai interditar a UFMA?! Existem obras de quarteis do interior que foram prorrogadas por quase 35 vezes, embora pagas quase que integralmente e os prédios ainda estejam no chão. Nós vamos auditar todos esses casos pela Secretaria de Transparência do Estado. Alguém tem que responder por isso.

Ao que o senhor atribui, então, as críticas e a sensação de insegurança que tem tomado os noticiários locais?

As críticas eu atribuo à democracia. As críticas das pessoas que estão em risco são legítimas e tem que ser atendidas pelo Estado. Trabalho três turnos por dia para atendê-las. Agora, uma crítica não tem credibilidade alguma: a daqueles que servem ao modelo anterior, que querem atacar a gente a qualquer custo. Coisa absurdas. Digo uma coisa e eles divulgam outra. Um determinado repórter me perguntou sobre o caso do Panaquatira. Depois, ele muda o conteúdo para o caso de confronto entre policiais e bandidos. Dei uma explicação técnica da doutrina polícia, não me referindo à situação do Panaquatira. Pegaram um trecho e disseram que a gente estava criticando o policial assassinado, criando uma onda de revolta na sociedade, injusta. Isso é desonestidade! Outra crítica injusta é não reconhecer o nosso trabalho dentro das condições que temos. Desde janeiro de 2015 apreendemos uma grande quantidade de drogas. Isso enfraquece financeiramente a marginalidade, que migra suas ações para adquirir recursos. Então, houve uma migração para os assaltos à ônibus, pois que ganhava dinheiro com drogas está tendo prejuízos.

Qual sua avaliação do pedido de intervenção federal proposto pelo deputado estadual Adriano Sarney?

Uma aberração jurídica. Isso é inexistente. Qual o fundamento jurídico da intervenção? É uma questão de certeza jurídica ou tem motivação política? É para tirar o governador do cargo? Agora é outra cassação no estado do Maranhão, com vestimentas de intervenção federal? A onda de crimes justifica? As estatísticas abertas na Secretaria de Segurança apontam para uma redução de muitos crimes no nosso estado. Claro que aconteceu um acirramento em outros aspectos que nós temos que analisar e combater. Já sabemos onde devemos focar o olhar, e vamos intervir. Há um império de comunicação que nos ataca diariamente de modo radical.

E qual a sua avaliação sobre as críticas relacionadas às operações de combate à agiotagem?

JeffersonOlho2 Nós prendemos uma quadrilha que desviou R$ 34 milhões do cofre da Universidade Virtual do Maranhão e a indagação é porque não prendemos todos os outros. Ora, apresentamos uma quadrilha que lesou o estado do Maranhão de forma muito grave. O montante de recursos desviados corresponde a um terço do valor destinado à formação através da Univima. Sabe o impacto social de uma ação dessa?! Não se vai dar importância à prisão destes bandido?! Na agiotagem, nós apresentamos os criminosos que agiram em determinadas cidades. Ao invés de perguntarem sobre os danos, querem saber por que todos os demais não estão presos. Cada pessoa é presa dentro de um determinado procedimento. Se é apurada a agiotagem em Dom Pedro, claro que nós vamos atuar sobre os envolvidos na cidade. Fazem de tudo para desviar a atenção da população e fazer parecer que tais ações não são importantes. Nós sabemos da importância de tirar das ruas os marginais que desviam recursos da merenda escolar, dos medicamentos, da moradia, surrupiando a qualidade de vida das pessoas do interior do estado.

Na semana passada, o ex-secretário Ricardo Murad acusou o senhor de “tocar o terror” nos vereadores de São Luís a mando do governador Flávio Dino. Como está o andamento do inquérito que investiga as suspeitas de agiotagem na câmara da capital?

Esse inquérito foi distribuído para uma vara do Poder Judiciário com um pedido de diligências. O procedimento está lá. Não sei como um cidadão desse pode dizer que a gente está ‘tocando terror’, pois não existe uma manifestação minha sobre isso. Tudo que for crime e estiver na esfera de conhecimento policial será investigado. Autoridade pública não ‘toca terror’ e nem têm medo de terrorista. Sou imune a tentativas de fazer medo. Quem não cometeu crime não vai ter medo de terror. Quem não cometeu crime na Câmara de São Luís, ou em qualquer lugar, certamente não teme. Se alguém cometeu, é acusado pela própria consciência.

E as contradições do caso que investiga a execução do jornalista Décio Sá? Há a possibilidade de reabertura do caso, como defende o ex-secretário de Segurança Raimundo Cutrim?

O caso Décio foi dado por encerrado na gestão anterior. O inquérito policial foi concluído antes da nossa chegada ao sistema. Não há elementos para reabrir um processo que já está no Judiciário. Qual o fundamento para isso? Qualquer um pode solicitar ao Ministério Público, comunicando fato novo que justifique a reabertura do caso. Qualquer um pode falar, mas oficialmente não recebi pedidos de reabertura do caso Décio.

Um dos grandes problemas de Pedrinhas no ano passado eram as facções criminosas que mandavam no sistema prisional do estado. Nunca mais se ouviu falar a respeito delas. Que medidas foram tomadas para conter a ação desses grupos?

Houve uma correção muito forte. Muitos presos estavam nos pátios da penitenciária, com celas sem grades. Os presos estavam presos e soltos ao mesmo tempo. Isso contraria a lógica do sistema prisional. Hoje estão todos nas celas. Isso foi importante para a contenção da violência interna e externa. A sociedade tem sentido isso.

Em sua opinião, as investigações sobre os inquéritos de agiotagem não andavam no governo passado?

JeffersonOlho3Tem gente sofrendo por antecipação. Mandando me bater por prevenção para tentar me desanimar. Estes processos são de 2012, vinculados à morte do Décio Sá. Então, a pergunta é: eles andaram ou não andaram? Foram retomados neste governo e nós temos o objetivo de finalizar todos estes procedimentos. Há algo grave por trás disso. Nós tínhamos a eleição de 2012, não é isso?! Grande parte dos cheques apreendidos com agiotas eram de prefeituras. Na ocasião, seria interessante que as pessoas daqueles municípios tomassem conhecimento que o seu gestor estava dando cheques para agiotas antes da eleição, para que a população pudesse fazer juízo eleitoral e decidir quem deveria ou não permanecer no cargo por conta desse desvio de recursos. Mas não deram andamento aos inquéritos. Por quê? Agora sou eu quem faço a pergunta.

Haveria a proposta de desarmar todos os policiais no período de folga?

Fiquei sabendo dessa informação por meio do que foi divulgado. É interessante como esses telepatas atribuíram isso à minha pessoa. Nunca ninguém falou disso comigo e eu nunca falei disso com ninguém. Tem até uma nota de repúdio me condenando por mandar desarmar os policiais, ao mesmo tempo em que eu estou comprando R$ 3 milhões em novas armas para as polícias do Maranhão. Esta foi a minha determinação. Como eu poderia, então, mandar desarmar a polícia? É uma crítica risível.

Quais as suas metas e investimentos previstos para a segurança pública?

JeffersonOlho4Não podemos ter policiais trabalhando em prédios indignos. Aqui no Maranhão corrigiram isso do modo mais estranho possível. Fecharam várias delegacias que funcionavam em prédios públicos. Ao invés de se gastar o recurso mantendo a qualidade do prédio público, deixavam o prédio público cair para tirar a delegacia de dentro. Hoje existem casas alugadas por preços exorbitantes onde funcionam três delegacias ao mesmo tempo. Vamos descentralizar as delegacias. Vamos modernizar a nossa frota, com viaturas compatíveis às nossas necessidades. Precisamos de carros fortes, não de carros de passeios pintados de viaturas. Vamos modernizar nossos equipamentos, revolucionando a comunicação policial do estado. Estamos implantando a comunicação digital, com controle em tempo real da localização da viatura. Em agosto, toda a região metropolitana de São Luís será coberta pela comunicação digital. Queremos criar um condomínio projetado para os nossos policiais, tirando estes das áreas de risco. Logo também teremos uma lei de promoções na Polícia Militar do Maranhão. São medidas para ajustar o sistema.

Wellington Leite pede afastamento do cargo na Seap

wellingtonleiteWellington Leite entregou, há pouco, carta solicitando afastamento do cargo de Superintendente de Articulação Política ao secretário estadual de Assuntos Políticos, Márcio Jerry. Ele ainda aguarda a resposta de Márcio. Wellington teve um cheque de R$ 5 mil encontrado no cofre do agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan.

O superintendente falou sobre o caso pela primeira vez com exclusividade ao Blog. Ele admitiu que fez um pedido de empréstimo de R$ 5 mil a Pacovan por uma necessidade financeira extrema. Ele afirmou que não existe nenhuma ilegalidade no pedido de empréstimo, mas admite que não fez a melhor escolha no momento de necessidade.

Wellington então, resolveu pedir a entrega do cargo para deixar claro na Justiça que somente isto que ocorreu e ele não tem nenhuma ligação próxima com Pacovan e muito menos seria “cobrador” do agiota como asseverou a deputada Andrea Murad. “Como pode alguém com um cheque de R$ 5 mil poder ser cobrador de grande esquema de agiotagem? Eu vou me colocar agora inteiramente à disposição da Justiça, da Polícia para deixar claro que tenho uma vida limpa. Por isso, pedi ao secretário Márcio Jerry para me afastar e mostrar para a sociedade vargengrandense, para a minha família, para meus amigos, que não tenho nenhum envolvimento com nenhum ato ilícito”, pontuou.

Ele também repudiou as afirmações que garantiu serem mentirosas da deputada Andrea Murad. Segundo Wellington, as acusações de ser “cobrador do agiota” têm o único objetivo de atingir o secretário Márcio Jerry e o governo Flávio.

Ex-prefeito de Bacabal passa por acareação com outros envolvidos

O Imparcial

lisboabacabalO prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, será confrontado com outros envolvidos nos crimes de agiotagem investigados no Maranhão. Ele foi ouvido na tarde desta quarta-feira, 20, pela equipe de delegados que investiga o caso, e após mais de cinco horas de interrogatório negou qualquer participação nos crimes. “Como ele negou todas as suspeições imputadas, vamos realizar uma acareação para ver quem está falando a verdade”, disse Roberto Fortes, presidente da comissão de delegados da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). O interrogatório iniciou às 15h e encerrou por volta das 20 horas.

 A acareação está marcada para esta quinta-feira 21, segundo informou Roberto Fortes. Lisboa – que foi presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) entre 2004 e 2012 – foi preso na terça-feira. Ele cumpre prisão temporária de cinco dias, podendo haver prorrogação. O prefeito é suspeito, entre outros, pelos crimes de peculato, formação de quadrilhas e desvio de verbas e recursos públicos. As investigações seguem com os interrogatórios de suspeitos e as acareações. Mais quatro pessoas ligadas à prefeitura de Bacabal tiveram a prisão decretada: Manoel Moura Macedo, Francisco de Jesus Silva Soares, Maria do Carmo Xavier, Ezequiel Farias e Aldo Araújo Brito (ex-presidente da comissão de licitação do município).

Política maranhense em notas

Escola Digna

escolataipaUma das principais razões para o Maranhão votar e o Brasil acreditar em Flávio Dino é para mudar a realidade da foto ao lado. Já estão prontos os projetos e são muito bonitas as escolas que serão construídas pelo governo do estado para o programa Escola Digna. O governador Flávio Dino lança nesta quinta-feira (21) o programa com prefeitos e secretários municipais de educação, dando início ao processo de construção de escolas nos 30 municípios com menores Índices de Desenvolvimento Humano. A estratégia é de as escolas fiquem em localizações centrais reunindo dois ou três povoados. O governo também garante que dará acesso pelo transporte escolar. O programa contempla escolas regulares e indígenas.

Plano de Educação de São Luís destaque em fórum

8620_reuniao_forum_nacional_educacao_180515_foto_fabriciocunha_194O balanço dos debates realizados em torno do Plano Municipal de Educação de São Luís (PME) foi tema do seminário “A importância do Plano Municipal de Educação na construção da política educacional de qualidade social”. O evento foi realizado no auditório Fernando Falcão da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), reuniu representantes do poder público e da sociedade civil e contou também com a presença do coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE), Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho. Na condição de coordenador do Fórum Municipal de Educação, o secretário de Educação de São Luís, Geraldo Castro Sobrinho, conduziu o debate e relembrou a ampla discussão já realizada para confecção do documento, que tem o objetivo de definir metas e estratégias pra o setor por um período de dez anos.

Helena Duailibe participa de audiência na Câmara 

helenaA secretária municipal de saúde, Helena Duailibe, participa de audiência pública com o tema “Reforma e reestruturação das Unidades Atenção Básica dos Distritos Sanitários, Hospital da Criança, Situação do Programa Saúde da Família e Cronograma de reestruturação das Unidades Mistas e Entrega da UPA da Zona Rural”, na Câmara Municipal de São Luís. A secretária fará uma prestação de contas da pasta e deverá ser sabatinada pelos parlamentares, especialmente sobre a situação do Hospital da Criança. Vale frisar que ela mesma se dispôs em participar da audiência antes da oficialização do convite.

Eleição biométrica para mais seis municípios

biometriaO Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão confirmou a participação de mais 6 municípios que integrarão o projeto de expansão da biometria no estado. São eles: Cajari, Viana, Santa Inês, Paulo Ramos, Marajá do Sena e Bela Vista do Maranhão. Com a inclusão dessas cidades, serão mais de 136 mil eleitores que, a partir de julho, serão cadastrados com dados biométricos. A primeira etapa será para os eleitores procurarem os cartórios eleitorais e o cadastro de dados biométricos; e a segunda etapa que será a revisão obrigatória prevista para iniciar em julho com duração de 3 meses.

Operação envolvendo Bacabal continua

operacaoagiotagemA operação El Berite, que faz parte da política de combate à agiotagem, ainda cumpre diligências nesta quarta-feira (20). A operação prendeu o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, e mais quatro pessoas. Mais de R$ 4 milhões teriam sido movimentados de forma irregular pela prefeitura. Esta é a quarta operação de combate à agiotagem no governo Flávio Dino. Políticos e agiotas conhecidos já foram pegos nas ações da Polícia Civil.

O que fizeram com Cutrim

O deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB) voltou a pedir a reabertura do caso Décio Sá e lembrou da armação que segundo ele foi feita pelo ex-secretário Aluísio Mendes a a governadora Sarney. E Cutrim também “soltou os cachorros” contra a chefe do Ministério Público do Maranhão, Regina Regina, a quem ele acusou de ser conivente com a situação. “Ela não tem condições profissionais de administrar essa instituição de tão grande magnitude. Ela é conivente com tudo isso. Isso é um fato gravíssimo e o Conselho Nacional do Ministério Público deveria tomar uma providência”, disparou.

Ex-prefeito de Bacabal preso em Operação contra agiotagem

Polícia conduz ex-prefeito Raimundo Lisboa.O ex-prefeito de Bacabal Raimundo Nonato Lisboa foi preso na manhã desta terça-feira (19), no município acusado de integrar um esquema de agiotagem. A prisão faz parte da operação El Berite, comandada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
Raimundo Nonato Lisboa foi prefeito do município de Bacabal entre os anos de 2004 e 2012.
Além do ex-prefeito, foram cumpridos mandados de prisão expedidos contra a ex-secretária de Cultura Carmem Xavier, do construtor Ezequiel Nou, Aldo Araújo de Brito (ex-funcionário do setor de contabilidade do município) e Nezinho Moura, ex-vereador de Bacabal.
Além da prisão coercitiva de Maria do Carmo Xavier. Todos serão conduzidos para a Seic em São Luís.
A operação foi coordenada pelos delegados Carlos Alessandro, Valdenor Viegas, Danilo Veras, Felipe César, Robert Amorim, Odilardo e Daniel, e os investigadores da SEIC.
Com informações de Online.