Ampla assistência médica e atendimentos resolutivos. Os hospitais regionais atendem a demanda de pacientes que se deslocavam para a capital maranhense, ou para outros estados, em busca de atendimento médico de alta complexidade. Além das recentes inaugurações do Hospital Regional Dr. Jackson Lago, em setembro de 2015, no município de Pinheiro, e do Hospital Regional de Caxias Dr. Everaldo Ferreira Aragão, em janeiro de 2016, no município de Caxias, ainda este ano serão entregues mais quatro hospitais regionais nas cidades de Santa Inês, Imperatriz, Bacabal e Chapadinha. Com os seis hospitais em operação, cerca de 3,5 milhões de pessoas serão beneficiadas, o que corresponde a mais da metade da população maranhense.
Com os hospitais regionais, a população passou a ter atendimento médico-hospitalar em cirurgia geral, clínica médica, neurologia, ortopedia, oftalmologia, cardiologia, gastroenterologia, nefrologia, endocrinologia, neurocirurgia, pediatria, cardiologia, obstetrícia, ginecologia, urologia, mastologia, dentre outros serviços à disposição para receber pacientes de média e alta complexidade das regionais de saúde.
“Com a abertura de hospitais de grande porte e resolutivos, a tão conhecida procissão de ambulâncias diminui progressivamente. Os macrorregionais garantem serviços de alta complexidade à população de onde estão localizados e do entorno. Mais do que isso: permitem o resgate da dignidade no atendimento em saúde ao interior do estado, a partir da disponibilidade de especialidades médicas e assistência a casos graves, com quadros clínicos e equipamentos adequados”, apontou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Os hospitais regionais de Santa Inês e Imperatriz terão 122 leitos, os de Chapadinha e Bacabal serão de 50 leitos. De acordo com o último relatório da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), as obras estão 98% concluídas em Santa Inês, 85% em Imperatriz, 80% em Bacabal e 65% em Chapadinha.
O Hospital Regional de Santa Inês contará com clínica médica, pediatria, cirurgia geral e UTI adulto. Além dos serviços de apoio diagnóstico, como laboratório, tomografia, RX, ultrassom, mamografia e endoscopia. Em Imperatriz, serão ofertados os mesmos serviços, com o acréscimo da ortopedia, neurocirurgia, nefrologia, endocrinologia, gastroenterologia, oftalmologia, vascular, cardiologia e urologia.
O Hospital Regional de Chapadinha disponibilizará serviços especializados em clínica médica, pediatria, cirurgia geral, com laboratório, RX, ultrassom. O mesmo será oferecido no Hospital Regional de Bacabal, além de clínica obstétrica.
Caxias: 17 mil atendimentos em menos de quatro meses
Desde a sua abertura em 27 de janeiro de 2016, o Hospital Regional de Caxias Dr. Everaldo Ferreira Aragão realizou – dentre cirurgias, internações, consultas e procedimentos da equipe de assistência multidisciplinar e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico – 17.733 mil atendimentos. Apenas no atendimento de enfermagem do mês de abril, foram 60.069 mil procedimentos de enfermagem, dentre os quais 10.994 em UTI.
O hospital recebe pacientes regulados de 26 municípios do leste maranhense, das regionais de saúde de Caxias, São João dos Patos e Timon. Ao todo, 783 mil maranhenses são beneficiados. “O hospital tem tido um bom fluxo e atendido a demanda da regional de Caxias e das cidades próximas com resolutividade e eficiência. Temos conseguido ter agilidade em relação à internação dos pacientes e isso possibilita a rotatividade de leitos, o que não deixa a unidade superlotada”, garantiu Bertolino Assunção, diretor clínico e coordenador da UTI do hospital.
Para quem mora na região é uma verdadeira mudança poder contar com os serviços. “A vida toda eu morei em Coelho Neto e, quando a gente precisava fazer alguma coisa mais séria, íamos para São Luís, pois só na capital tinha esses procedimentos. É como um sonho realizado essa mudança que nos faz ter mais acesso aos serviços de saúde”, contou José de Guimarães, de 59 anos, que já usufruiu do serviço de ortopedia da unidade.
Segundo a direção do hospital são realizadas mais de 20 cirurgias por dia. A média é de 96 pacientes atendidos diariamente na enfermaria. Além dos mutirões de cirurgias ortopédicas e oftalmológicas, tiveram início no mês de março os mutirões de vídeocirurgia, que são minimamente invasivas e o paciente tem alta após 24h do procedimento.
“Já fizemos mais de cem cirurgias nos últimos dois meses. A colecistectomia, que é a retirada cirúrgica da vesícula é a mais procurada. As cirurgias são feitas na sexta-feira e sábados a cada 15 dias”, explicou o diretor clínico. Uma novidade no atendimento tem sido as cirurgias bucomaxilofacial, que atendem vítimas de acidentes com traumas faciais, através de cirurgias reconstrutivas dos maxilares.
A unidade teve investimento de mais de R$ 21 milhões do Tesouro Estadual e do Governo Federal, e está dotada de 122 leitos de internação, sendo 26 leitos de clínica médica, 26 leitos de clínica ortopédica, 26 leitos de clínica cirúrgica, 12 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), seis leitos de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) e corpo clínico com 50 enfermeiros e 70 médicos, aproximadamente.
Regional de Pinheiro contempla 34 municípios
Localizado em Pinheiro, o Hospital Regional Dr. Jackson Lago contempla mais de 685 mil pessoas. Inaugurado em setembro de 2015, em sete meses, foram mais de 60.102 mil atendimentos, envolvendo consultas, cirurgias, atendimento multidisciplinar, tomografias e internações e 115.017 exames em geral.
Dentre os serviços estão os atendimentos médico-hospitalar em cirurgias, clínica médica, nefrologia, oftalmologia, anestesia, gastroenterologia, pediatria, neurologia, cardiologia e ginecologia. Em maio, começou a funcionar o serviço mastologia com a chegada do mamógrafo, aparelho que detecta de forma precoce o câncer de mama. A unidade também oferece à população serviços de apoio de diagnóstico, com laboratório, tomografia, raios-x, ultrassonografia e endoscopia. A unidade conta com a mesma estrutura de leitos do regional de Caxias.
Ao todo, 34 municípios de três regionais – Pinheiro, Zé Doca e Viana – são beneficiados com a assistência do hospital. Moradora de Cururupu, município da regional de Pinheiro, Elisabeth Santos, de 45 anos, esteve como acompanhante da filha, que precisou do hospital para realizar uma consulta na cardiologia. “Eu já tinha ouvido falar muito bem do hospital e, quando precisamos dele, pudemos ver que era mesmo verdade que as coisas estão funcionando direitinho. Não encontramos dificuldades e o atendimento da equipe foi ótimo”, contou a costureira.